Samurais dão voadora na Seleção Brasileira

Japão derruba Brasil e Ancelotti perde o rumo.

A Seleção Brasileira levou um golpe de katana no orgulho ao ser derrotada por 2 a 1 pelo Japão, em amistoso realizado neste domingo (13), em Osaka. O resultado acendeu o alerta no vestiário e nas arquibancadas. O técnico Carlo Ancelotti, que chegou cercado de expectativas, ainda não encontrou o tom certo para reger a orquestra canarinho.

O time, que entrou em campo com nomes de peso como Vinícius Jr., Bruno Guimarães e Marquinhos, mostrou pouca criatividade e muita desorganização. O Japão, por outro lado, foi cirúrgico. marcou, pressionou e aproveitou os erros brasileiros com a frieza de um samurai. A derrota, embora em jogo amistoso, expôs a fragilidade de um elenco que ainda parece mais preocupado em agradar patrocinadores do que em jogar bola.

Mas nem tudo é tragédia. O presidente Lula, que acompanhou a partida ao lado de ministros e atletas olímpicos em Brasília, reagiu com serenidade. “O futebol brasileiro já caiu e levantou muitas vezes. O que não pode é perder a alma. Vamos apoiar e cobrar, na mesma medida”, disse o petista, que tem investido pesado no esporte de base e na reestruturação do futebol feminino.

O Ministério do Esporte, comandado por André Fufuca, já anunciou que vai ampliar o programa “Brasil Olímpico” para incluir núcleos de formação de atletas em comunidades carentes, com foco também no futebol. A ideia é que o talento brasileiro não dependa apenas de empresários e clubes milionários, mas de política pública.

Enquanto Ancelotti tenta encontrar o esquema ideal, o Brasil precisa lembrar que camisa pesa, mas não joga sozinha. E que o hexa não virá por decreto, virá com trabalho, humildade e, quem sabe, um pouco da ginga que andou sumida em Osaka.

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