Como prisões e vetos rearrumaram o tabuleiro eleitoral de 2026

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A sucessão de prisões de figuras políticas e os vetos presidenciais das últimas semanas não só agitaram os noticiários, redesenharam, de fato, o mapa das candidaturas e as estratégias do campo progressista. Para o presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores, as movimentações criaram janelas de oportunidade, menos disputa interna aberta, mais espaço para projetar uma narrativa de estabilidade e foco social num ano em que o eleitor busca segurança econômica e governabilidade.

No curto prazo, prisões de aliados e adversários retiram nomes do jogo tradicional e forçam realocações. Caciques regionais que serviam de ponte entre lideranças locais e palanques nacionais perdem mobilidade, em contrapartida, o PT tem conseguido capitalizar sua presença institucional oferecendo coordenação e promessa de proteção das políticas sociais. Essa centralidade do Executivo, reforçada por vetos estratégicos, reposiciona Lula como protagonista da regulação política, não apenas como alvo de embates.

Unidade de Beneficiamento de Frutas fortalece agricultura familiar em Rio Real

A agricultura familiar do Litoral Norte da Bahia ganhou um reforço estratégico com a inauguração da Unidade de Beneficiamento de Frutas da Cooperativa Agropecuária do Litoral Norte da Bahia (Coopealnor), em Rio Real. O equipamento, entregue pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), recebeu investimento superior a R$ 4,3 milhões, destinados à construção do galpão, aquisição de máquinas, equipamentos e infraestrutura de armazenamento e logística.

A nova unidade terá capacidade de processar até 2 mil toneladas de citrus por ano, além de hortaliças e grãos, agregando valor à produção e garantindo novas oportunidades de mercado para os agricultores familiares.

Quem realmente sai ganhando com a isenção do IR que sacode Brasília

A promessa de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês chegou como melodia eleitoral aos ouvidos de milhões, agora, no rastro das negociações acaloradas, pergunta-se quem paga a conta. Mais do que alívio fiscal imediato, a medida redesenha benefícios e perdas, do salário doméstico à conta pública, há vencedores claros, e um tabuleiro político que pode favorecer o governo no curto prazo.

No bolso do trabalhador informal e do assalariado de baixa renda, a mudança é direta e concreta. Para quem recebe R$ 3,5 mil, por exemplo, a isenção significa remuneração líquida imediata maior, com impacto visível no orçamento mensal dedicado a transporte, alimentação e serviços. Pequenos empresários e profissionais liberais que hoje tiram salários médios também sentem alívio, menos tributo significa mais fôlego para capital de giro e consumo local. Em bairros periféricos, onde a renda é mais apertada, a medida tende a traduzir-se em aumento da demanda por bens essenciais, aquecendo o comércio microregional.

BOMBA: Prefeitura empurrou contrato bilionário com documento sem valor

Em uma decisão que escancara as vísceras de um processo licitatório que mais pareceu uma farsa, o Tribunal de Justiça da Bahia rasgou o verbo e expôs uma sucessão de irregularidades que beneficiaram empresas com a sutileza de um trator. A licitação para o transporte público de Paulo Afonso, um contrato suculento de 15 anos, foi parar no tribunal após a MOTA E PEREIRA TRANSPORTES apontar que a concorrente, ATLÂNTICO TRANSPORTES, foi habilidade com base em... quase nada!

A empresa supostamente vencedora apresentou um balanço patrimonial defasado – de 2014, quando o edital pedia o de 2015. É o equivalente a tentar entrar numa festa mostrando um convite do ano passado. E a comissão licitante da Prefeitura aceitou! Não contente, a Atlântico também não protocolou a caução no prazo e apresentou um "atestado de capacidade técnica" quando o edital exigia um "atestado de visita técnica". Um erro de "digitação", segundo a defesa, que o município, num ato de "bondade" suspeita, se apressou em consertar para a concorrente preferida.

