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É proibido proibir Caetano cantar

Mais uma vez, a visibilidade proporcionada pelas redes sociais virou motivo de discórdia. Desta vez, a controvérsia da semana gira em torno do cantor e compositor Caetano Veloso e sua irmã, Maria Bethânia, por incluírem a música "Deus cuida de mim", do Pastor Kleber Lucas, no repertório dos shows de despedida de suas carreiras, que estão percorrendo o país.

Tenho lido, não em diversos meios de comunicação, mas opiniões de alguns jornalistas afirmando que “o público não gosta” do momento em que a música é executada durante os shows. Essa "polêmica" só surgiu quando os espetáculos aconteceram na cidade de São Paulo. Mas, uma cidade que reelegeu o prefeito Ricardo Nunes e um governador que sequer conhecia as ruas da capital, Tarcísio de Freitas, não é a mais indicada para criticar Caetano por falar sobre Deus em seu show.

Caetano Veloso prestigia Bahia na Fonte Nova após meio século

Um dos maiores ícones da música brasileira, o cantor e compositor Caetano Veloso, voltou à Arena Fonte Nova depois de 50 anos, para acompanhar o jogo entre Bahia e Sport de Recife, pela Copa do Nordeste, neste domingo (4). O artista, que é torcedor do Esquadrão, foi convidado pelo presidente do clube, Emerson Ferretti, e pela administração do estádio, para assistir à partida no camarote exclusivo.

Caetano estava acompanhado de sua esposa, Paula Lavigne, de seu filho, Tom Veloso, de sua nora e de seu neto, Benjamin. Ele vibrou com a vitória do Bahia por 2 a 1, com gols de Cauly e Ademir, que garantiram os três pontos para o time baiano na estreia da competição regional. O Sport descontou com Gustavo Coutinho, de pênalti.

Caetano foi ovacionado pelos torcedores presentes, que reconheceram sua importância para a cultura e para a história do estado.

“Deus cuida de mim”

Ao ouvir a notícia de que os cantores, Caetano Veloso e o Pr Kleber Lucas, iriam gravas juntos a já famosa música gospel “Deus cuida de mim”, composição do Pastor, eu criei uma expectativa muito grande do que poderia sair desse encontro. Como entender que água (profano) e óleo (religioso) conseguiria, enfim, se unir? E aconteceu! Os dois conseguiram enfim, dar um nó na lei da natureza.

Dóris me levou para conhecer o Caetano

O ano era o de 1997, acho. Nunca fui bom de guardar datas, tanto que em uma delas esqueci o meu aniversário, e quando voltei para casa à noite, os amigos e amigas que não tinham ido embora, estavam dormindo espalhados pela sala. Era uma festa de aniversário surpresa. Mas o assunto hoje não é sobre isto, é sobre o convite que recebi da amiga Dóris Abreu para ir conhecer Caetano Veloso em Salvador. 

Ela, naquele ano, trabalhava com Gilberto Gil na Fundação Gregório de Matos na capital baiana. Dóris sabia que eu tinha toda a coleção de LP (Long Play) do Caetano e que gostava muito de suas canções. Ele é padrinho de um dos filhos dela com Tuzé de Abreu, que já foi seu músico do cantor. E foi por isso, que tive a oportunidade.

Mônica Iozzi e Caetano choram após ver documentário



A comediante e atriz Mônina Iose e o cantor e compositor Caetano veloso apareceram esta madrugada, 21, nas redes sociais em um vídeo falando da emoção que sentiram ao assistirem juntos o documentário da Petra Costa, Democracia em Vertigem.

Tá tudo fora da ordem



Ao atacarem a Presidenta Dilma Rousseff, que tinha se colocado contra qualquer forma de desvio de conduta em seu governo, políticos e empresas atingidas montaram uma operação para retira-la do cargo. Eles não admitiram que seus esquemas fossem paralisados. Iria faltar para as campanhas e montagem de estrutura pessoal. Já as corporações jogavam com todos os lados. O importante para seus administradores era que, fosse quem fosse o vencedor da briga, eles queriam estar dentro.

E é aí que o entendimento fica mais difícil. O que levou esse pessoal a sabotar o esquema que eles disseram existir e eram beneficiados?

Como diz Mino Carta, “até o mundo mineral” sabe que a JBS dos irmãos Batistas, é o que é hoje, a maior vendedora de carne no mundo, porque teve acesso a linhas de crédito do BNDS – Banco Nacional de Desenvolvido Social. E deixemos claro, de forma legal. Beneficiados por um governo que deu oportunidade aos empresários brasileiros de expandirem seus negócios e competirem pelo comercio mundial. Está provado que foram um dos maiores financiadores de compra de deputados no congresso nacional para afastar Dilma Rousseff. Esse povo é louco?

A Odebrecht é uma empresa presente no Brasil e em mais 26 países, como anunciada em sua página na internet. Ela foi também, uma das mais beneficiadas pelo caixeiro viajante, Luís Inácio Lula da Silva. O ex-presidente não mediu esforços para “vender” as empresas no exterior e atrair com isto serviços para elas, beneficiando cada uma delas e o Brasil, já que suas sedes ficam aqui no país. Alguém em sã consciência acreditaria antes que seus diretores participaram da sabotagem de quem abriu as portas para o seu crescimento econômico no mundo? Pois essa turma fez isto.

