Poder imperial não combina com democracia

Precisamos de uma presidência forte, legitimada pelo mandato vindo da soberania popular, e de um Congresso no qual os eleitores identifiquem sua vontade
“(…) juízes não podem, os juízes devem, em cada caso, fazer o que devem fazer – não o que os outros esperam que eles façam”. Roberto Eros Grau, jurista e ministro aposentado do STF.
De disparate em disparate, o Supremo Tribunal Federal vem firmando seu inconstitucional papel legiferante, semeando com sucesso no terreno sulcado pela anomia de um Congresso covardemente omisso.

‘Nem o ministro é legislador nem o STF tem poderes para reformar a Constituição’
O jornal O Estado de S.Paulo do último dia 10 diz, em manchete, que o ministro “Toffoli quer restringir [o] foro [privilegiado] ainda mais” (p. A8). Insatisfeito com a rodada constituinte do dia três de maio, quando o pleno do STF decidiu alterar o texto constitucional que disciplinava o chamado “foro privilegiado” para dele excluir parlamentares, o ministro propõe à presidente Cármem Lúcia a edição de súmula vinculante (mecanismo que impede juízes de instâncias inferiores decidir de maneira distinta do STF naquelas questões em que a Corte já tenha firmado entendimento) “para ampliar a restrição do foro privilegiado a todas as autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário nas esferas federal, estadual e municipal”.
É de se admitir, no mérito, o acerto da propositura, mas nem o ministro é legislador nem o STF tem poderes para reformar a Constituição. Em outros termos: a violência contra a ordem constitucional segue sem reparo, naturalizando-se o arbítrio.
Cesteiro que faz um cesto faz cem, e assim, sem um só voto, os juízes e os ministros seguem inatingíveis e inalcançáveis, supremos, olímpicos, sem limites, ou seja, legislando. Violam  a separação e independência dos poderes (art. 2º da CF), violam a Constituição que deveriam guardar como dever de ofício, e instauram a insegurança jurídica.
Não sem razão, pois, a Justiça brasileira é pessimamente avaliada pela população. Pesquisa recente patrocinada pela Confederação Nacional dos Transportes/MDA (9 de maio) revela o descontentamento, a insegurança e o desamparo da cidadania: para 90,3% dos entrevistados a Justiça brasileira não age de forma igual para todos; para 55,7% é ruim ou péssima. Finalmente, 52,8,% consideram o Poder Judiciário pouco confiável. E todos sabem que é lerdo.
Questionada pelo presidente do Chile, Sebastian Piñera,  que lhe fazia visita protocolar,  sobre a quem o pobre cidadão pode  recorrer quando a Corte falha, a presidente Cármem Lúcia admitiu que nesta República macunaímica o STF é o único Poder que paira acima da vida, das leis e dos homens, pois, acima dele, só Deus, que chamou de ‘instância suprema’. Poderia ter dito: “Après moi, le déluge”.
Diz o jornalão paulista que a presidente de um partido chamado Podemos não gosta do dispositivo legal (art. 47.VII.§ 3ºda lei n. 9.504 de 1997) que, para o cálculo do tempo de rádio e de televisão cedido aos partidos para suas campanhas no período eleitoral, determina como critério o tamanho das bancadas resultante da eleição.
Referida presidente prefere que o cálculo incida sobre o tamanho das bancadas hoje, caso em que, beneficiado pela imoralíssima troca de partidos entre parlamentares, o seu Podemossaltando de cinco para 12 deputadosteria sensivelmente engordado seu magro tempo de rádio e televisão. Que faz então o partido? Ingressa com projeto de lei alterando em seu benefício e de outros partidos trânsfugas o disposto na lei eleitoral?
Não. Simplesmente, e como  moda, apela para a intervenção do Poder Judiciário, primeiro mediante a interposição, junto ao STF, de ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) visando derrogar o dispositivo original e, na sequência, ainda no plano do Judiciário, ingressa com consulta ao Tribunal Superior Eleitoral, com o fito de levar a Corte, sequiosa ela também por legislar, a manifestar-se sobre o tema.
Essa chicana é possível porque as diversas esferas do Poder Judiciário já não mais se limitam ao seu dever e competência – cuidar da constitucionalidade das leis – pois agora julgam as leis, valendo-se de sua aplicação como meio de modifica-las segundo o interesse  do momento. Acórdãos do STF transformam-se em verdadeiras emendas ao texto legal.
Com o concurso de partidos irresponsáveis (a regra foi sempre, à esquerda e à direita, a de recorrer à instância judiciária sempre que a atividade parlamentar fracassava) e de um Parlamento que sequer defende sua competência, o Poder Judiciário – dos juízes de piso a ministros dos tribunais superiores – transforma-se em um Moloch insaciável, consumindo as competências privativas dos demais poderes, de que resulta a insegurança jurídica, mãe do arbítrio, que vem a galope.
Ministros e juízes que só prestam contas a Deus invadem a competência exclusiva do Congresso, este sim – e isso precisa ser destacado na República e na democracia representativa – o locus da soberania popular que se expressa mediante o voto, de que carecem os membros do Poder Judiciário.
Nesta República sereníssima nem o STF ocupa o topo de inexistente hierarquia de poderes – embora sonhe com o monárquico papel de Poder Moderador – nem seus ministros são árbitros da Constituição. Muito menos procuradores da vontade popular, papel que na democracia representativa é exercido pelos congressistas e só por eles.
Erra pois a presidente Cármen Lúcia quando afirma que o STF, em sua faina legiferante, está ecoando ‘o clamor das ruas’. Ora o que juízes e ministros têm de ouvir, e só ela, é a vontade da Constituição, porque na democracia vale a lei, cimento da ordem jurídica. O outro lado é a anarquia, a violência do  caos.
Seguindo o mau exemplo que desce da Suprema Corte, também setores da alta burocracia estatal se arvoram em ‘Poderes’, e, como Olimpos, poderes sem controle de qualquer natureza. A que ordem jurisdicional ou política ou administrativa respondem o Ministério Público, a Polícia Federal ou o Tribunal de Contas da União?
Na plenitude republicana não há nem  pode haver Poder sem controle, nem Poder acima dos demais ou acima da Constituição, a cujo texto todos estão submetidos. A violação dessa ordem sujeita o infrator à reação, que, na hipótese, caberia ao Congresso nacional.
Mas o que se pode esperar de um Congresso acuado por um sem-número de acusações atingindo seus membros, inclusive os presidentes das duas Casas? Nada menos de 238 parlamentares estão às voltas com investigações no âmbito do STF. Dos 81 senadores 42 respondem a inquéritos. Outros estão sendo investigados pela Polícia Federal.
O Poder Executivo, nominalmente chefiado por um presidente sem voto, rejeitado pela população do país, não fica longe, com sua corte de ministros presos ou respondendo a processos. A propósito, acicatado pela Procuradora Raquel Doddge, o STF se apresta para apresentar a terceira denúncia-crime contra o locatário do Palácio Jaburu, acusado de corrupção ativa e passiva.
Que se pode esperar de um pato manco?
O Poder Judiciário, hoje, trabalha contra a República, cuja base de legitimidade é a soberania popular. Maquina contra a democracia, pois um de seus produtos é a desmoralização da política.
Nesse intento caminham de mãos dadas o Judiciário e o monopólio da mídia, criando junto à opinião pública o clima de descrédito e desesperanças que leva à anomia popular, assim tecendo o tapete vermelho que abre alas aos ‘salvadores da pátria’. Todos sabemos como tudo isso termina. Engane-se quem tiver vocação para reviver o dr. Pangloss.
Se deste Congresso nada mais se pode esperar, a não ser o aprofundamento de sua ilegitimidade, de seu distanciamento da vontade nacional, tudo se deve esperar da futura Legislatura a ser eleita no prometido pleito deste ano.
Precisamos de uma presidência da República forte, legitimada pelo mandato oriundo da soberania popular, e de um Congresso no qual os eleitores identifiquem a expressão de sua vontade.
Amparados na sociedade mobilizada, os novos Poderes poderão realizar as reformas pelas quais o país tanto anseia, como a reforma política, a reforma tributária, a reforma agrária, a reforma educacional, e, para encerrar a listagem, a regulamentação dos meios eletrônicos de comunicação de massa.
Mas nenhuma iniciativa será tão vital quanto aquela que deverá ser a primeira de todas, a reforma do Poder Judiciário, retirando-lhe os poderes monárquicos e impondo-lhe os valores republicanos, como o mandato de dez anos para os membros do STF e demais tribunais, a reforma de seu Regimento Interno pelo Congresso, a revisão dos critérios de ingresso na Magistratura e da metodologia de escolha de membros dos tribunais em todos os níveis e, a fiscalização externa.
Não há democracia possível num Estado sem Poder Judiciário republicano e democrático.
Roberto Amaral