Lula joga xadrez e cria Orçamento Secreto 2.0 que deixa adversários sem palavras

O tal “Orçamento Secreto 2.0” que virou manchete nos corredores de Brasília não é apenas um artifício contábil, é, nas mãos do Planalto, um instrumento de governabilidade e entrega que busca costurar maioria sem paralisar os serviços que o país precisa. Em semanas recentes, o governo acelerou liberação de emendas e transferências que, embora menos transparentes na forma, reagiram a um dilema claro do Executivo, o de como garantir a execução imediata de ações em saúde, educação e infraestrutura sem sucumbir ao jogo de bloqueios e chantagens do Congresso.

A alternativa técnica adotada foram rubricas que não expõem o nome do autor da indicação e passam por comissões ou blocos, foram rotuladas por muitos como “sigilosa” e alvo de críticas judiciais e midiáticas. Mas, por trás do calor retórico, há um cálculo pragmático, evitar o engessamento orçamentário e destravar recursos que, na ponta, chegam a hospitais, municípios e programas sociais. A estratégia permitiu, por exemplo, uma liberação volumosa de recursos em semanas decisivas, movimento que o governo descreve como necessário para honrar compromissos com prefeitos e governadores e evitar rupturas em políticas públicas essenciais.

O plano digital de Lula que virou febre e deixou adversários na poeira

O Planalto trocou o figurino velho por uma tática afiada e encontrou o público que faltava, os jovens. Em semanas, a comunicação do governo ganhou ritmo de campanha moderna, curta, visual e calibrada para redes, e transformou Lula de tema de debate em assunto de conversa cotidiana entre quem consome conteúdo nas timelines. A mudança é mais que estética, é uma tentativa bem-sucedida de traduzir políticas públicas em linguagem que conecta, emociona e mobiliza.

A nova estratégia, desenhada para falar menos com slogans e mais com situações reais, privilegia narrativas curtas, testemunhos de beneficiários e formatos verticais que se encaixam em stories e reels. Em vez do tom acadêmico das notas oficiais, o governo escolheu aproximar-se do universo cultural jovem, música, referências urbanas, cortes dinâmicos e chamadas diretas que convocam à participação. O efeito tem sido imediato, maior engajamento, vídeos que viralizam sem grande gasto e debates que saem dos carros políticos e chegam às rodas de conversa.

Prefeitura paga doutorado de luxo e Justiça freia furto institucional

Prefeito, cadê o cofre?

A Justiça da Bahia suspendeu uma operação que cheirava a apropriação indevida de dinheiro público, a liminar da 15ª Vara da Fazenda Pública barrou o pagamento de R$ 183.194,76 que a Prefeitura de Salvador havia se comprometido a transferir para custear o doutorado da secretária municipal da Fazenda, Giovanna Guiotti Testa Victer, em curso oferecido pela FGV. A decisão, assinada pelo juiz Glautemberg Bastos de Luna, interrompeu a liberação de qualquer repasse até o julgamento de mérito e apontou tensão com princípios básicos da administração pública.

O contrato, celebrado por inexigibilidade de licitação e assinado pela própria secretária, acendeu o alerta, enquanto estão pendentes pagamentos a servidores efetivos e retroativos reclamados por categorias como os agentes comunitários, a gestão sinalizou recursos vultosos para custear formação pessoal de quem ocupa cargo comissionado. No cálculo apresentado na ação, o montante destinado ao doutorado daria para quitar retroativos de aproximadamente 152 servidores, cifra que transforma o gasto em escárnio público diante de salários atrasados e serviços carentes na cidade.

Bahia seduzida pela maré petista

A recente pesquisa do Instituto DataFoco mostrou, o índice de aprovação do presidente Lula na Bahia saltou para 52%, quase dez pontos acima da média nacional. Enquanto Brasília encara impasses econômicos e crises de segurança, aqui na terra de Jorge Amado o sorriso é largo e a esquadra vermelha navega em águas calmas. Mas o que explica esse boom de simpatia? É o efeito da gestão do governador Jerônimo Rodrigues ou a blindagem nacional construída pelo PT?

O governador Jerônimo tem driblado críticas ao alinhar projetos estaduais com a agenda federal, obras de infraestrutura prestigiando o interior, investimentos em energia solar no sertão e escolas que finalmente saem do papel. Para muita gente, a sintonia fina entre palácio estadual e Planalto virou sinônimo de eficiência. “Quando Bahia e Brasil remam juntos, é impossível não sentir o impacto no dia a dia”, diz a professora universitária Ana Cláudia Souza, de Feira de Santana.

