Para a presidência da República, votarei em Fernando Haddad – 13.
O que está em jogo não é o PT, com seus acertos e seus
erros, nem o governo Dilma, nem mesmo Lula. No dia 7 será decidido, para muito
tempo, o futuro do país. Nas urnas, mais
do que tudo, decidiremos entre
democracia e fascismo, ou seja, entre civilização e barbárie. E corremos o maior de todos os riscos, pois não
podemos ignorar que está em curso o projeto de
uma ditadura de essência militar,
que poderá, desta feita, chegar ao poder abençoada pelo voto popular.
Só o nosso voto poderá detê-la.
São muitas e diversas as razões que me levam a esta opção
(com a mesma certeza cívica eu votaria
em Ciro ou em Boulos) e uma delas, ademais das muitas qualidades pessoais de Haddad, é o fato de
que, nas circunstâncias, trata-se da única candidatura de nosso campo em
condições de disputar o segundo turno. Lamento — e quantas vezes ainda repetiremos
esse lamento ? — que, mais uma vez, para gáudio da direita, os
candidatos progressistas estejam em
palanques separados.
Em poucas unidades da Federação elegeremos governadores comprometidos com o projeto
democrático-desenvolvimentista, voltado para as grandes massas. De Minas Gerais
ao Rio Grande do Sul as pesquisas disponíveis indicam nossa derrota.
Apesar de todos os
esforços, não foi possível no Rio de Janeiro
a unificação das campanhas do PT, do PSOL e do PDT. O resultado não poderia ser outro:
aguarda-nos uma contundente derrota política, pois, aqui como em SP, estamos condenados a ficar fora do segundo turno.
Para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – covil há
tantos anos comandado por gangsteres como Sérgio Cabral e Piciani — , votarei, com extrema segurança, em Wanderson Nogueira – 50.180
que está concluindo seu primeiro mandato, dedicado aos interesses das populações carentes;
combatendo ao lado dos movimentos
organizados, foi uma voz firme na defesa de servidores públicos, aposentados,
bolsistas e estudantes. Destacou-se na defesa da UERJ e das demais
universidades públicas estaduais, ameaçadas de aniquilamento.
O Rio de
Janeiro, que já elegeu Darcy Ribeiro e
Saturnino Braga, pode, domingo próximo, mandar para o Senado Federal, de uma só
lapada, um fascista e um reacionário.
Seja para dar
sustentação ao nosso projeto, seja para formar na resistência ao eventual
governo de extrema-direita, será decisivo o papel do futuro Congresso, e nele,
do Senado.
Peço seu voto
em Lindbergh Farias -131 e Chico Alencar – 500,
que tanto lutaram e tanto
nos honraram na atual legislatura, um como senador, outro como deputado
federal.
Tudo indica
que a futura Câmara dos Deputados e o
futuro Senado Federal poderão ser tão
conservadores quanto são atualmente, dominado pelo baixo clero e pela deletéria aliança dos representantes do fundamentalismo
primitivo-mercantil, do agronegócio e da bala.
Jamais nos esqueçamos do papel das duas Casas na preparação e decretação
do impeachment. Precisamos, pois, eleger o maior número possível de
parlamentares progressistas, independentemente de partido, pois temos
candidatos de primeira qualidade em quase todos eles. Minha opção será pela
reeleição de
Glauber Braga- 5080
Conheço e acompanho
a trajetória desse belo e bravo
deputado, aguerrido e culto, desde seus
tempos de estudante. Pensando em nosso país e em nosso Estado — que também
clamam por novas lideranças —, voto em Glauber desde a primeira candidatura à
Câmara Federal. Orgulha-me como político, como parlamentar e como
extraordinário ser humano. Vaticino-lhe um grande futuro.
Por Roberto Amaral - escritor e ex-ministro de Ciência e
Tecnologia.
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