SecultBA abre inscrições e aumenta recursos para a terceira chamada do Edital de Mobilidade Artística e Cultural


As inscrições estão abertas a partir desta quarta-feira (23) até 21 de junho de 2018


Fazer circular a cultura baiana e contribuir para a qualificação do setor no cenário nacional e internacional é a proposta do Edital de Mobilidade Artística e Cultura, que está com inscrições abertas a partir desta quarta-feira (23 de maio), até 21 de junho. Esta é a terceira chamada para a execução de projetos no ano de 2018 – serão aceitas propostas com início de cronograma em 01 de novembro de 2018 até 31 de janeiro de 2019 – e a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) aumenta o volume de recursos de R$ 250 mil para R$ 400 mil.

Os recursos serão investidos em projetos nas áreas de Intercâmbio e Difusão; Residência Artística; e Formação Cultural; para atividades que podem ocorrer fora do estado ou país. O edital potencializa que artistas, produtores e agentes culturais realizem diálogos interculturais a partir de ações, cursos e/ou atividades a nível nacional e internacional.

O valor limite de apoio por proposta é de até R$ 50 mil para as linhas de Intercâmbio e Difusão e até R$ 25 mil para projetos de Residência Artística e de Formação Artística e Cultural. A seleção consiste em duas etapas: análise prévia e de mérito.

