Em entrevista a Roberto D’Avila/Globo News, Onyx Lorenzoni
revelou que Moro arquitetou o plano para prender Lula ainda em 2005, depois de
frustrada a primeira tentativa durante o processo do chamado mensalão.
Naquele mesmo ano, no bojo da conspiração para derrubar o
primeiro governo Lula, o oligarca Jorge Bornhausen, então presidente do PFL
[atual DEM, partido do Onyx], fez a célebre declaração genocida, defendendo a
“eliminação dessa raça [dos petistas] do país pelos próximos 30 anos”.
Deixando transparecer orgulho da amizade antiga com Moro, na
entrevista Onyx acabou fazendo 1 confidência que tem o efeito de 1 bomba
nuclear:
“A minha relação com Sérgio Moro vem de dezembro de 2005. Eu
era sub-relator das Normas de Combate à Corrupção da CPI dos Correios, e
convidei o Moro […] naquela época porque a 13ª Vara de Curitiba era – e
continua sendo – a única que cuida de lavagem de dinheiro no Brasil”.
Onyx explica que
“aí ele [Moro] trouxe 1 série de contribuições e 2 muito
relevantes, que o pessoal de casa vai entender agora: a primeira que ele pediu,
em 2005, foi a atualização da Lei de delação premiada, que levou 7 anos pra
fazer. A outra [contribuição], a transformação do crime de lavagem de dinheiro
de crime acessório para crime principal”.
[…]
“Os 2 fatores – a lavagem de dinheiro como crime principal,
e a revisão da lei de delação premiada – foram a diferença entre no ‘mensalão’
não ter chego no Lula, e no 'petrolão’ ter chegado no Lula”.
Ouça a integra da entrevista aqui.
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