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Foto: Marta Medeiros |
O ciclo de oficinas teve início na segunda-feira (14), em Vitória da Conquista, com a participação de municípios do Sudoeste Baiano e do Médio Rio das Contas.
Lançado em junho deste ano, o Projeto Sertão Vivo beneficiará mais de 300 mil pessoas em 49 municípios do Semiárido baiano, distribuídos em 13 Territórios de Identidade. Serão atendidas agricultores/as familiar, povos indígenas, comunidades quilombolas, assentados da reforma agrária e outras comunidades tradicionais.
O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Jeandro Ribeiro, destacou que as oficinas fazem parte do início das ações em campo. “Hoje, em Bom Jesus da Lapa, damos continuidade a esse movimento de apresentação e mobilização do projeto. O Sertão Vivo vai transformar realidades no Semiárido, com uma política pública qualificada e construída em parceria com consórcios e a sociedade civil. Essa é a orientação do governador Jerônimo Rodrigues: acelerar a execução das políticas públicas que mudam vidas no campo”, afirmou.
Representando o Colegiado Territorial do Velho Chico, Dermeval Gervásio de Oliveira, da Fundação de Desenvolvimento Integrado do São Francisco (Fundifran), reforçou a importância do Sertão Vivo para a segurança hídrica e alimentar no Semiárido. “É um marco histórico. Aqui no Velho Chico, vivemos desafios extremos relacionados à água e à produção de alimentos. O projeto vem para fortalecer as organizações da sociedade civil, as comunidades e as entidades que atuam com a agricultura familiar. É uma oportunidade de integrar políticas e promover desenvolvimento sustentável nos nossos municípios. E estamos prontos para colaborar com o Estado”, ressaltou.
Nesta quarta-feira (16), será realizada a terceira oficina, reunindo representantes dos territórios de Irecê, Piemonte do Paraguaçu e Recôncavo, no município de Irecê. Ao todo, serão realizadas seis oficinas regionais nos territórios onde o projeto será executado.
Inovação e Resiliência Climática no Semiárido
O Projeto Sertão Vivo atuará no enfrentamento à crise climática no Semiárido baiano, com ações como a implantação de tecnologias de acesso à água, fortalecimento da agroecologia e incentivo à produção sustentável. O objetivo é ampliar a permanência digna no campo, promovendo segurança alimentar, geração de renda e gestão comunitária dos recursos naturais.
A Bahia será pioneira ao integrar políticas ambientais e sociais em uma abordagem unificada, que conecta soluções sustentáveis nos eixos de água, produção e conhecimento, valorizando os saberes e práticas locais.
O projeto é resultado de uma parceria entre o Governo da Bahia e o Governo Federal, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e Fundo Verde do Clima. A execução está a cargo da CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
As próximas etapas incluem a elaboração dos Planos Territoriais de Investimento, cadastramento das comunidades, validação junto aos colegiados territoriais, e o lançamento de edital de assessoria técnica, entre outras ações estruturantes.
Foto: Marta Medeiros.
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