Mais do que um projeto de lei, críticos apontam que se trata
de um golpe parlamentar, a continuidade de um movimento golpista que não
terminou com a invasão de 8 de janeiro. É a tentativa de reescrever a história,
transformando criminosos em “manifestantes” e apagando a gravidade de um ataque
frontal ao Estado Democrático de Direito.
A proposta, se aprovada, enviará ao país um recado perigoso,
o de que atentar contra a democracia pode não ter consequências. Para o Brasil,
que ainda cicatriza as feridas daquele dia, a anistia não é um gesto de paz,
mas um convite à reincidência.
Enquanto isso, organizações da sociedade civil e
parlamentares comprometidos com a Constituição prometem resistir. “Não se
constrói democracia com esquecimento, mas com justiça”, disse um deputado da
base governista, ecoando o sentimento de quem vê na anistia um retrocesso
histórico.
O futuro dessa proposta dirá muito sobre o tipo de país que
o Brasil quer ser, um que protege sua democracia ou um que a entrega, de
bandeja, aos que tentaram destruí-la.
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