A análise prévia incide na avaliação da pertinência e enquadramento da proposta em relação ao edital. A análise de mérito consiste na avaliação da proposta por uma comissão, conforme estabelecido no edital, composta por membros da Secretaria de Cultura e suas unidades vinculadas (Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), Fundação Pedro Calmon (FPC) e Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), representante da Secretaria da Fazenda e membros da sociedade civil, indicados pelo Conselho Estadual de Cultura.

Os critérios estabelecidos para a seleção das propostas consideraram os seguintes aspectos: relevância da atividade a ser realizada; adequação do projeto ao histórico de atuação do candidato; relevância do evento e/ou da entidade parceira para a área cultural em que se insere; contribuição do projeto para a difusão e valorização da produção cultural da Bahia; consonância com os objetivos de apoio à mobilidade.

O Edital de Mobilidade Artística e Cultural realiza ao menos três chamadas por ano, mantendo o fluxo contínuo desde a sua regulação, em 2009. Considerando as três chamadas de 2018, o valor total disponível é de R$ 900 mil.

Para realizar as inscrições o proponente deve acessar o sistema Clique Fomento, disponível no endereço http://siic.cultura.ba.gov.br. Após preencher a inscrição, deve clicar no botão ENVIAR. É importante que antes de ENVIAR o candidato cheque todas as exigências dos documentos necessários, devendo garantir a inclusão dos anexos na formatação exigida.

CONFIRA O EDITAL E DOCUMENTOS


Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br

Bahia registra 153 casos de A H1N1 com 18 óbitos

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informa que até o dia 19 de maio deste ano foram notificados 966 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 76 óbitos. Dentre esses casos, 193 foram confirmados para Influenza, sendo 153 pelo subtipo A H1N1, com 18deles evoluindo para óbito.

No mesmo período de 2017 foram notificados 241 casos de SRAG, com 20 óbitos. Dentre eles, 20 foram confirmados para Influenza, sendo dois casos de Influenza A H1N1 e nenhum óbito por A H1N1.

Foram confirmados casos de A H1N1 em 39 municípios e os óbitos ocorreram em oito deles. Salvador registrou onze (11) óbitos. Os outros municípios foram Camaçari (1); Irará (1); Lauro de Freitas (1); Retirolândia (1); Saúde (1); Serrinha (1) e Vitória da Conquista (1).

A faixa etária de maior ocorrência ficou entre os menores de cinco anos (57 casos e sete óbitos) e maiores de 60 anos (24 casos e cinco óbitos), sendo que 66,6% dos óbitos ocorreram no grupo dos menores de cinco anos.


Setre adia lançamento do edital de valorização da capoeira


Devido a greve dos rodoviários, e a consequente dificuldade de deslocamento da população, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre) adiou o lançamento do Edital de Seleção de Projetos de Valorização da Capoeira, que aconteceria nesta quinta-feira, dia 24, na Praça Tereza Batista, no Pelourinho.
Em momento oportuno, a Setre divulgará a nova data do lançamento do referido edital.

Curso Livre: O Golpe de 2016


O Curso Livre: Golpe de 2016, aborda com detalhes o papel das instituições, da mídia e a resistência em todo processo do golpe.

Estruturado a partir de uma série de palestras ministradas por personalidades do cenário político nacional, juristas e renomados professores.
  
Teve início em 14/5 com a palestra inaugural com o sociólogo Jesse Freire, que falou sobre o comportamento das pessoas frente ao golpe, as dificuldades que ele trouxe e o impacto da LavaJato na vida do povo brasileiro. Jesse deixou citação impactante “A LavaJato é o maior engodo da história do Brasil”

Em 21/5 aconteceu a segunda palestra “O futuro da democracia no Brasil” com a participação dos membros da Associação de Juízes pela Democracia (AJD), o desembargador Siro Darlan e o juiz João Batista Damasceno. “Antes coadjuvante, agora o Judiciário é o protagonista do golpe”, disse Siro Darlan.

A 3ª palestra está sendo super aguardada e está deixando a militância numa grande expectativa, pois será ministrada pelo ex-ministro Eugênio Aragão, profundo conhecedor do MPF.1

Os internautas podem assistir essas duas primeiras palestras na íntegra já disponível no canal Youtube

Jequié tem dois vencedores da campanha Nota Premiada Bahia

A sorte bateu à porta de dois moradores do município de Jequié, no sudoeste da Bahia. O cabeleireiro José Antônio Cardoso e o supervisor de vendas Leonardo de Andrade receberam, cada um, um prêmio de R$ 100 mil da Nota Premiada Bahia, campanha lançada pelo Governo do Estado.


Tudo começou no dia 14 de março, quando José foi sorteado. “As balconistas da loja já me chamam até de CPF, porque eu tenho este hábito. Um dinheiro desses incentiva e ajuda bastante. É sempre bem-vindo. A campanha é importante também porque é uma forma de ajudar as instituições de caridade”, afirma o cabeleireiro.


