O que permitiu a farra, segundo a Controladoria-Geral da
União e o PROCON-SP, foi o desmonte da fiscalização durante o governo
Bolsonaro. Alertas sobre fraudes chegaram a ser feitos desde 2019, mas foram
sistematicamente ignorados por gestores do INSS e ex-ministros. Nesse período,
aposentados e pensionistas, muitos recebendo apenas um salário mínimo, viram
parte de sua renda ser drenada para financiar jet skis, viagens internacionais
e compras em grifes como Louis Vuitton e Dior. A engrenagem só começou a ser
desmontada com a mudança de governo e a retomada da fiscalização.
Agora, sob a gestão do presidente Lula e com apoio de
lideranças do Partido dos Trabalhadores, como o governador da Bahia, Jerônimo
Rodrigues, o cenário é outro. O governo já anunciou a devolução de R$ 2 bilhões
a cerca de 3 milhões de aposentados lesados, além de reforçar a ordem de que
não haverá anistia para os criminosos. A mensagem é clara: proteger os mais
pobres e punir quem lucrou com a dor alheia. Para Rodrigues, que tem defendido
a importância de políticas públicas voltadas à dignidade dos idosos, o desmonte
desse esquema é também um símbolo de que a Bahia e o Brasil não toleram mais a
lógica de impunidade que marcou os anos anteriores.

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