
Dois filhotes de araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari)
chegam ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta quarta-feira (18),
provenientes de Portugal. De plumagem azul, mesclada com leves tons de verde,
elas foram apreendidas no começo deste ano, com apenas três meses de vida, em
poder de um austríaco que pretendia vendê-las ilegalmente na Europa. A
repatriação foi acertada entre gestores brasileiros e portugueses.
Na natureza, a arara-azul-de-lear só existe no nordeste do
Estado da Bahia. A ave corre risco de extinção e está listada no Anexo I da
Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna
Selvagens em Perigo de Extinção (Cites).
Do aeroporto de Guarulhos as araras-azuis-de-lear seguem
para o quarentenário oficial do Ministério da Agricultura, na cidade de
Cananéia, interior paulista, onde permanecerão por 15 dias e serão submetidas a
exames veterinários e laboratoriais. Após esse período, serão levadas a um
criadouro científico, participante do programa de cativeiro da espécie, onde integrarão
o plantel reprodutivo.
O retorno das aves foi articulado por técnicos brasileiros,
integrantes do ICMBio, Ibama e Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de
Aves Silvestres (Cemave/ICMBio). No começo deste ano, a autoridade Cites
portuguesa comunicou a apreensão das aves ao governo brasileiro, dando início
ao processo de repatriação das araras-azuis-de-lear.
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