Leonardo ficou sabendo do caso de José por meio de um amigo em comum e resolveu seguir os passos do conterrâneo. “Como eu soube que uma pessoa de Jequié tinha ganhado, fiz o cadastro e, na semana seguinte, eu fiz uma compra. Achei que tivesse ganhado R$ 100, quando soube que era R$ 100 mil. Eu achei uma loucura. A ficha não caiu até hoje", comemora o supervisor de vendas. 


Leonardo acrescenta que tem "um filho que está concluindo o colégio e outro pequeno, que continua estudando. Então, o dinheiro chegou em uma boa hora. Quando a gente está com este dinheiro em mãos, a gente quer fazer o melhor para a família da gente”.


Segundo o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, a Nota Premiada foi criada para incentivar os consumidores a exigirem a nota fiscal, evitando a sonegação. “Com isso, além de aumentar a arrecadação estadual, os baianos também concorrem a dez prêmios mensais de R$ 100 mil. Mas é preciso lembrar que é necessário que as pessoas se cadastrem. Não basta apenas dar o CPF, é preciso também ver se a nota tem o QR Code". 



Como participar


A Nota Premiada Bahia já soma 40 contemplados nos sorteios mensais, que começaram em fevereiro. Para participar, é preciso fazer a inscrição no site da campanha (www.notapremiadabahia.ba.gov.br). A partir daí, basta solicitar a inclusão do CPF a cada compra realizada em estabelecimentos que emitam a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e). 


Até agora, foram sorteados 27 moradores de Salvador e 13 do interior. Todos os sorteios baseiam-se nos resultados da Loteria Federal. A campanha possui atualmente 290,4 mil participantes inscritos. 



Instituições beneficentes


A Nota Premiada Bahia também tornou mais simples o ato de apoiar instituições beneficentes, mediante o compartilhamento de notas fiscais, lembra Manoel Vitório. Tendo indicado, durante a inscrição no site, as instituições de preferência, cada participante compartilha automaticamente suas notas a cada compra realizada. 


“Basta que o estabelecimento comercial seja emissor da Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica e que o participante não se esqueça de solicitar a inserção do CPF na nota”, explica o secretário. 


Instituições beneficentes que ainda não participam do 'Sua Nota é um Show de Solidariedade' podem solicitar a inscrição preenchendo o formulário de cadastramento eletrônico no site da Sefaz-BA (www.sefaz.ba.gov.br). Basta clicar no botão 'Educação fiscal' e, em seguida, no banner 'Sua Nota é um Show de Solidariedade'. Depois, na página do programa, acessar o link '3ª fase'. Para esclarecimento de dúvidas, a Sefaz disponibiliza o 0800 071 0071.

“Orquestra Sisaleira” realiza concerto e exposição Fotográfica em Tucano


Com apoio do Fundo de Cultura, Orquestra esteve em turnê internacional e circula em território do Sisal


Com ações de cooperação, formação e intercâmbio cultural, a Orquestra Sisaleira já esteve diversos municípios integrantes território do Sisal, contemplando oficinas de construção de instrumentos, iniciação musical, exposições fotográficas e circulação de concertos na região. Após a fase de oficinas para construção dos instrumentos, a orquestra segue para o município de Tucano, com apresentação nesta sexta-feira (24), na Escola Gildásio Penedo, às 16h.

Através de oficinas de luteria (arte de construção de instrumentos musicais) foram construídos Violões, cabecas, cavaquinhos, ukulelês e violinhas, todos com uso da madeira do sisal. O reaproveitamento dos resíduos da cadeia produtiva do sisal já é uma realidade no projeto Workshop de construção e aprimoramento de instrumentos musicais com madeira do sisal, realizado nas cidades de Conceição do Coité, Retirolândia e Valente, com um grupo de jovens liderados pelo maestro Josevaldo, que iniciou em 2012 o desenvolvimento de um laboratório de investigação técnica e sonora da cultura da região sisaleira.

A Orquestra Sisaleira – Inspirada na violinha de buriti, encontrado no parque do Jalapão, no Tocantins. A partir disso deu início à construção de instrumentos musicais com a madeira do sisal e a criação do projeto. A Orquestra Sisaleira já foi reconhecida com um prêmio nacional (Prêmio Laureate Brasil - Jovem empreendedor Social 2017) e outro prêmio estadual (Concurso Ideias Inovadoras 2015 -FAPESB).  Do som do motor aos acordes da Violinha de Sisal - Uma inovação que traz significado e valor simbólico ao território de identidade, onde a economia sempre foi baseada na cultura do sisal. A última ação foi a primeira turnê internacional, devolvendo o sisal ao México em forma de música, com recursos financeiros do Fundo de Cultura, a partir do edital de Mobilidade Artística.

Sustentável, socioeconômica e cultural, a proposta criativa utiliza os resíduos da cadeia produtiva do sisal e transforma em instrumentos musicais a madeira gerada a partir do escape floral da planta. A criação da Violinha de Sisal possibilitou também oficinas de música, com iniciação musical e oficinas de luteria em cidades da região. O processo formativo culmina no palco, com as apresentações artísticas dos jovens. O projeto desenvolveu-se a partir de intercâmbios, como a ida do grupo ao lugar de origem da ideia e pela contribuição do experiente luthier paulista, Fernando Sardo.

