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Lula, 1 ano de reconstrução: Eliane Aquino destaca a volta do Bolsa Família

Secretária nacional de Renda e Cidadania do MDS explica a diferença gritante entre o programa recriado por Lula e o Auxílio Brasil de Bolsonaro. E garante: “Vamos tirar o Brasil do Mapa da Fome novamente”

O Bolsa Família chega ao fim de 2023 beneficiando cerca de 55 milhões de brasileiros e brasileiras

Um dos maiores marcos deste primeiro ano de governo Lula foi certamente a retomada do Bolsa Família, programa irresponsavelmente extinto porJair Bolsonaro, cujo desgoverno acabou por colocar 33 milhões de brasileiros emsituação de fome.

Com Lula, o combate à miséria voltou a ser feito com seriedade. Diferentemente do eleitoreiro Auxílio Brasil, que pagava R$ 600 a todas as famílias, independentemente do tamanho e da configuração, o Bolsa Família foi retomado levando em conta as diferentes necessidades.

PT informa em seu Site os benéficos que a cidade de Paulo Afonso recebeu durante os governos Lula e Dilma


Para quem quer conhecer o trabalho realizado pelo Partido dos Trabalhadores nos municípios de todo o Brasil, agora há como saber tudo no Site da legenda disponibilizado na internet. Lá se pode pesquisar por estado e encontrar o nome da sua cidade e as realizações que foram feitas.

Para Paulo Afonso, há a informação de que no ano de 2016foram beneficiadas com o Prouni, 879 estudantes. O Programa Universidade para Todos do Ministério da Educação é um programa que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior. Muitas foram as pessoas de baixa renda que só tiveram acesso após a criação deste programa.

O discurso que faltou na Câmara


Meus senhores e senhoras deputados. Nós estamos aqui para julgar o afastamento da Presidenta da Republica Dilma Rousseff. Sim, é disso que se trata este momento. Eu já ouvi alguns dos meus pares se pronunciarem anteriormente e afirmarem que devemos ouvir as vozes das ruas. É verdade, devemos mesmo ouvi-las neste momento. Mas que vozes são essas que alguns falaram aqui?

Mônica Iozzi e Caetano choram após ver documentário



A comediante e atriz Mônina Iose e o cantor e compositor Caetano veloso apareceram esta madrugada, 21, nas redes sociais em um vídeo falando da emoção que sentiram ao assistirem juntos o documentário da Petra Costa, Democracia em Vertigem.

Democracia em Vertigem de Petra Costa



Democracia em vertigem com direção de Petra Costa, musicado por Lucas Santtana, roteirizado por Petra Costa, Moara Passoni, Carol Pires e David Barker e com produção de Joanna Natasegara, Shane Boris e Tiago Pavan é um documentário envolvente. Diferente de outros que narram a mesma época da história do Brasil, ele mostra a história de uma mulher que viveu os momentos da catarse nacional e que levou boa parte da população às ruas de São Paulo contra o aumento de R$ 0,20 nas passagens de ônibus urbanos contagiando o país. Este filme denuncia durante as duas horas e um minuto de narrativa, que aquilo só foi possível com o apoio incondicional da grande mídia.

Tá tudo fora da ordem



Ao atacarem a Presidenta Dilma Rousseff, que tinha se colocado contra qualquer forma de desvio de conduta em seu governo, políticos e empresas atingidas montaram uma operação para retira-la do cargo. Eles não admitiram que seus esquemas fossem paralisados. Iria faltar para as campanhas e montagem de estrutura pessoal. Já as corporações jogavam com todos os lados. O importante para seus administradores era que, fosse quem fosse o vencedor da briga, eles queriam estar dentro.

E é aí que o entendimento fica mais difícil. O que levou esse pessoal a sabotar o esquema que eles disseram existir e eram beneficiados?

Como diz Mino Carta, “até o mundo mineral” sabe que a JBS dos irmãos Batistas, é o que é hoje, a maior vendedora de carne no mundo, porque teve acesso a linhas de crédito do BNDS – Banco Nacional de Desenvolvido Social. E deixemos claro, de forma legal. Beneficiados por um governo que deu oportunidade aos empresários brasileiros de expandirem seus negócios e competirem pelo comercio mundial. Está provado que foram um dos maiores financiadores de compra de deputados no congresso nacional para afastar Dilma Rousseff. Esse povo é louco?

