O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso disse em depoimento ao juiz Sérgio Moro que a troca de
presentes entre nações é um procedimento normal.
Em videoconferência, ele
explicou que enquanto o presidente está no cargo, quem se encarrega de cuidar
dos objetos é o Itamaraty.
No entanto, de acordo com
uma lei federal, após o mandato o acervo passa a ser pessoal, mas ainda
continua tendo interesse público.
FHC falou na condição de
testemunha de defesa do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, réu em processo
que investiga contratos da OAS com a Petrobras e também a contratação de um
depósito para guardar os bens presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao indicar FHC como
testemunha de defesa, a intenção dos advogados do presidente do Instituto Lula era
justamente mostrar que ex-presidentes recebem e guardam presentes, e que essas
práticas são normais.
Na audiência, Fernando
Henrique ainda explicou que o acervo de cada ex-presidente precisa ser mantido
pelos ex-mandatários, gerando, assim, demandas pessoais de depósito. Ele diz
ainda que depois que o presidente deixa o cargo, é obrigado a manter todos os
objetos adquiridos e, para isso, FHC esclareceu que atualmente faz uso da Lei
Rouanet.
Depois dele, quem prestou
depoimento foi o ex-reitor da Uniban Heitor Pinto e Silva Filho. Ele foi
chamado para falar sobre um convite que fez ao ex-presidente Lula para fazer um
museu em um andar da universidade, em São Bernardo do Campo.
Ainda falaram ao juiz
Sérgio Moro, Danielle Ardaillon, que trabalha com FHC, Valentina Caran, Jair
Saponari e Edson Granero.
Do MetroJornal.
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