O texto passou por alterações no Congresso Nacional, a partir das discussões de deputados federais e senadores. Os pontos relacionados à carga horária mínima e à retomada de disciplinas obrigatórias foram mantidos pelos congressistas.
Na avaliação do ministro Camilo Santana, a nova lei avança
em três questões fundamentais: “o primeiro ponto é a retomada da carga horária
da formação geral básica para 2.400 horas. Essa era uma demanda crucial dos
professores e dos alunos, permitindo o retorno de disciplinas como história,
biologia, sociologia e educação física. Isso garantirá uma formação mais
completa para os alunos do ensino médio brasileiro. O segundo é fomentar a
matrícula de ensino técnico no ensino médio. Isso também foi uma grande demanda
dos alunos na consulta. Por fim, o terceiro ponto é a regulamentação dos
itinerários formativos. Isso garantirá que todas as escolas ofereçam, no
mínimo, alguns itinerários para a formação dos alunos, eliminando a
pulverização excessiva que existia anteriormente”.
O ministro também explicou que haverá uma regulamentação realizada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em conjunto com o MEC, para assegurar uma oferta equitativa de itinerários, adaptando-se às necessidades específicas de cada escola e região. “O presidente tem enfatizado a necessidade de tornar o ensino médio mais atrativo para os jovens, incentivando sua permanência na escola e oferecendo-lhes perspectivas de futuro e esperança. As mudanças e os avanços recentes no Congresso Nacional permitirão melhorar ainda mais a qualidade do ensino médio em nosso país”, concluiu Santana.
De acordo com dados da Pasta, havia dificuldades na
implementação da lei de 2017, especialmente para as turmas do noturno, da
educação de jovens e adultos (EJA) e da educação escolar do campo, indígena e
quilombola. Em 2022, 48% das unidades federativas não haviam iniciado a
implementação nas turmas de EJA; 15% declararam que não a iniciaram nas turmas
do noturno; e 22%, nas escolas indígenas. Entre os estados que começaram a
implementar a lei, a maioria declarou não ter realizado a implementação em 100%
da rede. Além disso, 51% dos municípios brasileiros possuem apenas uma escola
de ensino médio. A oferta de itinerários e a escolha dos estudantes ficaram
comprometidas nesse contexto.
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