Imprensa joga a toalha.


As edições online dos jornais informavam, desde o final da tarde de quinta-feira (27/8), que durante a curta gestão da ex-secretária Lina Vieira a Receita Federal reduziu sua ação contra grandes empresas.

O Estado de S.Paulo parece ter jogado a toalha que vinha mobilizando a imprensa nas últimas semanas. Ao publicar entrevista do líder do governo no Senado Romero Jucá, desmentindo uma série de especulações que procuravam dar verossimilhança à denúncia de Lina Vieira de que havia sofrido pressões da ministra Dilma Rousseff para "agilizar" a fiscalização sobre o empresário Fernando Sarney, o jornal paulista parece estar tentando se redimir de uma enorme barrigada.

Para preservar algum respeito pela imprensa, convém considerar a controvérsia entre a ex-secretária e a ministra como um equívoco, porque a outra alternativa – a hipótese de que os principais jornais do país estão engajados numa campanha para desacreditar a provável candidata situacionista à Presidência da República – soa absurda demais, pelo risco que representa para a própria imprensa.

História inconsistente.

Algumas informações divulgadas por outros meios oferecem claros indícios de que a versão apresentada com insistência pelos jornais não sobreviveria à mais simples investigação.

Uma dessas informações circula pela internet, com origem no portal Terra, que entrevistou o ex-secretário da Receita Everardo Maciel, que por haver ocupado o cargo durante todos os dois períodos do governo Fernando Henrique Cardoso, não pode ser visto como figura suspeita de tentar favorecer a ministra petista. Maciel afirma que toda essa história, bem como a acusação de irregularidades com que a oposição tenta alimentar a CPI da Petrobras, não passam de factóides sem fundamento.

Ao apostar numa história inconsistente que pode ser desmentida cabalmente a qualquer momento, os principais meios da imprensa brasileira colocam sua reputação na linha de tiro.
Por Luciano Martins Costa.

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