O Som do Sisal - É um laboratório de investigação técnica e sonora da cultura sisaleira criado em pleno sertão baiano, no município de Conceição do Coité. Iniciado em 2012, com o coordenador artístico da Orquestra Santo Antônio, Josevaldo Nim, e o estudante de luteria, Webson Santana, com a construção de instrumentos musicais com sisal, inspirados na violinha de Buriti que é encontrada do povoado de Mumbuca, cidade de Jalapão, Tocantins.

Os concertos musicais serão realizados em espaços culturais de acesso gratuito ao público como, tais como: centros culturais, teatros, escolas ou repartições públicas. O repertório musical é autoral e apresenta a cultura sisaleira nas composições, valorizando e difundindo a história do seu povo. Junto à realização de cada concerto, será montada uma exposição fotográfica que retrate a cultura, a paisagem e a vida do homem sisaleiro. Após apresentação na cidade de Tucano, a orquestra segue com uma agenda de concertos que serão realizados em outras cidades do território do sisal, a programação completa será divulgada através do Facebook do grupo.

Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) - Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O  ecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa depessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais.
Programação:

Projeto Orquestra Sisaleira
Quando: 24 de maio (quinta) 16h
Local: Escola Gildásio Penedo – Tucano-Bahia
Aberto ao público

DITADURA DE OCASIÃO (Por Leandro Fortes)


Na última década, a Venezuela realizou 25 eleições, mais uma dúzia de referendos e plebiscitos. Todas elas, com pelo menos duas centenas de observadores internacionais e com matilhas de cães de guarda da mídia internacional a postos, prontas para acusar qualquer suspeita de fraude.
Nunca acharam nada.

Mas, como o chavismo vem, invariavelmente, ganhando todas, e os americanos ainda não conseguiram moldar um judiciário capaz de articular, na Venezuela, um golpe aos moldes do que foi feito no Brasil, a reeleição de Maduro reinstaurou a gritaria sobre essa ditadura de araque.
A desfaçatez chegou ao ponto de o governo Michel Temer, essa ópera bufa de 5% de aprovação, ter a cara de pau de acusar de ilegítimo um processo ao qual ele jamais se submeteu: as urnas.
E antes que alguém venha me dizer que Temer foi eleito na chapa de Dilma, eu recomendo, simplesmente, que nem comece com esse comportamento idiota.
Acreditar que o governo Temer - entreguista, antipopular e apoiado por movimentos fascistas - seja uma extensão do governo de Dilma, eleito por 55 milhões de brasileiros e brasileiras, é atestado de analfabetismo político, quando não de demência, pura e simples.

PT realizará atos em todos as cidades do Brasil para lançar candidatura de Lula



Domingo, dia 27 de maio, é o dia de dizer ao povo do seu município que Lula é candidato à Presidência da República

O Partido dos Trabalhadores divulgou nota em que pede ao povo brasileiro e à militância da legenda que ocupem as ruas, praças e feiras no próximo dia 27 para anunciar que Lula será candidato à Presidência da República. O comunicado diz:

"Vá até a feira ou à praça da sua cidade, vista a camisa, leve a bandeira, organize uma carreata ou chame todos e todas para o Diretório Municipal do PT de sua cidade, onde reafirmaremos que Lula é o nosso candidato a Presidente da República."

Bahiatursa: estão abertas as inscrições para as cidades que querem apoio ao São João



Estão abertas as inscrições para os municípios interessados em receber verba pública para os festejos juninos de 2018. A Bahiatursa publicou no Diário Oficial do Estado o edital para seleção publica de festas que podem acontecer entre 1º de junho e 2 de julho, contemplando Santo Antônio, São João e São Pedro. As cidades têm até o dia 29 de maio para apresentar seus projetos.

Os interessados devem se dirigir ao Protocolo Central da Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia (Bahiatursa), localizada no Palácio Rio Branco (Rua Chile s/n, térreo, Centro de Salvador), de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12 horas e das 13h30 às 18 horas. No texto existem cinco categorias com valores que variam de R$ 100 mil (categoria A) a R$ 20 mil (categoria E).

Somente serão aceitas inscrições feitas de modo presencial e mediante apresentação de todos os documentos requisitados no edital. De acordo com o superintendente Diogo Medrado, “a iniciativa do Governo do Estado, por meio da Bahiatursa, é uma das ações de valorização do turismo e dos festejos juninos, que acontecem em praticamente todos os 417 municípios baianos”, acrescentou.

Ao se entregar, Zé Dirceu deixou um vazio entre a militância Petista



Se tem alguém que nunca foi abandonado pela militância do Partido dos Trabalhadores, essa pessoa é o ex-ministro Zé Dirceu. Talvez por isso existiu no momento de sua prisão um clima de velório entre aqueles que, a despeito de receberem agressões diárias nas redes sociais, estiveram ao seu lado o defendendo e mostrando a perseguição que ele sofre de parte da justiça brasileira.