E os partidos políticos, da direita, passando pelo centro e indo até a esquerda. Muitos fizeram parte dos governos Petistas ocupando ministérios, diretorias em estatais e cargos a granel por todo o país. Algumas dessas agremiações estiveram beneficiadas até as vésperas da votação que afastou a presidenta Dilma. Se fosse definir a atuação destes políticos com o título de um filme, seria, “dormindo com o inimigo”. É tão absurda a história de traição que há relatos que horas antes do impedimento, algumas dessas pessoas teriam feito juras de amor a própria presidenta, e no Congresso nacional votado pelo golpe. Alguns destes não conseguiram a reeleição aos cargos de deputados federais e senadores. Como já se sabe, a politica adora a traição, mas não perdoa o traidor. Seus eleitores não aceitaram a infidelidade.

Banqueiros foram acusados de terem seus lucros aumentados enormemente, beneficiados por uma política econômica que tinha um ambiente externo favorável, proporcionando grandes lucros. Como entender que este setor tenha, segundo a imprensa, “participado” da articulação do golpe, colocando inclusive dinheiro na “compra de votos” pelo afastamento de Dilma Rousseff.

O silêncio

Mas nada é mais impressionante que o silêncio das pessoas que foram e ainda são beneficiadas pelos programas sociais implantados pelos governos dos presidentes Lula e Dilma. Pessoas que foram e são favorecidas por programas como o FIES, PróUni, Territórios da Cidadania para as zonas rurais, Bolsa-Família, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Luz para Todos, Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e Adultos, Pronatec, Rede Cegonha, Mais Médicos, Brasil Sorridente, Brasil Conectado (internet), Cidades Digitais, Samu, ProJovem Urbano, Minha Casa, Minha Vida, Ciência Sem Fronteiras, Programa de Aceleração do Crescimento 1 e 2, Crescer, Projeto Jovem Aprendiz, Cisternas, Farmácia Popular, Água Para Todos, Brasil Sem Miséria, Aqui tem Agricultura Familiar, Casa da Mulher Brasileira... Foram tantos, que devo ter esquecido alguns. Onde se escondeu este povo que não saiu as ruas para defender um governo popular? E pior, muitos beneficiados participaram de manifestações nas ruas e nas redes em apoio ao golpe. Ainda se está à espera, por parte de algum estudioso, de preferência da área da saúde, para definir um nome para um comportamento social tão fora da ordem.

A "Síndrome de Estocolmo é o nome dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo amor ou amizade perante o seu agressor". Já no caso de pessoas que foram beneficiadas como nunca antes na história do Brasil, tramaram, participaram da trama e destruíram quem os beneficiou através de políticas públicas, poderiam ser definidos em uma só palavra como?

Manno Góes foi o primeiro a denunciar ACM Neto como "caloteiro".

Nas últimas semanas vários artistas protestaram em suas redes sociais contra o prefeito de Salvador ACM Neto pelo não pagamento dos direitos autorais durante a festa o carnaval. Entre estes está Marisa Monte, a primeira a levantar o assunto e chamar a atenção para a situação. “Salvador foi eleita a ‘cidade da música’ pela Unesco e é a capital brasileira que mais promove festas e eventos ao longo do ano. Porém, a prefeitura da cidade é desrespeitosa e prejudicial com os autores, pois os direitos autorais de eventos públicos, como o Carnaval e o Réveillon, não são pagos devidamente”, disse ela em uma de suas postagens sobre o assunto.

Com a visibilidade alcançada nacionalmente, outros artistas se juntaram a campanha, entre eles, Caetano Veloso, Djavan e Nando Reis.

Mas o que poucos sabem é que essa briga entre os compositores baianos e ACM Neto não é nova. Quem primeiro fez a denúncia foi Manno Góes. Autor de Mila”, “Praieiro”, “Tchau, I Have To Go Now”, entre outros sucessos gravados por Daniela Mercury, Netinho, Ricardo Chaves, Biquíni Cavadão, Asa de Aguia, entre outros. Ele chamou o prefeito de “anão” e “caloteiro” por deixar de pagar o ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição dos direitos autorais. E por isso está sendo processado. Mas Manno só quer que seus direitos e de todos os compositores sejam garantidos.

Manno é um artista engajado na defesa de uma sociedade mais justa para todos. Em suas redes sociais ele, por várias vezes, já se manifestou publicamente contra o Golpe dado na democracia brasileira em 2016. Basta ver o seu perfil e se percebe que o compositor é, no momento atual da música brasileira, engajado na causa do povo. Enquanto muitos preferem o silêncio, e como ele mesmo diz, "babam ovo" esperando serem contratados para as festas da cidade, ele denuncia não se cala diante dos erros da gestão.

Em uma de suas declarações públicas, ele disse, “faz cinco anos que a prefeitura de Salvador - leia-se ACM Neto (o herdeiro do avô-bandido maior do Nordeste), não paga direitos autorais. Cada compositor de cada música que você ouviu e ouve em shows em Salvador - seja de Nando Reis ou do Psirico - não ganha direito autoral porque Neto - o aliado de Temer (aquele que diminuiu seu salário), não paga os autores. Neto, o amigão de Aécio, no alto de sua vigarice e prepotência, acha que autores não valem nada”.

A época das primeiras denúncias, Manno só contou com o apoio de outro compositor, Jorge Papapá, um dos mais respeitados da Bahia (autor das músicas “deixo e “Ilumina” gravadas por Ivete Sangalo). Eles inclusive protagonizaram um debate nas redes sociais que virou notícia. Músicos baianos eram “um bando de lambe c*”. “Calma aí, primo! Atinja o bandido, mas não mate o artista!”, pediu Papapá. Os dois concordaram que o alvo deveria ser ACM Neto que se nega a pagar os direitos autorais.


Agora com a visibilidade nacional que a campanha iniciada por Manno Góes conseguiu, espera-se que o prefeito de Salvador pague os direitos de execução a que o município está sujeito.