A Odebrecht é uma empresa presente no Brasil e em mais 26 países, como anunciada em sua página na internet. Ela foi também, uma das mais beneficiadas pelo caixeiro viajante, Luís Inácio Lula da Silva. O ex-presidente não mediu esforços para “vender” as empresas no exterior e atrair com isto serviços para elas, beneficiando cada uma delas e o Brasil, já que suas sedes ficam aqui no país. Alguém em sã consciência acreditaria antes que seus diretores participaram da sabotagem de quem abriu as portas para o seu crescimento econômico no mundo? Pois essa turma fez isto.

E os partidos políticos, da direita, passando pelo centro e indo até a esquerda. Muitos fizeram parte dos governos Petistas ocupando ministérios, diretorias em estatais e cargos a granel por todo o país. Algumas dessas agremiações estiveram beneficiadas até as vésperas da votação que afastou a presidenta Dilma. Se fosse definir a atuação destes políticos com o título de um filme, seria, “dormindo com o inimigo”. É tão absurda a história de traição que há relatos que horas antes do impedimento, algumas dessas pessoas teriam feito juras de amor a própria presidenta, e no Congresso nacional votado pelo golpe. Alguns destes não conseguiram a reeleição aos cargos de deputados federais e senadores. Como já se sabe, a politica adora a traição, mas não perdoa o traidor. Seus eleitores não aceitaram a infidelidade.

Banqueiros foram acusados de terem seus lucros aumentados enormemente, beneficiados por uma política econômica que tinha um ambiente externo favorável, proporcionando grandes lucros. Como entender que este setor tenha, segundo a imprensa, “participado” da articulação do golpe, colocando inclusive dinheiro na “compra de votos” pelo afastamento de Dilma Rousseff.

O silêncio

Mas nada é mais impressionante que o silêncio das pessoas que foram e ainda são beneficiadas pelos programas sociais implantados pelos governos dos presidentes Lula e Dilma. Pessoas que foram e são favorecidas por programas como o FIES, PróUni, Territórios da Cidadania para as zonas rurais, Bolsa-Família, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Luz para Todos, Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e Adultos, Pronatec, Rede Cegonha, Mais Médicos, Brasil Sorridente, Brasil Conectado (internet), Cidades Digitais, Samu, ProJovem Urbano, Minha Casa, Minha Vida, Ciência Sem Fronteiras, Programa de Aceleração do Crescimento 1 e 2, Crescer, Projeto Jovem Aprendiz, Cisternas, Farmácia Popular, Água Para Todos, Brasil Sem Miséria, Aqui tem Agricultura Familiar, Casa da Mulher Brasileira... Foram tantos, que devo ter esquecido alguns. Onde se escondeu este povo que não saiu as ruas para defender um governo popular? E pior, muitos beneficiados participaram de manifestações nas ruas e nas redes em apoio ao golpe. Ainda se está à espera, por parte de algum estudioso, de preferência da área da saúde, para definir um nome para um comportamento social tão fora da ordem.

A "Síndrome de Estocolmo é o nome dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade perante o seu agressor". Já no caso de pessoas que foram beneficiadas como nunca antes na história do Brasil, tramaram, participaram da trama e destruíram quem os beneficiou através de políticas públicas, poderiam ser definidos em uma só palavra como?