Milhares de pedidos foram postados na internet, milhares de mensagens foram enviadas diretamente a ele. Até sua ex-esposa pediu para que ele não se entregasse. Mas Dirceu tomou a sua decisão de cumprir a determinação da "justiça". Diferente do que a maioria esmagadora queria.

Pedidos de que fosse a uma embaixada e pedisse asilo, sair do país e até mesmo viver ilegalmente dentro do Brasil, foram feitos. Mas nada disso o fez mudar de ideia.

Dias antes de sua prisão eu enviei uma mensagem a uma pessoa bem próxima dele, onde dizia, “eu prefiro um líder na ilegalidade comandando a militância, que um líder preso e sem poder falar”. Recebi a resposta, “fique tranquilo, estamos preparados para o momento e para a consequência dele, sairemos maiores e vitoriosos”. Foi aí que lembrei da passagem do livro Papillon, que condenado na Guiana Francesa por um crime que não cometeu o advogado dele lhe fala, “Não há qualquer prova contra você, tenho confiança, seremos absolvidos. Acho graça nesse “seremos”. Como se ele, o Dr. Hubert, fosse comparecer perante o tribunal como culpado e, se houvesse condenação, também tivesse que sofrê-la”. René Belbenoît foi condenado a prisão perpetua. Na cadeia, na Ilha do Diabo, ele liderou um grupo de presidiários que fez várias tentavas de fugas. Logrando exito, vieram para o Brasil. Ele morreu em 1078 e está enterrado na Vila Surumú, no norte do Estado do Pará, hoje parte da Terra Indígena São Marcos.

Não satisfeito, pois já se percebia que a decisão seria por se entregar, no dia da sua prisão, eu enviei diretamente ao Zé um “boa tarde Comandante! Estou em oração hoje. Força!”. E recebi uma resposta em áudio de quem estava ciente da sua importância e do que deveria, por decisão própria, fazer. “Camarada Dimas, muito obrigado pela força, pelas orações. Estou precisando mesmo. Estou firme aqui”. Voz pausada e firme, de quem não estava se entregando, mas de quem usará a prisão para denunciar ainda mais a perseguição que ele e outros petistas estão sofrendo.

Durante alguns dias vi e li muitas mensagens de quem, até agora, não conseguiu entender o porquê do Comandante Zé Dirceu ter se entregado a polícia federal. Mas percebi, que mesmo preso político, ele não está abandonado. O impacto inicial já foi digerido e a hora é de Lula e Zé Dirceu Livres!

Foto: Lula Marques.

Novo Prado Valadares: Rui dá início à visita guiada com a imprensa



O governador Rui Costa iniciou, por volta das 8h30 desta segunda-feira (21), uma visita de apresentação do novo Hospital Geral Prado Valadares (HGPV) à imprensa. A unidade de Jequié é o quinto hospital inaugurado pelo governador desde 2015. Já foram entregues o HGE 2 e o Hospital da Mulher, em Salvador, e os hospitais Costa do Cacau (em Ilhéus) e da Chapada (em Seabra). Antes da visita às novas instalações, Rui concedeu entrevista coletiva a emissoras de rádio da região de Jequié. 

A visita ao novo Hospital Prado Valadares está sendo transmitida ao vivo no Facebook, assista aqui. 

O novo HGPV, que já começa a funcionar na terça-feira (22), passa a ser o maior do interior do estado, com a oferta de um total de 276 leitos. Já a área construída cresceu de 8 mil metros quadrados para mais de 14 mil metros quadrados. Além do novo hospital, Rui realiza uma série de entregas para outros 27 municípios, nesta segunda, no ato em Jequié. Entre elas, 16 ambulâncias vão beneficiar a população de Almadina, Arataca, Barra do Rocha, Brejões, Caetanos, Canavieiras, Coaraci, Gandu, Itaju do Colônia, Itapitanga, Itaquara, Jequié, Manoel Vitorino, Nova Canaã, Planaltino e Ubaitaba. O novo Prado Valadares também receberá uma ambulância e uma van para transporte de pacientes.

Ainda em Jequié, o governador entrega 11 veículos para a Polícia Militar e 19 equipamentos de saúde para 13 municípios, sendo 12 kits odontológicos, 4 aparelhos de raio x, carro de emergência, eletrocardiógrafo e kit sala estabilização.

Foto: Mateus Pereira/GOVBA.

Tá na internet: Não me peça para trair


Precipitar opiniões em tempos de golpe e de informações céleres, quando as derrotas em nosso campo se sucedem a todo momento, talvez seja o erro mais comum e perdoável que ocorra, tanto entre os anônimos quanto entre as figuras proeminentes do setor progressista. Vivemos num período de profundas incertezas e medos. Medos irreais ou não. Certezas? Sobraram muito poucas. Mas as incertezas povoam os dois lados em disputa. Neste tocante, não há espaço para a neutralidade, um fato.

Por mais que tentemos prever o amanhã político no nosso país, conjecturar sobre possibilidades (um direito natural do cidadão ativo e consciente politicamente) ou impossibilidades, a verdade é que ninguém sabe como vai ser escrito o caminho logo à frente. Existem sim indicativos, estes muito tenebrosos. Mas, ainda assim, cheios de variantes de um jogo ainda não jogado.