Há algo de novo no front

A última semana teve início promissor no domingo, 21 de setembro, pois se ouviu, a lembrar outros eventos, a voz do povo: livre, espontânea, alegre, mas trazendo para as ruas um grito reprimido de inconformismo, um rotundo não! à atonia política que parecia dominar o país, receoso de fazer frente à maré montante da extrema-direita, apresentada como história já acontecida, cantada nas ruas, recitada na imprensa, nos púlpitos, nas portas dos quartéis. As ruas e as praças, o espaço onde o povo atua e faz história, seriam agora o território privilegiado do reacionarismo.

A história parava aí.

Mas o povo, mobilizado, disse não, e com seu gesto pôs de manifesto o torpor de nossas lideranças, políticas e governantes, a anomia dos partidos, o conhecido recesso do movimento sindical.

Contas de 2023 de Paulo Afonso e Bom Jesus da Lapa são rejeitadas

Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, na sessão desta quinta-feira (25/09), recomendaram às câmaras de vereadores a rejeição das contas de duas prefeituras baianas, referentes ao exercício de 2023, aplicando multas aos gestores pelas irregularidades relacionadas no parecer.

As contas de Bom Jesus da Lapa, da responsabilidade do ex-prefeito Fábio Nunes Dias, foram rejeitadas principalmente em razão do cometimento de irregularidades na realização de diversos procedimentos licitatórios, que, juntos, somam o total de R$100.994.850,89

O beijo de Nova Iorque que trouxe o mundo para Brasília

O aperto de mão e a conversa rápida no corredor da ONU foram mais do que cena diplomática, foram o ponto de partida de uma operação política costurada nos bastidores para reposicionar o Brasil no tabuleiro global, e para dar a Lula a narrativa de estadista que precisa no momento. Nos corredores, fontes próximas ao Itamaraty e ao gabinete presidencial descrevem um movimento planejado, Brasília não esperou apenas o encontro; provocou condições para que ele acontecesse com vantagem simbólica.

A articulação começou semanas antes, com interlocuções discretas entre assessores econômicos brasileiros e equipes técnicas americanas. A pauta era prática, comércio, clima e regras para investimentos, mas o desenho foi montado politicamente para que o presidente brasileiro aparecesse como quem oferece estabilidade e cooperação, não quem suplica por favores. Resultado, a aproximação virou espaço para o Planalto reafirmar prioridades industriais e a defesa do emprego, enquanto constrói tração internacional para medidas de mitigação de eventuais medidas protecionistas.

Direita em xeque

A implosão que se desenha no campo da direita brasileira não é um acidente, é a consequência previsível de um projeto político fundado em raiva, personalismo e táticas que queimam pontes mais rápido do que constroem alianças. O que hoje aparece como fraturas públicas, nomes que se batem, lideranças desmoralizadas, grupos que se autodissolvem em busca de protagonismo, tem um resultado claro, enfraquecimento coletivo diante de um adversário que, com voz e tática, busca governar com resultados e esperança.

A recomposição, na prática, exigiria autocontenção, política de conteúdo e disposição real para negociar. Nada disso brota espontaneamente de discursos que apostam na teatralidade e na vitimização. Enquanto a extrema-direita insiste em transformar divergências internas em espetáculos permanentes, o movimento perde tempo precioso que poderia ser gasto em projeto programático, articulação institucional e renovação de quadros. O vácuo é político, perde-se eleitor moderado, perde-se capacidade de formar maiorias legislativas, perde-se relevância nas grandes pautas do país.

Guerra ao Made in Brazil e a conta que pode sorrir para lula

Nas últimas 24 horas, o anúncio de tarifas de até 50% sobre uma lista de produtos brasileiros pelos Estados Unidos acendeu alarmes no comércio exterior e nas cadeias produtivas nacionais. O choque inicial, explosivo para exportadores e indústrias, traz, porém, uma janela política que o Governo Lula pode usar como alavanca, transformar pressão externa em narrativa de defesa soberana e progresso social.