Há 54 anos… A mais longeva ditadura de nossa história

O clima de hoje lembra o vivido nas vésperas do golpe de 1964, que dividiu o país e abriu espaço para a violência. Antes da ruptura, a conflagração
Completaram-se, no último 1º de abril, 54 anos da implantação da mais longeva ditadura de nossa história, com todo o seu acervo de tragédias sociais e individuais, e profundo atraso político. Suas consequências ainda se fazem sentir, pois estão na raiz dos dramas de nossos dias, cujo desfecho  não podemos divisar: em alguns momentos a ‘luz no fim do túnel’ nos enche de esperanças; noutros sugere um trem na contramão.
Lamentavelmente, os regimes autoritários e as ditaduras não são fenômenos estranhos à República, marcada por insurreições militares e golpes de Estado, manifestações exacerbadas de um  autoritarismo larvar cujas fontes remontam à Colônia e ao escravismo de séculos, construtor da ideologia da casa-grande, profundamente presente em nossa vida política e em nossa vida social, e mesmo nas relações interpessoais.
A própria República é obra de um golpe de Estado construído na caserna, e sua consolidação fez-se dependente de outro golpe, sustentado pela espada  de Floriano Peixoto. Assim se firmou a República oligárquico-agrária, sem povo e sem eleitores, que sobreviveria até a ‘revolução de 1930’. Antes, porém, viveria o país a insurreição de 1922 (Levante do Forte de Copacabana), e os dois 5 de julho que desembocariam na Coluna Prestes (1924).
E, na sequência de 1930, o levante paulista de 1932, o levante comunista de 1935, a implantação da ditadura do ‘Estado Novo’, o putsch integralista de 1938 e, fechando o ciclo, o golpe que detonou a ditadura e levou Vargas para seu exílio na estância Santos Reis em 1945.
É a história do ‘tenentismo’ que se estende até o regime de 1964, quando seus líderes já eram generais, almirantes e brigadeiros.  No seu currículo constam ainda a deposição e suicídio de Vargas em 1954, o golpe e contragolpe de 1955, a crise de 1961 e a implantação casuística do Parlamentarismo, de vida breve. A história da República tem sido a história da preeminência dos militares sobre a política e a vida institucional.
O clima de hoje muito lembra aqueles vividos nas vésperas do golpe de 1964, dividindo o país e abrindo espaço para a violência. É sempre assim. Antes da ruptura propriamente dita, a conflagração. Os  conflitos exacerbados em 1963 foram a preparação ideológica da ditadura militar.
Os anos difíceis que se instalam com as jornadas de 2013, de que se apropriou a direita com seu aparato midiático, abrem as rotas que levariam ao golpe de 2016 e à instauração do regime de exceção jurídica que não sabemos se será declarado perempto com as eleições de 2018. O precedente histórico não é animador.
Esse viés autoritário, cultivado pela casa-grande desde a Colônia, é servido à população pelos aparelhos ideológicos do Estado a serviço dos interesses de nossas elites perversas. Nesta  faina destaca-se o papel dos meios de comunicação de massa, a quem se pode tributar, hoje, a maior responsabilidade pelo clima de violência que pervade a política.
Em 1964 os militares e seus associados – na política e no ‘mercado’– encerraram o ciclo da Constituição democrática de 1946, enquanto a consolidação do impeachment de 2016 declarou perempto o ciclo iniciado com a ‘Constituição cidadã’ de Ulisses Guimarães, que culminara com a ascensão e queda do lulismo.
Talvez sejam os dias correntes a boa oportunidade para tentarmos antecipar o que podem ser os tempos vindouros. As lições colhidas dos fatos que não se repetem podem orientar estratégias e corrigir táticas, principalmente quando o distanciamento histórico favorece a análise fria.
Naqueles anos hoje distantes, os anos do pré-golpe e do golpe de 1º de abril,  poucos viram para além da superfície, e assim muitos ignoraram a conspiração que se desenvolvia nos subterrâneos da caserna em  interlocução com a ordem econômica, o Congresso e os meios de comunicação,  para logo estampar-se à luz do dia.
De outra parte, uma vez mais, a continuidade e segurança do governo popular se havia deslocado das ruas para os acordos políticos de cúpula. O povo continuava percebido como  elemento tático numa estratégia que se resolveria fora das ruas.
