A nova sede não é apenas um endereço. É um gesto político. É
a afirmação de que a cultura negra não será mais periférica. Sob a batuta do
maestro Ubiratan Marques, a Afrosinfônica transforma o Palácio em território de
resistência e arte. “Aqui não se toca só música. Aqui se toca história, se toca
identidade”, disse o maestro, enquanto os músicos executavam uma versão
sinfônica de “Ilê Ayê”.
O projeto, apoiado pelo Governo da Bahia e articulado com
sensibilidade pelo Partido dos Trabalhadores, é parte de uma política cultural
que não se limita a eventos pontuais. É estrutura, é permanência. A sede será
espaço de ensaios, oficinas, apresentações e formação de jovens músicos da
periferia. “A cultura é ferramenta de transformação social. E nós estamos aqui
para garantir que ela chegue onde precisa”, afirmou Jerônimo.
A plateia, formada por artistas, militantes e moradores do
Centro Histórico, reagiu com lágrimas e aplausos. O Palácio, que já foi palco
de decisões políticas conservadoras, agora vibra com os tambores da mudança. E
quem ainda duvida que cultura é poder, precisa ouvir a Afrosinfônica ao vivo.
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