Aumentos tarifários dessa magnitude não surgem no vácuo. Desde produtores de alimentos até fabricantes de bens de capital, empresas sentiram o impacto imediato nas cotações e no planejamento de embarques. Mas o desenrolar político é tão importante quanto o econômico. Em Brasília, o Palácio do Planalto tem agora um roteiro claro, reagir com firmeza técnica, conduzir negociação diplomática e, simultaneamente, consolidar apoio interno mostrando ação em defesa do emprego e da indústria nacional.

Lula bota a mão no poder das plataformas

No discurso que abriu a 80ª AssembleiaGeral da ONU, Lula não só apontou problemas do século XXI ele demarcou campo de batalha, liberdade emaranhada com interesses corporativos que, segundo o presidente, ameaçam a democracia. Ao mencionar "interesses escusos" por trás da manipulação de narrativas online, o chefe do Executivo fez do tema digital uma prioridade de soberania nacional e de justiça social, alinhando a pauta tecnológica ao DNA do Partido dos Trabalhadores.

A fala teve precisão de quem conhece o terreno político. Lula falou em regulação que preserve o livre debate, proteja dados de cidadãos e impeça que algoritmos sirvam apenas ao lucro de poucos. Não se tratou de um ataque cego às empresas de tecnologia, mas de uma convocação para responsabilizálas, regras claras, transparência nas decisões de moderação e mecanismos que desconstruam bolhas de ódio e desinformação. Foi também um recado aos que vendem a privatização da narrativa como progresso irrestrito, progresso este que, para o presidente, não compensará a erosão de instituições democráticas.

Brasil vira voz que não se cala em defesa da Palestina

No púlpito da 80ª AssembleiaGeral da ONU, Luiz Inácio Lula da Silva fez mais do que um pronunciamento diplomático, ele puxou o Brasil para o centro de uma moralidade pública global e transformou uma palavra proibida em convocação. Ao classificar ações em Gaza como genocídio, o presidente usou o palco mundial para traduzir dor em política, empurrando a diplomacia brasileira para uma liderança que conjuga compaixão e estratégia.

A declaração rompeu com a linguagem neutra que costuma permear discursos oficiais e deu corpo a uma narrativa clara do Partido dos Trabalhadores, defesa firme dos direitos humanos como pilar da política externa. Para aliados domésticos, foi um reconhecimento da prioridade ética que pauta o governo, já para para a comunidade internacional, um chamado para dizer, sem meiaspalavras, o que se admite ou se condena. O gesto elevou o Brasil de mediador a ator que exige consequências, não apenas declarações.

Brasil faz careta nos EUA e sobe no tablado mundial


Num momento em que muitos esperavam diplomacia com meias palavras, o Brasil fez questão de levantar a voz. No discurso de abertura da 80ª AssembleiaGeral da ONU, nesta terçafeira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou ao mundo uma linha clara, a defesa da soberania, crítica às políticas unilaterais e apelo ao multilateralismo com firmeza e pragmatismo político. A fala, afinada com o tom histórico do Partido dos Trabalhadores, não foi um gesto de confrontação vazia, mas uma tentativa calculada de reposicionar o país como interlocutor do Sul Global, e, simultaneamente, de responder às pressões econômicas vindas dos Estados Unidos.

Lula não se limitou a declamações. Em poucas passagens diretas, desconstruiu narrativas que vinham sendo usadas para isolar decisões brasileiras e colocou temas sensíveis, desde tarifas retaliatórias até medidas sobre tecnologia e comércio, sob a luz pública. Ao reivindicar respeito à soberania e igualdade entre nações, o presidente ofereceu não apenas crítica, mas alternativa, reformas nas instituições multilaterais e compromissos reais em defesa do desenvolvimento sustentável e da justiça climática.