Opções estão sendo colocadas à mesa. E nestas opções, também se tenta impor certos atores que, em nenhum momento da história, conquistaram o direto de sequer sonhar em liderar um país. São atores que dependem da imponderável decisão de um partido em dizer aos seus combalidos, mas ainda resistentes apoiadores, que devem deixar um ferido à própria sorte no campo de batalha.

Mesmo que os argumentos pragmáticos, tão utilizados pelo Partido dos Trabalhadores a partir do ano de 1983, quando a legenda abraçou democraticamente a hercúlea tarefa de ganhar as massas, sejam agora utilizados para justificar a chance de minimizar o estupro que vem sendo cometido no Brasil pelos canalhas golpistas, um pedido formal para que o PT olhe o outro candidato é, no mínimo, uma crueldade sem tamanho, inominável. O fato de apenas imaginar apoiar um outro candidato, enquanto seu maior líder sofre nas masmorras do golpe, já ganha um nome. Este nome é traição.

Pedir para o partido que mais lutou pelo país, que mais capilaridade tem na população, que mais ganha filiados entre os grandes, que mais detém a preferência popular e o eleitorado, que ainda tem o melhor Projeto de País e que ainda está vivo e consciente abrir mão do seu direito de ir em frente não é só infantil, é também cínico.

Quando um grupo político pequeno, uma pequena sigla ou um movimento decide apoiar o que chamam de "menos pior", o faz por lógica. Já o contrário seria absurdo.

Não é a união das esquerdas que vai salvar o país. O que vai impedir a concretização do golpe é o apoio irrestrito ao único sujeito que foi capaz de dar esperança à Nação.

Nós, os petistas, chegamos até aqui quando ninguém mais poderia aguentar. Carregamos estigmas e somos atacados, fisicamente ou na alma. Mas chegamos até aqui com Lula. Simplesmente não dá mais para abandonar ninguém, muito menos uma ideia. Seria pedir demais.

Aqueles que partiram para outros horizontes captaram tudo o que há no instante atual. Mas se esqueceram de algo que, mesmo sendo subjetivo (e até abstrato), permeia o Brasil e o brasileiro no seu subconsciente há quase 4 anos. Isso que está implícito em cada manchete de jornal, em cada golpe dado à nossa soberania e nas nossas conquistas sociais começou antes, mas cristalizou numa coisa chamada traição, quando Dilma Rousseff perdeu o direito de governar.

Diante disso, exigir a plenos pulmões que devemos fazer o que deve ser feito em nome do país, fazendo com que viremos as costas para o companheiro que mais deu seu sangue e suor por todos nós, não está certo.

Entendam de uma vez por todas que o brasileiro poder perdoar e até esquecer tudo. Só não esquece e nem perdoa a traição.

Por Tarcisio Vargas.

Depois de 18 anos paciente do Lopes Rodrigues retorna para a família

O Hospital Especializado Lopes Rodrigues (HELR), em Feira de Santana, por meio da Gerência de Desinstitucionalização, revela a história de L.R.P., conhecida como Lu, 39 anos, que depois de 18 anos morando na unidade hospitalar pode retornar para sua cidade, Ubaíra, onde está residindo na companhia de uma cuidadora e de um de seus irmão.
De acordo com Denise de Lima, gerente de Desinstitucionalização do HELR, Lu era uma garota que saiu andando pelo mundo e de carona em carona, e foi deixada às margens de uma BR, confusa, sem saber dar informações sobre seus familiares, nem seu local de origem. “Dezoito anos de sua vida se passaram, cristalizada no tempo, tutelada em cada gesto, afastada do mundo. Foi assim a história de Lu que teve a oportunidade de retornar para sua cidade após longo tempo institucionalizada”, conta Denise.
Durante a permanência na unidade hospitalar, os profissionais pensaram em colocar a paciente em uma moradia na residência terapêutica, já que não havia possibilidade de retorno à família. Entretanto, sem que fosse esperado Lu lembrou o nome do pai, da mãe e dos irmãos. A partir daí, a equipe do hospital deu início às buscas por familiares, através de um programa de televisão de busca por pessoas desaparecidas.
Num curto espaço de tempo, uma vizinha que havia visto a matéria na TV, por telefone, deu informações sobre os familiares da paciente. “Dada como morta em sua terra natal, Lu causou espanto ao retornar para visitar a família”, explica Denise, acrescentando que, a partir de então, a equipe de Desinstitucionalização do HELR começou a trabalhar, no sentido de promover o retorno da paciente para sua cidade.
Depois de muitas idas e vindas à cidade de Ubaíra, e com a colaboração de profissionais da assistência social/CRAS, a colaboração direta de alguns familiares no cuidado, novas formas de cuidar e morar foram surgindo. Após mais de um ano de trabalho, no início desse mês, Lu pôde finalmente retornar ao convívio familiar.
A Equipe de Desinstitucionalização do Lopes Rodrigues tem como princípio a garantia e produção de direitos, em especial a cidadania. A partir disso, acredita que o cuidado com pacientes psiquiátricos deve ser prestado em liberdade, com a oferta do que há de melhor disponível para o cuidado em saúde mental. “Os principais lugares do cuidado passam a ser os espaços sociais, onde é possível criar encontros, possibilidades de vida e cuidado, longe dos muros que aprisionam”, esclarece Denise. Atualmente, o hospital tem 75 moradores aguardando saída para Acolhimento Familiar ou Residências Terapêuticas.
No ano passado, sete pacientes moradores do Lopes Rodrigues foram desinstitucionalizados. Destes, cinco voltaram para suas famílias e dois foram para Serviços de Residências Terapêuticas.

