Se já não bastasse a distancia em
que os produtores culturais, técnicos que elaboram seus projetos e aqueles que,
sem culpa alguma, os inscreve na Secretária de Cultura do Estado da Bahia, todos
do interior e tendo que fazer gastos para suas locomoções. Agora aqueles
senhores e senhoras, que em sua maioria criaram um feudo com raízes na Ufba –
Universidade do Estado da Bahia, resolveram reprovar projetos em série, com a
mesma justificativa para todos, sejam que evento for. Para essas pessoas o que
parece importar é se livrar do problema. Já que muitas das propostas já vão
fazer um ano desde a sua apresentação.
A Secult fez um comunicado e
enviou a todos os que tiveram seus projetos rejeitados. O texto diz:
“Prezado Senhor,
Informamos que o Plenário da
Comissão Gerenciadora do FAZCULTURA resolveu NÃO APROVAR o projeto de incentivo
nº 313-002/2011, “PAULO AFONSO JAZZ FESTIVAL”.
Dentre os critérios para avaliação de projetos definidos na Resolução 070/2007,
o projeto não atende satisfatoriamente aos itens 1.b “Viabilidade e qualidade
técnica do projeto” e 1.c “Qualificação do produtor cultural e/ou da equipe
executora do projeto”, estando, assim, incompatível com os propósitos do
programa FAZCULTURA.
Para obter mais informações entre
em contato com a Central de Atendimento Integrado, de segunda a sexta-feira das
14 às 17h, nos telefones (71) 3103-3489 e/ou e-mail:
atendimento@cultura.ba.gov.br (insira o nome do projeto no campo “Assunto”)”.
Atenciosamente,
Central de Atendimento Integrado
Diretoria de Fomento à Cultura
Mas como um técnico pode afirmar a
falta de “qualificação do produtor cultural e/ou da equipe executora do projeto”?
Por acaso ele fez alguma consulta publica junto ao ministério da Cultura para
saber se a determinada empresa já teve projetos aprovado e de qual valor? O
técnico fez uma consulta ou solicitou que a empresa ou pessoa responsável pelo
projeto apresentado pudesse informar através de comprovação documental ser
habilitada? Não! As pessoas que estão fazendo isto não se darão ao trabalho e
preferiram criar uma resposta padrão e enviar em massa, em forma de span.
Enquanto isto o secretário Albino
Rubim, mais oriundo da Ufba que vem comandando a Secult desde o inicio do
primeiro governo Wagner, me parece sem controle do que ocorre por lá. Ou será
que é ele mesmo o responsável direto por este escárnio com os produtores
culturais do interior?
Uma secretaria sem brilho, sem
rumo e que está vivendo de pequenos projetos para a capital e região
metropolitana. Em um claro direcionamento a calar a voz dos produtores e
jornalistas da capital. Velhas formulas, já usadas no tempo de ACM e que
voltaram com Albino. Enquanto o interior fica das migalhas que podem cair da caneta
do secretário quando assina seus decretos. É hora de mudar a política publica
do estado no que se refere à cultura baiana. O interior não pede passagem. O
interior que voltar a estar inserido nelas. Para isto, não é mais necessário se
gastar milhares de reais em encontros estaduais para discutir a cultura, basta
colocar em pratica o que já foi definido desde o primeiro. As necessidades
continuam as mesmas e as propostas são as de sempre.
É hora de mudancá na cultura
baiana. É hora de uma cultura para todos os baianos.
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