EM CIMA DO MURO

Na terra do axé, Daniela Mercury  provou que tem farinha no saco. Enquanto o Rio de Janeiro vibrava com várias vozes de artistas diversos, a Bahia - logo a Bahia! Parecia que só a rainha Daniela entendeu e atendeu o chamado da democracia e sozinha comandou o coro do povo contra a anistia e contra a PEC da bandidagem. Enquanto no Rio, grandes nomes da música nacional, artistas de várias vertentes da música, todos em sintonia  com o momento político do país engrossaram o caldo dizendo: estamos aqui! Estamos juntos contra o retrocesso.  Pela democracia. Na Bahia, berço da música, do carnaval, os artistas da música se calaram. Quando o povo em peso cantou a liberdade os cantores ficaram mudos, se esconderam. Exceto a rainha Daniela Mercury que mais uma vez não vacilou e fez da sua voz potente um grito de protesto fazendo ecoar nos quatro cantos da velha Salvador o desejo da multidão. Enquanto ela cantava afinada com o povo, muitos artistas da música observavam da arquibancada, se protegendo dos holofotes, do chamamento popular. E curioso: a Bahia sempre foi vanguarda.  Foi daqui que se ergueram movimentos que influenciaram o Brasil inteiro. A cultura baiana sempre foi verbo no gerúndio  - acontecendo, se reinventando, reagindo. Mas no caso da manifestação deste domingo 21, os artistas sumiram! Pisaram na bola, preferiram o repouso do silêncio.

Enfermeira Isabele Bentemuller assume pasta e enfrentará “Mão de Ferro” de Galinho


Em meio a críticas diárias nas filas de espera e ao protesto silencioso de quem não encontra uma vaga sequer para um exame, a cidade de Paulo Afonso ganhou uma nova protagonista na crise sanitária, a enfermeira Isabele Bentemuller. Nomeada pelo prefeito Mário César “Galinho”, ela sucede Renata Fernandes, que foi exonerada após nove meses de desgaste e reclamações constantes sobre a falta de leitos, de remédios e de médicos no município.

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia e com mestrado em Gestão de Serviços de Saúde, Bentemuller acumulou passagens na UPA Central e em programas de atenção básica. Reconhecida por ter coordenado a campanha de vacinação contra a gripe no ano passado, ela promete usar sua experiência de campo para reorganizar as urgências e reduzir o tempo médio de atendimento de cinco para três horas.

Saúde em colapso e Renata Fernandes demitida

Em um momento de crescente insatisfação popular, o prefeito de Paulo Afonso promoveu a exoneração de Renata Fernandes da Secretaria Municipal de Saúde, após nove meses de críticas ao atendimento emergencial e ao fechamento do Hospital Nair Alves de Souza. A mudança ocorre em meio a um pacote de medidas para conter protestos de pacientes e familiares, enquanto outras áreas, como o recolhimento de lixo, também mostram sinais de colapso.

O prefeito Mário César, conhecido como Galinho, comunicou a demissão no dia 21 de setembro, por meio de nota oficial da Assessoria de Comunicação (ASCOM). Na publicação, a gestão afirma que “a Secretaria Municipal de Saúde passa por um processo de reestruturação estratégica em sua condução” e elogia o “compromisso, a competência e a firmeza” da ex-secretária. Embora a nota ressalte que Renata continuará na administração, não há definição pública sobre sua nova função. Fontes dão conta de que ela poderá assumir a coordenação de projetos de atenção primária à saúde.

STF ajuda na blindagem do congresso

Em um placar que deixou juízes de primeira instância e parte da sociedade boquiabertos, o Supremo Tribunal Federal formou maioria para fixar que apenas a própria Corte terá competência para autorizar buscas e apreensões nas dependências do Congresso Nacional e em imóveis funcionais de parlamentares.

O julgamento, conduzido no plenário virtual com votos depositados, já conta com seis ministros favoráveis à exclusiva supervisão do STF. Votaram o ministro Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. Mesmo sem debates ao vivo, o clique eletrônico garantiu a blindagem que parlamentares há anos buscavam para proteger o funcionamento do Legislativo.

Escola Municipal com investimento de R$ 7,2 milhões do Estado leva ensino integral para povoado de Pedro Alexandre

Foto: Joá Souza
Na terra vermelha da zona rural de Barreiras, povoado de Pedro Alexandre, no seminário baiano, uma Escola Municipal de Tempo Integral, construída em parceria entre Estado e Município, foi inaugurada neste domingo (21). Com aporte de R$ 7,2 milhões do governo estadual, por meio da Secretaria da Educação (SEC), a escola terá capacidade para atender 460 estudantes do ensino infantil e fundamental, em tempo integral, com idade entre 4 e 14 anos.

