O investimento em aguadas é de R$ 1,6 milhão; reservatório
garante água para rebanhos e viabiliza pequenos cultivos, como os de hortaliças
Cerca de R$ 1,6 milhão está sendo investido pela Companhia
de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para
suprir municípios do Norte da Bahia com uma tecnologia de convivência com a
seca que garante a sobrevivência dos rebanhos e viabiliza pequenos cultivos,
como os de hortaliças: as aguadas.
A ação de limpeza e desassoreamento de aguadas irá
beneficiar um total de 1,3 mil famílias que convivem com a estiagem prolongada
no semiárido baiano. Das 102 aguadas previstas, 28 já foram concluídas, outras
oito serão finalizadas até dezembro e 66 terão os trabalhos iniciados em
janeiro. Os recursos são do Orçamento Geral da União destinados à Codevasf por
emendas parlamentares.
As comunidades beneficiadas estão na área rural dos
municípios de Uauá, Jaguarari, Santa Brígida, Mirangaba, Paulo Afonso, Pilão
Arcado, Remanso, Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova e Chorrochó – todos
integrantes da área de atuação da Codevasf por meio de sua 6ª Superintendência
Regional, sediada em Juazeiro, no Submédio São Francisco.
As aguadas são reservatórios escavados no chão para captação
e retenção de água da chuva. “O volume médio de armazenamento das aguadas é de
três mil metros cúbicos, e a água acumulada serve principalmente à
dessedentação animal, assegurando a sobrevivência das criações de bovinos e
caprinovinos, e contribui para facilitar o trabalho agropecuário dos moradores
dos municípios por cerca de um ano”, explica Paulino Lima, técnico da Codevasf
em Juazeiro responsável pelo acompanhamento dos trabalhos.
Os serviços em uma das aguadas foram
recentemente concluídos na localidade onde vive Ronildo Lopes, na zona rural de
Remanso, e agora ele espera que as chuvas abasteçam o reservatório para
fortalecer suas atividades de caprinovinocultura e criação de abelhas. “Também
vou fazer uma plantação ao redor”, planeja.
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