CUT convoca a todos para a paralisação de amanhã, 15.

São Paulo, 13 de março de 2017.


Às
Estaduais da CUT, Confederações, Federações Nacionais e sindicatos filiados


Companheiros/as


Dia 15 é dia de luta e neste Dia Nacional de Paralisação, cruzaremos os braços e sairemos à rua para dizer aos golpistas e à sociedade brasileira porque não aceitamos que  direitos fundamentais da classe trabalhadora, conquistados por décadas de lutas, sejam destruídos. Neste dia, trabalhadores e trabalhadoras do campo de da cidade, dirão porquê não aceitam as  reformas da previdência e trabalhista, nem os projetos de terceirização em tramitação no Congresso Nacional, que  rasgam a CLT e a Constituição.

A CUT orienta suas bases para colocar essas questões no centro das denúncias que faremos em todo o país no próximo  dia 15. Não aceitaremos mudanças na legislação que vão transformar o atual contrato de trabalho em "contrato de bico", inseguro, intermitente, precário e mal remunerado. Não aceitaremos a terceirização da atividade fim que, além de rebaixar salários e piorar as condições de trabalho, dificultará a representação dos/as trabalhadores/as pelos sindicatos. Repudiamos, da mesma forma, a criação de representação dos trabalhadores  no local do trabalho, comandada pelos patrões e sem qualquer  influência do sindicato,  para negociar direitos, trocando direitos consagrados em lei por acordos espúrios.

As bases da CUT devem paralisar o trabalho e sair às ruas para dizer não à reforma trabalhista do governo ilegítimo de Temer. Para combater esta medida, que atende aos interesses dos empresários, a CUT apresentará um projeto substitutivo de lei cujos principais elementos são: a proteção do  trabalho e do emprego de qualidade; o combate à rotatividade no trabalho; a garantia de direitos iguais entre trabalhadores terceirizados e trabalhadores contratados diretamente pela empresa; a proibição da terceirização da atividade fim; a representação sindical no local de trabalho e o fortalecimento da negociação coletiva no setor privado e no setor público.

Neste grande dia de paralisação, a classe trabalhadora deverá também dizer que não aceita a reforma da Previdência proposta pelo governo ilegítimo de Temer, porque ela simplesmente acaba com a própria Previdência pública.  Jamais aceitaremos a elevação da idade mínima para 65 anos, nem o tempo de contribuição de 49 anos para receber o benefício integral da aposentadoria. Não aceitamos a mesma idade e condições para homens e mulheres aposentarem. Não aceitaremos também as mudanças nas regras da aposentadoria de trabalhadores/as rurais e dos professores/as. São medidas  injustas que aprofundarão a profunda desigualdade social já existente no país.

Não aceitamos esta reforma da Previdência, entre outros motivos, porque  a alegação de que há um rombo nas contas da previdência pública é falsa. Apoiamos  a criação de uma CPI e exigimos uma auditoria - com controle da sociedade -  das contas da Previdência para apurar quem são os sonegadores, quem são os beneficiários de  medidas de desoneração e por que o governo não destina à Seguridade Social o total de verbas previstas na Constituição.

A CUT orienta suas bases para no dia 15 de março cruzar os braços, mobilizando o conjunto da classe trabalhadora em torno das palavras de ordem:

NENHUM DIREITO A MENOS!
NÃO À REFORMA TRABALHISTA!
NÃO Á REFORMA DA PREVIDÊNCIA!

FORA TEMER!

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