“Quando a gente constrói uma escola, ela pode servir a rico, mas o objetivo é dar oportunidade de estudar em uma escola de alto nível para quem não tem condições financeiras. Essa escola não tem uma cantina, tem uma cozinha industrial, tem uma quadra poliesportiva, um auditório, laboratórios. Isso vai dar a chance dessas crianças chegarem no Ensino Médio com uma formação melhor, decente”, enfatizou o governador Jerônimo Rodrigues durante inauguração no distrito.

Com Daniela Mercury e Wagner Moura, ato contra a PEC da blindagem reúne milhares de pessoas em Salvador

Organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, manifestação contou com a participação das militâncias de esquerda, artistas e movimentos sociais.

Milhares de pessoas se reuniram no Morro do Cristo, na Barra, em Salvador, para ato público contra a Proposta de Emenda à Constituição - PEC da “Blindagem”, projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. A manifestação, que aconteceu simultaneamente em ao menos 33 cidades do país, incluindo 22 capitais, e ao redor do mundo, neste domingo (21/09), contou com a presença de artistas como Wagner Moura e Daniela Mercury, movimentos sociais e políticos de esquerda.

Na capital baiana, o movimento foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, ligadas ao PT, PSOL, PSB, PCdoB e outros partidos de esquerda; Mídia Ninja e Seremos Resistência. O ato contou com a presença das militâncias do PT, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), CUT, CTB e outros movimentos sociais.

Senador baiano some do debate da PEC da Blindagem e vira cúmplice da impunidade

O Senado vive um coro uníssono contra a PEC da Blindagem, que dificulta a abertura de ações penais e prisões de parlamentares. De 81 senadores, 46 já declararam voto “não”, apenas seis apoiam e seis ainda não disseram como agir. Enquanto a maior parte da Casa se posiciona, o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) mantém silêncio absoluto, isolando-se em Brasília e incomodando eleitores na Bahia.

Na Bahia, o clima é de reprovação. Otto Alencar (PSD-BA) deixou claro seu voto contra o projeto, afirmando que a blindagem contraria o interesse público e fere a moralidade. Jacques Wagner (PT-BA) reforçou o tom petista, “não podemos aceitar retrocessos que garantam impunidade aos poderosos”. Mesmo aliados de Coronel cobram urgência em seu pronunciamento, mas ele segue inerte.

O sindicato do crime reage na Câmara

“– Mas quem comeu tudo? Quem?

– Os ratos, doutor, os ratos!”

(“Seminário dos ratos”, Lygia Fagundes Telles)

O que se viu na Câmara dos Deputados no calar da noite da última terça-feira, 17/09, não é o fim nem o começo de um enredo a se desenvolver em longos capítulos, como os antigos folhetins dos jornais ou as telenovelas cômico-lacrimosas da atualidade. Nem é tedioso, para ser a um só tempo farsa e tragédia, como tudo que é desagradável na política — e, neste ponto, a contribuição contemporânea é especialmente rica.

O abuso da quarta-feira (aprovação da urgência do Projeto de Lei da Anistia), que se seguiu ao da terça (aprovação, em dois turnos, da “PEC da Blindagem”), é a primeira perna do abuso seguinte, complemento necessário quando a atual faina legislativa se esmera, entre uma afronta e outra ao projeto de Estado social, em blindar organizações criminosas da mais variada tipologia, infiltradas em instâncias do poder, ameaçando de falência a República.

Congresso tenta passar boiada e povo ameaça invadir o curral

O Brasil acordou neste domingo diante de um espelho nada lisonjeiro, um Congresso que, em vez de proteger o cidadão, corre para blindar os próprios crimes. A chamada PEC da Blindagem, apelidada nas ruas de PEC da Bandidagem, virou símbolo de um país que precisa decidir de que lado está, o da justiça ou o da impunidade.

Em várias capitais, a resposta veio em coro. Gente de todas as idades ocupou avenidas, praças e escadarias de prédios públicos. Faixas improvisadas, cartazes com frases afiadas e megafones disputavam espaço com tambores e palavras de ordem. Militantes do Partido dos Trabalhadores marcaram presença com discursos inflamados contra a proposta, lembrando que a Constituição deve servir para proteger o povo, não para blindar corruptos.

