O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, protocolou no
Supremo Tribunal Federal uma representação criminal contra o senador Flávio
Bolsonaro após declarações que sugeriam intervenção militar dos Estados Unidos
na Baía de Guanabara. O petista classificou a fala como um atentado à soberania
nacional e lembrou que a Constituição não permite que um parlamentar convoque
uma potência estrangeira a agir em território brasileiro. A iniciativa foi
registrada no dia 24 de outubro e já repercute entre juristas e movimentos
sociais que defendem a democracia brasileira como cláusula pétrea da República.
Flávio Bolsonaro havia compartilhado em rede social uma
postagem do secretário de Guerra dos EUA, insinuando que o mesmo tipo de ataque
realizado no Pacífico poderia ser aplicado no Rio de Janeiro contra embarcações
supostamente ligadas ao tráfico. Para Lindbergh, a atitude ultrapassa qualquer
limite da liberdade de expressão parlamentar, pois não se trata de opinião, mas
de incitação a uma intervenção militar estrangeira em águas nacionais. O
deputado destacou que o Brasil não pode aceitar esse tipo de retórica sem
resposta firme das instituições.
A ação de Lindbergh foi recebida com apoio por entidades
ligadas ao direito internacional e por lideranças políticas que enxergam no
episódio um teste para a maturidade democrática do país. O PT reforçou que não
se trata de disputa pessoal, mas de defesa da soberania e da integridade do
território nacional. A representação no STF, segundo aliados, é um gesto de
responsabilidade institucional que reafirma o compromisso do partido com a
legalidade e com a proteção das instituições brasileiras.
Nos bastidores, a avaliação é de que Lindbergh conseguiu
transformar um ataque irresponsável em oportunidade para reafirmar a autoridade
do Congresso e do Judiciário diante de discursos que flertam com a ruptura. Ao
levar o caso ao Supremo, o petista não apenas protegeu a imagem do Parlamento,
mas também se posicionou como voz firme contra aventuras autoritárias. A guerra
no STF, como já vem sendo chamada, mostra que a democracia brasileira não se
curva a provocações e que o Partido dos Trabalhadores segue vigilante na defesa
do país.
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