A pesquisa “Visível e Invisível: Vitimização de Meninas e
Mulheres” revelou que 38% das brasileiras sofreram algum tipo de violência em
2025, o maior índice desde 2017. Esses dados não são apenas estatísticas,
representam vidas interrompidas, famílias devastadas e uma cultura que insiste
em naturalizar a agressão. O feminismo, nesse cenário, surge como resposta
coletiva, capaz de transformar indignação em ação concreta.
Apesar da tragédia, há sinais de avanço. O aumento de
medidas protetivas indica que mais mulheres estão buscando ajuda e que o
Judiciário, pressionado por movimentos sociais, tem respondido com maior
agilidade. A luta feminista, ao expor a violência, também fortalece redes de
apoio e cria espaços de acolhimento, mostrando que a resistência é possível
mesmo diante da barbárie.
O recorde de violência em 2025 não é apenas um retrato da
crueldade, mas também da coragem das mulheres que se levantam contra ela. O
escândalo dos números precisa ser encarado como chamado à ação, cada marcha,
cada denúncia, cada voz que se ergue é prova de que o feminismo não recua. O
Brasil pode estar em guerra contra o feminicídio, mas as mulheres estão na
linha de frente, e não pretendem abandonar essa batalha.

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