O episódio revela uma contradição gritante já que o Brasil é
o maior produtor de café do mundo, mas ainda convive com marcas que tentam
enganar o consumidor com produtos sem controle e até com ingredientes estranhos
à bebida. Em 2025, já são seis marcas proibidas pela Anvisa, algumas
classificadas como “café fake” por utilizarem elementos diferentes do grão
tradicional. A Vibe Coffee, que se vendia como sofisticada, acabou exposta como
símbolo de irresponsabilidade empresarial e da fragilidade de parte do mercado
que aposta em marketing sem compromisso com qualidade.
Mais do que um caso isolado, a proibição mostra a
importância da fiscalização constante. O café, que é parte da identidade
nacional, não pode ser tratado como mercadoria qualquer. Quando uma empresa
ignora regras básicas de produção, coloca em risco não apenas a saúde do
consumidor, mas também a credibilidade de um setor que movimenta bilhões e
sustenta milhares de famílias. É preciso lembrar que cada xícara carrega
história, tradição e confiança, e não pode ser manchada por aventureiros.
O impacto da decisão da Anvisa deve servir de alerta para
todos nós. O consumidor precisa estar atento, questionar rótulos e desconfiar
de promessas milagrosas. O governo, por sua vez, mostra força ao retirar do
mercado produtos que não respeitam normas, protegendo a população e reafirmando
que não há espaço para improviso quando se trata de saúde pública. O “café
maldito” da Vibe Coffee vira manchete escandalosa, mas também a lição de que
qualidade não é luxo, é obrigação.

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