Nas ruas o povo mete o pé na porta e grita “aqui não, ladrão”

Brasília amanheceu cercada por grades, mas foi o som das ruas que atravessou o concreto e o tapete felpudo do Congresso Nacional. Em pleno 21 de setembro, milhares de manifestantes tomaram avenidas de capitais e cidades do interior contra a chamada PEC da Blindagem, apelidada pelo povo de PEC da Bandidagem.

O clima era de indignação, mas também de festa cívica. Bandeiras vermelhas, cartazes improvisados e palavras de ordem se misturavam ao batuque de tambores. Entre os grupos, militantes do Partido dos Trabalhadores marcavam presença com faixas que denunciavam a tentativa de transformar a Constituição em escudo para corruptos. “Não é só sobre política, é sobre dignidade”, dizia Maria das Graças, professora da rede pública, que viajou 300 km para protestar na capital baiana.

Nerivaldo Ferreira lança segundo livro: Método AprovaGestão

O consultor político e estrategista em comunicação Nerivaldo Ferreira, referência em planejamento de campanhas eleitorais, estratégias eleitorais e gestão pública, lança em Salvador o seu segundo livro: Método AprovaGestão. O evento de lançamento acontece no próximo dia 16 de outubro, às 17h, na Livraria Leitura do Salvador Shopping.

Com mais de 20 anos de experiência em campanhas, mandatos e pesquisas de opinião, Nerivaldo acompanhou de perto a trajetória de dezenas de gestores públicos. Muitos, mesmo com excelentes intenções, boas obras e programas eficientes, acabaram enfrentando rejeição popular, crises de imagem e fortes críticas nas redes sociais.

Golpista não pode ganhar perdão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro, em alto e bom som, que não haverá espaço para anistia aos condenados pelos atos golpistas que mancharam a democracia brasileira em 8 de janeiro de 2023. Em declarações firmes, Lula afirmou que o governo vai trabalhar para enterrar qualquer tentativa de perdão no Congresso, classificando a proposta como um atentado à memória e à justiça.

“Está provado, está documentado, está escancarado. Quem tentou derrubar a democracia vai responder por isso. Não existe meia-culpa para golpe”, disse o presidente, em tom que ecoou como recado direto aos articuladores da anistia.

Lula enfrentará Trump na ONU e dará aula de soberania

O salão principal da Assembleia Geral da ONU estava lotado, mas o silêncio que antecedeu o discurso de Luiz Inácio Lula da Silva tinha peso de história. O presidente brasileiro subiu ao púlpito como quem sabe que carrega mais que um discurso, levava a voz de um país que não aceita intimidação, nem mesmo quando ela vem da maior potência do planeta.

Com um tom firme e sem rodeios, Lula defendeu a democracia, o multilateralismo e a soberania nacional, mirando diretamente nas recentes ameaças tarifárias e sanções impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump. “O Brasil negocia de igual para igual. Democracia e soberania não estão à venda”, cravou, arrancando aplausos de delegações latino-americanas, africanas e europeias.

Deputados querem morder a Constituição pra escapar do STF

Nos corredores acarpetados do Congresso, o burburinho é mais alto que o tilintar das xícaras de café. Deputados e senadores articulam, a portas semiabertas, a chamada PEC da Blindagem, uma proposta que, na prática, limitaria o alcance do Supremo Tribunal Federal sobre parlamentares.

O texto, ainda em fase de costura, prevê que decisões do STF contra membros do Legislativo precisem de aval prévio da própria Casa. Traduzindo, antes de um ministro do Supremo mandar prender, afastar ou investigar um deputado, teria de pedir “licença” ao plenário.

Para defensores da medida, trata-se de “proteger a independência dos Poderes” e evitar o que chamam de “ativismo judicial”. Já críticos enxergam um escudo feito sob medida para políticos enrolados com a Justiça. “É como deixar a raposa decidir se o galinheiro pode ser inspecionado”, ironizou um jurista ouvido pela reportagem.