Nos bastidores, o Planalto já trabalha em duas frentes. A
primeira é a costura de alianças regionais, que fortaleçam candidaturas de
governadores e parlamentares alinhados ao projeto nacional. A segunda é a
consolidação de políticas públicas que possam ser apresentadas como vitrine
eleitoral. O envio do Orçamento de 2026 ao Congresso, com previsão de aumento
real do salário mínimo e investimentos robustos em saúde e educação, é parte
dessa engrenagem.
Lula também tem buscado reforçar sua imagem internacional,
participando de encontros multilaterais e defendendo o protagonismo do Brasil
em temas como meio ambiente e combate à fome. Essa postura fortalece sua
narrativa de estadista e amplia o capital político que poderá ser convertido em
votos.
O Partido dos Trabalhadores, por sua vez, sabe que não pode
repetir erros do passado. A aposta é em uma campanha que una discurso social,
responsabilidade fiscal e capacidade de articulação política. A defesa de uma
“ampla maioria de esquerda” no Congresso, como destacou Lula, é a senha para
que o governo consiga aprovar reformas estruturais e blindar conquistas sociais
contra retrocessos.
Se a oposição tenta explorar fragilidades, Lula responde com
pragmatismo e confiança. Ao afirmar que só entra em disputa para vencer, o
presidente sinaliza que 2026 não será apenas mais uma eleição, mas a
consolidação de um ciclo político que pode redefinir o futuro do país.
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