O armazenamento inadequado da
água proporciona o ambiente ideal para a proliferação do mosquito Aedes
aegypti, que transmite além da dengue, a febre chikungunya e o zika vírus. No
norte baiano, uma tecnologia testada pela Companhia de Desenvolvimento dos
Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), voltada para captação e
tratamento de água de chuva, também é uma importante aliada para o combate ao
mosquito.
O sistema foi desenvolvido por
técnicos da superintendência regional da Companhia em Juazeiro. Segundo o
analista em desenvolvimento regional da Codevasf, Joselito Menezes de Souza, a
tecnologia foi projetada com acessórios e dispositivos que impedem a entrada e proliferação
de mosquitos.
“Esse sistema de captação,
armazenamento e tratamento de água de chuva foi desenvolvido no âmbito do
Programa Água para Todos do governo federal. Ele é composto por um reservatório
para o armazenamento da água da chuva e diversos dispositivos que proporcionam
o tratamento de água para que ela atinja o padrão de potabilidade. O sistema foi desenvolvido para
impedir a entrada de insetos que possam causar danos à saúde humana”, ressalta
Menezes.
Por conta de sérios problemas
ligados à falta de água no Nordeste, muitos produtores têm optado por estocar
água em galões, baldes, garrafas e caixas, sem tomar cuidados com a proteção
adequada desses reservatórios. O analista em desenvolvimento regional da
Codevasf em Juazeiro Joselito Menezes de Souza lembra que a população precisa
cuidar frequentemente da limpeza e inspeção dos reservatórios utilizados no
armazenamento de água, a fim de evitar a proliferação do Aedes aegypti.
“Nós recomendamos a revisão
das calhas que fazem a condução da água captada dos telhados; deixar os
reservatórios, como as cisternas, sempre tampados; e ter uma atenção especial
com os suspiros, que são os extravasores da água das cisternas, para que eles
fiquem cobertos e protegidos por uma tela de mosquiteiro para impedir a entrada
de insetos”, adverte.
Os dispositivos e acessórios
são de baixo custo de instalação e manutenção, além de facilidade na sua
operação, por isso não necessitam de treinamento específico para operá-los.
Trata-se de uma tecnologia social que visa assegurar a qualidade da água para
fins de potabilidade, que pode auxiliar produtores, cooperativas e outras
entidades no atendimento de exigências e recomendações dos Ministérios da Saúde
e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Nenhum comentário:
Postar um comentário