ANVISA descobre café “fake” e joga marca na lata do lixo

A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir a comercialização dos produtos da marca Vibe Coffee Ltda, anunciada nesta semana, escancarou um problema que vai muito além de uma simples irregularidade. Segundo relatório do Núcleo Especial de Vigilância Sanitária do Espírito Santo, a empresa não possuía licença sanitária e vendia cafés ditos “premium” sem qualquer rastreabilidade, ignorando padrões básicos de higiene e boas práticas de fabricação. O resultado foi a retirada imediata dos produtos do mercado, medida publicada no Diário Oficial da União e confirmada por veículos como G1 e Folha de S.Paulo.

O episódio revela uma contradição gritante já que o Brasil é o maior produtor de café do mundo, mas ainda convive com marcas que tentam enganar o consumidor com produtos sem controle e até com ingredientes estranhos à bebida. Em 2025, já são seis marcas proibidas pela Anvisa, algumas classificadas como “café fake” por utilizarem elementos diferentes do grão tradicional. A Vibe Coffee, que se vendia como sofisticada, acabou exposta como símbolo de irresponsabilidade empresarial e da fragilidade de parte do mercado que aposta em marketing sem compromisso com qualidade.

Mais do que um caso isolado, a proibição mostra a importância da fiscalização constante. O café, que é parte da identidade nacional, não pode ser tratado como mercadoria qualquer. Quando uma empresa ignora regras básicas de produção, coloca em risco não apenas a saúde do consumidor, mas também a credibilidade de um setor que movimenta bilhões e sustenta milhares de famílias. É preciso lembrar que cada xícara carrega história, tradição e confiança, e não pode ser manchada por aventureiros.

O impacto da decisão da Anvisa deve servir de alerta para todos nós. O consumidor precisa estar atento, questionar rótulos e desconfiar de promessas milagrosas. O governo, por sua vez, mostra força ao retirar do mercado produtos que não respeitam normas, protegendo a população e reafirmando que não há espaço para improviso quando se trata de saúde pública. O “café maldito” da Vibe Coffee vira manchete escandalosa, mas também a lição de que qualidade não é luxo, é obrigação.

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