Não obstante os elementos fornecidos pela realidade palpável, não eram poucos, então, os que transferiam da mobilização popular  para o ‘dispositivo militar do general Assis Brasil’,  chefe da Casa Militar de Jango, a defesa do governo, das ‘reformas de base’ e da ascensão das massas.
Nesta linha pontificava o antigo capitão Luiz Carlos Prestes, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro.
No dia 17 de março de 1964, para uma plateia que lotava o auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o antigo Cavaleiro da Esperança, após dissertar sobre ‘a formação popular do Exército brasileiro’, anunciou, com o respaldo de sua biografia, a impossibilidade de um golpe militar no Brasil. E quando este se efetivou, muitos o viram como ‘apenas mais uma quartelada’, como as outras  que haviam pontuado a República de 46. Passaria logo.
A história que se segue é conhecida.
Do golpe de 1964 muito se pode afirmar, menos a surpresa, defendido que foi abertamente  pela grande imprensa, preparando sua recepção e animando as manifestações dos adversários do governo e de suas teses.
O pretenso combate à corrupção de 2013-2016 era, em 1963-1964, a denúncia de suposta  corrupção e  de infiltração comunista no governo João Goulart, dando conta das conspirações de toda ordem, militares e civis igualmente conjurados, e, hoje documentalmente comprovada, a arquitetura do Departamento de Estado dos EUA, para quem Goulart, se não era comunista, estava a serviço do comunismo, o que dava no mesmo, segundo Washington. Vivíamos o auge da Guerra Fria e poucos meses nos separavam da crise dos mísseis estocados em Cuba pela União Soviética, incidente que por muito pouco não nos levou ao suicídio nuclear.
A conspiração, aliás, já se iniciara e era visível  desde a posse de Goulart,  como em suas memórias registra sem peias o Marechal Denis, líder da trinca militar que em agosto de 1961 tentara impedir a posse do vice-presidente constitucional, chamado ao posto pela renúncia do presidente Jânio Quadros.
Hoje também já se sabe que a articulação que culminou com a deposição de Dilma Rousseff já era maquinada nos idos de 2013, a onda preparadora do levante de 2015, com sua inédita carga de violência, deixando  para trás os piores momentos de 1963.
Nas duas oportunidades os golpes foram precedidos de grandes mobilizações populares e, ainda em ambos, o leitmotiv unificador da conspiração era, fundamentalmente,  a resistência da casa-grande à ascensão político-econômica das grandes massas, naquela altura representada pelo varguismo, em nossos dias pelo lulismo.
Os  golpes de 1964 e de 2016 guardam parentesco que precisa ser posto de manifesto. Ambos foram precedidos de mobilizações populares  carregadas de atos de violência que expunham a genealogia fascista. Em 1964 importava  aos seus verdadeiros formuladores algo muito além da mera deposição de Jango e esse seu caráter profundo só ficou claro aos analistas em 1965, com o Ato Institucional n. 2, baixado pelo presidente que havia jurado a Constituição e prometido defender a democracia.
O significado de 2013 não foi compreendido em seu primeiro momento, e os sismógrafos dos especialistas  não perceberam o real significado do impeachment, aquele que se revelaria pelo governo que a ele se segue..
O difícil não está na identificação dos fatos expostos e vividos, mas na arte ou ciência da prospecção social, aquela que revela a realidade ainda em gestação, ou seja, a serpente ainda no ovo.
Em 1964 muitos não lograram antever o significado e os objetivos da ditadura, nem seu largo e profundo mando de 21 anos. Carlos Lacerda, sua principal voz civil, e Juscelino Kubitschek, que votaria no marechal Castello Branco, primeiro ditador, apostaram, olhando para trás,  na transitoriedade do novo regime, e logo engrossariam  a lista de suas vítimas.
Se não nos foi possível antever a gestação da irrupção popular de 2013, também faltou clareza à esquerda quanto a deposição da presidente Dilma Rousseff, apenas o passo necessário para  defenestrar o lulismo, a grande operação de nossos dias.
O ovo da serpente, este é o título da obra-prima de Ingmar Bergman. Quem já assistiu, assista de novo. Quem ainda não o viu, corra para ver. Está no YouTube.
Roberto Amaral

