Órgão requereu, ao chefe da Agência da Previdência Social em
Paulo Afonso, informações sobre a situação dos servidores condenados por fraude
ao INSS em mais de 11 milhões de reais. O MFP questiona, ainda, as medidas já
adotadas para o ressarcimento dos danos ao erário
O Ministério Público Federal (MPF) em Paulo Afonso, na
Bahia, está fiscalizando o cumprimento da sentença que condenou 14 pessoas
denunciadas na operação Benevício. Deflagrada em 2009 para desarticular
quadrilhas que comercializavam benefícios previdenciários, a operação
identificou mais de 11 milhões de prejuízo ao erário. Na última sentença
judicial, de 14 de dezembro de 2012, uma servidora do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), dois vereadores baianos, dois funcionários públicos e
outras nova pessoas foram condenadas.
Para apurar o cumprimento da sentença, o procurador da República
Leandro Mitidieri Figueiredo requisitou informações ao chefe da Agência da
Previdência Social em Paulo Afonso, onde as fraudes ocorreram. Entre as
informações solicitadas estão a situação funcional dos servidores do INSS
envolvidos no caso – se permanecem em seus cargos ou se foram afastados ou
demitidos; qual o real prejuízo ao erário – estimado em mais de 11 milhões de
reais, mas cujo total ainda não foi revelado; e quais as medidas já adotadas
pela agência para o ressarcimento dos valores.
O caso – a quadrilha responsável pela fraude operava
cobrando, dos beneficiários, uma parte do valor do benefício a que tinham
direito como condição para obter a concessão. A quadrilha ainda falsificava
documentos de trabalhadores rurais sem direito a benefícios previdenciários
para os adquirir, ilegamente, mediante o pagamento de valores.
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