Salvador integra atividade do intercâmbio cultural entre Brasil e Cuba


“A importância do artesanato como fonte de renda” foi o tema da palestra ministrada pelos artistas artesãos cubanos Adela Figueiroa e Pelayo Rondón, nesta segunda-feira (30), no auditório da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. 


A atividade, que contou com a participação de artesãos baianos e técnicos da Setre, integra a Etapa Nordeste do 9º Circuito Cultural Arte Entre Povos, um intercâmbio entre Brasil e Cuba, que tem como objetivo promover a troca de experiências e conhecimentos entre os dois países. Os artesãos cubanos visitarão nove municípios dos estados da Bahia, Pernambuco e Sergipe.


Na oportunidade, os palestrantes abordaram o funcionamento do sistema de produção artesanal cubano, que se fortaleceu a partir do embargo econômico norte-americano ao país, iniciado na década de 1960. “Em um momento de extrema carência e dificuldades, o artesanato ganhou força, expandiu-se, consolidou-se como expressão identitária e atividade econômica, e permitiu que tivéssemos acesso aos bens de consumo essenciais, como roupas, calçados e brinquedos”, contou Adela Figueiroa.


Para Pelayo Rondón, a criação de instituições públicas de apoio ao artesanato foi essencial para impulsionar o trabalho das pequenas cooperativas, associações e profissionais independentes do segmento. “Se hoje temos em Cuba um movimento artesanal forte, isso se deve não só a criatividade e ao empenho dos artesãos do país, mas também ao apoio político do governo, através da garantia de espaços de comercialização e dos direitos trabalhistas aos artesãos”, explicou.


O titular da Setre, Vicente Neto, aproveitou para destacar as ações desenvolvidas pela Coordenação Estadual de Fomento ao Artesanato, órgão responsável por executar as ações de preservação, incentivo, promoção e divulgação do artesanato. “Estamos consolidando o selo baiano, para que o artesanato tenha um controle de qualidade, sem que isso signifique interferir no trabalho criativo das artesãs e dos artesãos do nosso estado”, citou o secretário.
 

Também participaram do evento, o cônsul de Cuba para o Nordeste do Brasil, Rafael Lopez; a chefe de gabinete da Setre, Ângela Guimarães; a coordenadora de fomento ao artesanato da Setre, Luciana Embilina; o presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Antônio Barreto; e a coordenadora do núcleo baiano do Cebrapaz, Maria Ivone Souza.

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