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Roberto Amaral é escritor e ex-ministro de Ciência e Tecnologia

Chame o ladrão


O magistral cantor e compositor Chico Buarque em uma de suas belas poesias canta para sua mulher, e em um momento não muito distante alertava para a chegada da polícia em sua casa. Isto, claro, nos idos da ditadura militar. Disse ele em sua última estrofe da música Acorda Amor, “não demora. Dia desses chega a sua hora. Não discuta à toa, não reclame. Clame, chame lá, chame, chame. Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão”.

Pois não é que hoje em dia a situação tá tão complicada de entendimento, que tem horas que ao ouvir alguns dos atuais algozes da Presidenta Dilma, temos a impressão de que os bandidos viraram mocinhos e os mocinhos estão sendo caçados como se fossem os bandidos. É a mais completa inversão de valores jamais visto na história do Brasil em todos os tempos.

Em nome de quem?


Se é verdade o que circula pelas redes sociais na internet, nós estamos diante do maior crime político, depois do golpe militar perpetrado em 1964. E que fez um grande mal ao país, com a morte de várias lideranças nos porões da ditadura. Dizem que o Juiz Sérgio Moro estaria vazando seletivamente as denúncias que envolvem nomes de pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores. Vou dizendo que não acredito em tamanha acusação. Mesmo que afirmem que ele estaria acompanhado de delegados da polícia federal que postaram, durante a última campanha eleitoral, críticas a Presidenta eleita Dilma Roussef. O que foge totalmente as funções a qual prestaram concurso público.

Se verdade for, devemos pergunta, em nome de quem, essa turma estaria trabalhando? A quem eles estariam servindo, e quais os seus objetivos? Já que, há informações de que vários políticos da oposição também foram acusados de estarem envolvidos na tal da Lava jato.

É hora de agir!


Dias atrás uma imagem me veio à cabeça, a do lutador Sergipano Maguila. Ela ficou bastante conhecido nos anos 80. Era a sensação nos ringues do Brasil. Todos os que se aventuravam a enfrenta-lo tinham o mesmo resultado, a DERROTA. Também me veio a voz marcante de Luciano do Vale, locutor que abraçou o “esporte” e o fez conhecido da grande maioria dos Brasileiros.

No ringue Maguila era invencível para todos os que o acompanhavam, nas arenas de lutas, ou pela Televisão. Até que um dia, alguém teve a ideia de marcar uma luta com Evander Holyfield. O empresário deve ter pensado no dinheiro, a televisão também. Os organizadores da luta, viram naquele combate a oportunidade de arrecadar mais para seus bolsos. E me parece que só o Maguila queria mesmo era se divertir.

Já nos primeiros minutos daquela luta, todos nós percebemos que Maguila estava bem. Batia, e revidava em contra golpes as ações do seu opositor. No segundo round, o nosso campeão levou um soco e caiu impotente, estrebuchando. Aquela cena foi de doer o coração para quem estava assistindo e não podia fazer nada. O sentimento foi de humilhação diante de todos ao ver o nosso herói estirado, sem conseguir se levantar e partir novamente para a luta.

Emiliano e as bestas do Apocalipse.

Meu amigo Venicio Lima, notável professor, intelectual raro, aconselhou-me a de vez em quando visitar a Bíblia pela sabedoria que encerra. Custo a seguir o conselho. Pensei, no entanto, agora, assim num assomo, no Apocalipse. É, o Apocalipse é um espectro que ronda a humanidade, para parafrasear Marx. Volta e meia o retiram da algibeira para assustar crentes. No ano que passou, vocês não observaram a Besta solta nos jornais, noticiários de TV e de rádio? A Europa em crise era um paraíso perto da crise vivida pelo Brasil. Quase aceito o conselho de Venicio tal a sorte de desgraças que batiam à porta. Talvez a Bíblia nos salvasse das sete pragas do Egito que rondavam nossas casas. Fui ver bem: as Bestas torciam, em seus sonhos o Apocalipse seria o cataclismo que podia derrotar a maligna distribuição de renda, que podia acabar com essa invasão dos aviões, shoppings, restaurantes, até lojas do exterior por essa gentinha pobre e sem classe. Era preciso chamar a inflação de volta, fazer crescer os juros, diminuir o consumo dos pobres, botar ordem na casa. E pra isso nada melhor do que difundir, provocar, chamar a Besta. Inflação, deficit fiscal, contas desordenadas, mundo desabando. E o ano se foi, as bestas enfiaram a viola no saco, e o Apocalipse não veio. E o diabo da Dilma lá em cima, pesquisas dando vitória no primeiro turno. As bestas afinam as cordas vocais, preparam as penas para danarem novamente a falar e escrever anunciando novos Apocalipses. Até porque as bestas consultaram a Bíblia e descobriram que neste ano 14 será 13! Vade retro! Das Muralhas de Jericó leitões, mervais, cantanhedes e jabores vão chamar a Besta novamente em socorro deles. Duro é enfrentar novamente a populacha, que sabe o paraíso longe, que sabe, no entanto, o quanto a vida melhorou e o quanto pode ainda melhorar. É Dilma de novo com o voto do povo! 14 será 13!
Emiliano José é Jornalista.