Os tenistas brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares são os
mais recentes contemplados com a Bolsa Atleta Pódio, que oferece apoio
complementar aos brasileiros com chance de disputar medalhas nos Jogos
Olímpicos e nos Jogos Paraolímpicos de 2016. Além da bolsa, os tenistas contam
com apoio dos Correios, patrocinador oficial do tênis brasileiro, que mantêm
contrato com a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). A parceria assegura aos
atletas os recursos necessários para formação de equipes técnica e multidisciplinar,
viagens de treinamentos e competições e materiais esportivos.
Com a inclusão dos tenistas, passou para 127 o número de
atletas que tiveram os nomes anunciados pelo Ministério do Esporte para receber
a Bolsa Pódio. São 68 bolsistas de sete modalidades olímpicas: judô (27), vôlei
de praia (15), atletismo (19), pentatlo moderno (1), ginástica artística (3),
taekwondô (1) e tênis (2). E 59 atletas de dez paraolímpicas: atletismo (24),
bocha (4), canoagem (3), ciclismo (1), esgrima (1), halterofilismo (2), judô
(7), natação (14), remo (2) e tênis de mesa (1).
Os valores das bolsas são de R$ 5 mil, R$ 8 mil, R$ 11 mil e
R$ 15 mil, para atletas de modalidades olímpicas e paraolímpicas individuais.
Para ter direito ao apoio, os atletas devem atender a vários critérios
técnicos, entre eles estar situados entre os 20 melhores do ranking mundial de
suas provas e comprovar evolução na carreira compatível com a expectativa de
medalha nos Jogos Rio 2016. Os atletas não selecionados na Bolsa Pódio
continuam recebendo a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.
O programa Atleta Pódio faz parte do Plano Brasil Medalhas,
que conta com R$ 1 bilhão adicional em investimentos públicos federais para
este ciclo olímpico. A meta é colocar o Brasil entre os dez primeiros países
nos Jogos Olímpicos e entre os cinco primeiros nos Jogos Paraolímpicos, em
2016. Os recursos do Plano significam incremento aos investimentos já
existentes no esporte brasileiro. Além de formação de equipes técnica e
multidisciplinar, viagens de treinamentos e competições e compra de
equipamentos e materiais esportivos, o Plano assegura construção ou reforma de
centros de treinamento para as modalidades olímpicas e paraolímpicas.
Ricardo Leyser, secretário de Esporte de Alto Rendimento do
Ministério do Esporte, explica que o investimento que o governo vem fazendo na
preparação das equipes brasileiras para 2016 pretende garantir a melhor
performance de cada modalidade independentemente de medalha. “É preciso que
cada modalidade melhore seu desempenho em relação aos Jogos anteriores mesmo
que sua perspectiva de medalha seja para 2020 ou 2024”. Ele diz que “Os
investimentos estão beneficiando não só as equipes principais, mas também a
base, e isso indica que as novas gerações poderão ter resultados mais expressivos
do que os esperados para 2016”. Leyser afirma que isso é “Fruto da realização
dos Jogos Olímpicos no Brasil. Do contrário, o esporte brasileiro jamais
receberia tanta atenção e investimento”.
O presidente da CBT, Jorge Lacerda, afirma que “Estamos
conseguindo fazer o tênis crescer em todos os segmentos com o patrocínio dos
Correios e os apoios recebidos do COB e do Ministério do Esporte. Hoje contamos
com o Bruno Soares e o Marcelo Melo, que recebem grande apoio e estão entre os
dez melhores do mundo nas duplas. Além deles e outros profissionais de alto
rendimento estamos investindo em atletas da nova geração que já começou a
mostrar resultados importantes. Nos últimos anos nossos juvenis vêm se
destacando entre os melhores do mundo, o que nos dá não apenas a expectativa de
uma grande participação olímpica no Rio 2016, mas também um legado para os anos
seguintes”.
Além do tênis, os Correios são patrocinadores oficiais
também das modalidades olímpicas handebol e esportes aquáticos. O presidente
dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, ressalta que até 2016 a estatal irá
investir cerca de R$ 11 milhões por ano na formação e preparação de atletas
como parte do Plano Brasil Medalhas. “Por meio desses patrocínios, os Correios
cumprem seu papel de empresa pública e agentes do governo federal, fomentando o
crescimento do esporte brasileiro, apoiando o desenvolvimento dos atletas de
ponta e mantendo escolinhas que atendem milhares de crianças e adolescentes”.
"É fundamental tudo isso o que está acontecendo, a
Confederação, os Correios, os meus patrocinadores, o Ministério. Acho que sem
esse apoio é praticamente impossível você conseguir alguma coisa. A gente sabe
o custo do esporte para se ter uma equipe de alto nível, para financiar
viagens, treinamentos, tudo o que um atleta precisa. O apoio é fundamental, sem
esse tipo de coisa acho que a gente não consegue ir para a frente", afirma
Bruno Soares.
"Hoje a estrutura que os juvenis têm é fenomenal. Você
vê que eles têm suporte da CBT e dos Correios para viajar, têm treinador,
preparador físico... Isso na minha época não tinha, na do Bruno também não. Com
certeza ajuda muito a desenvolver o atleta, porque você não tem aquela
preocupação de precisar viajar sem dinheiro. Os juvenis de hoje devem
aproveitar muito essa oportunidade, porque não é qualquer um que tem. Nem mesmo
em outros países, muitos não têm o que eles estão tendo no Brasil", afirma
Marcelo Melo.
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