Audiência na sede da OAB - Bahia vai discutir racismo institucional na mídia brasileira


Uma audiência pública, que acontece na próxima segunda-feira (21), às 14h, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Bahia, Rua Portão da Piedade, no Centro da Cidade, vai discutir o tema Como Enfrentar o Racismo Institucional na Mídia Brasileira?
Promovido pela OAB-Bahia, por meio da Comissão Especial de Promoção da Igualdade Racial, em parceria com diversas entidades, a audiência tem como objetivo repercutir a ação civil pública ajuizada, na quarta-feira (16), pela
União de Negros pela Igualdade (Unegro Brasil), contra a Rede Globo de Televisão, por práticas discriminatórias e racistas, devido à ausência de representatividade negra na recém-lançada novela Segundo Sol, exibida pela emissora.

“Além de repercutir essa ação civil, o evento vai discutir, de forma mais ampla, o racismo institucional na mídia brasileira, seja a forma estereotipada que a população negra é apresentada, principalmente nos programas "humorísticos" e jornais do meio-dia, seja pela ausência de profissionais negros, tanto nas bancadas dos telejornais, quanto em programas infantis bem como nas telenovelas", destaca a socióloga e presidenta da Unegro, Ângela Guimarães.

UM ATAQUE SEM MEDIDA



Ontem recebi inacreditáveis seis minutos no Jornal Nacional da Globo, um dos horários mais nobres da TV brasileira, para me denunciar.

Com base em um inquérito da polícia federal vazado ilegalmente (até agora não tive acesso), que se arrasta há dois anos, disseram que recebi propina através de um escritório de advocacia, que prestou serviços pra minha campanha eleitoral, e também pra uma empresa, a tal Consist, que, dizem, tinha contrato com o setor público federal.

Misturaram as coisas, dando a entender que os recursos pagos à Consist foram desviados para o escritório do advogado Guilherme Gonçalves e este me beneficiado, tudo feito com a articulação do Paulo Bernardo, então ministro do Planejamento.

Primeiro, é importante dizer que a tal Consist não tinha contrato com o Ministério do Planejamento, nunca foi contratada por ele.

Segundo, Guilherme Goncalves atendia muitos candidatos, de todas as siglas partidárias. Era conceituado e conhecido nesta área. Seu escritório também atendia outros ramos do direito, tendo contratos com várias empresas. Não conhecia quais eram e como faziam esses contratos.

Todas as despesas de campanha que fiz com o escritório de Guilherme Gonçalves estão declaradas. Entre uma campanha e outra, ele cuidou dos processos decorrentes das disputas eleitorais, pagando as despesas relativas a esses processos. Uma das acusações é que estava pagando em meu nome uma multa de campanha, tida como despesa pessoal. De fato, ele pagou sim, porque a multa foi em decorrência do escritório ter perdido prazo de recurso, era responsabilidade dele!

Outra denúncia é que ele pagava um motorista para me servir no Paraná. Mentira! Nunca fez isso. Algumas vezes disponibilizou o carro que atendia a ele no escritório para me atender quando estava em Curitiba, no período em que estive licenciada do mandato e não tinha estrutura de gabinete.

Nunca me repassou nenhum recurso ou pagou despesas pessoais. O montante alegado dos benefícios a mim dirigidos foi relativo às campanhas eleitorais que ele atendeu. A forma como contabilizava isso no escritório não é de minha responsabilidade. Aliás, pelo material que tive acesso, era semelhante ao que fazia com outros candidatos.
Este método da PF e da grande mídia, em especial a Rede Globo, de vazar informações e fazer matérias a partir de indícios pouco factíveis, enlameando a reputação das pessoas, tem sido corriqueiro. É nojento. Aliás, esse assunto foi objeto de fala recente do Papa Francisco.

Estou sendo agraciada com tantos minutos da Globo para me desconstruir porque ocupo uma posição política relevante, a presidência do PT, que o establishment odeia e quer aniquilar.

Por mais que eu fale publicamente, jamais vou atingir o público que a Globo atinge. A versão dela prevalece e eu, assim como outros companheiros/as, somos condenados por antecipação.

Não tenho muito a fazer a não ser defender-me jurídica e politicamente.
Vou também apresentar representação à corregedoria da PF para que apure quem vazou esse inquérito e continuarei denunciando a Rede Globo, que vazou algo que não devia ser publicizado, expondo a mim e a outras pessoas de maneira leviana e irresponsável.

Gleisi Hoffmann