SDE e ABAF estão construindo uma agenda positiva para
potencializar o segmento
O setor florestal na Bahia, responsável pela produção e
processamento de madeira para papel, celulose, entre outros produtos, investiu
R$ 1 bilhão em 2018, com crescimento de 16% em relação ao ano anterior. O
Produto Interno Bruto (PIB) alcançou R$ 14,2 bilhões, correspondendo a 5% do
PIB estadual no ano passado. O setor de base florestal gera mais de 200 mil
empregos, em mais de 150 municípios do interior da Bahia. Para dinamizar ainda
mais o segmento, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) está
construindo uma agenda positiva com produtores e empresas do ramo,
representados pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF).
“O setor florestal abastece importantes segmentos da
economia baiana que precisam de madeira nos seus processos produtivos, a
exemplo da construção civil, indústria de papel e celulose e agronegócios. Além
disso, exerce papel fundamental no equilíbrio do clima e na regulação do fluxo
hídrico”, afirma o chefe de Gabinete, Luiz Gugé.
Já Andreas Birmoser, presidente da Veracel, acredita que a
abertura para o diálogo é essencial para o setor privado e, esse trabalho, de
parceria das empresas com o governo, é a maneira mais diligente para conseguir
superar desafios e os problemas que as empresas encontram no dia a dia. “Esse
espaço será a maneira mais eficaz de alcançarmos os objetivos e melhorarmos a
produtividade do setor, que é tão relevante para o estado”, afirma.
Para Mariana Lisbôa, gerente Executiva de Relações
Coorporativas da Suzano, a ampliação da parceria com o estado e a transferência
dessa relação são fundamentais, pois além de garantir a permanência do negócio
na Bahia, permitirão a implementação e acréscimo de atividades do setor. “As
questões ambientais são muito relevantes e merecem atenção do governo e das
empresas”, diz.
“O que nós defendemos é que a Bahia precisa crescer e
desconcentrar seu desenvolvimento; e nosso setor representa uma oportunidade
para isso. As respostas podem ser rápidas e há determinadas áreas onde
encontramos alguns entraves e eles podem ser solucionados no âmbito das
entidades do Governo da Bahia. Nosso setor é organizado e sabe os caminhos que
têm que trilhar, sabe a viabilidade de fazer pedidos que sejam mensuráveis e
adequados à realidade do nosso estado e é isso que nos entusiasma a começar
esse trabalho”, afirma Wilson Andrade, diretor Executivo da ABAF.
Agenda Positiva
Segundo Laís Maciel, diretora de Interiorização do
Desenvolvimento da SDE, o governo pretende fomentar e articular principais
pontos que vão permitir que o segmento continue se desenvolvendo, ampliando a
cadeia produtiva e gerando ainda mais desenvolvimento e emprego para o estado.
O diretor geral da Bracell, Guilherme Araújo, acredita que a
aproximação do setor privado e governo é importante para chegar a soluções que
mantenham o crescimento e desenvolvimento do setor e impacte de forma positiva
tanto para comunidade local, quanto para o estado e o país. Já Carlos Henrique
Temporal, Relações Institucionais da Ferbasa, diz que a agenda positiva já
representa um marco importante.
Foto: Ascom/SDE.
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