Por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o Estado destinará R$ 30 milhões ao Raízes da Bahia, voltado à produção, beneficiamento e comercialização de derivados da mandioca; R$ 15 milhões ao Cabritos e Cordeiros da Bahia, que fortalece a cadeia de caprinos e ovinos; e R$ 24 milhões ao Galinha Caipira da Bahia, que abrange classificação, certificação e venda de ovos caipiras. Também foram anunciados editais de R$ 7 milhões para estruturar unidades de produção de fitoterápicos e outros R$ 7 milhões para projetos de turismo rural de base comunitária.
O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, destacou que os novos editais ampliam as oportunidades para quem vive da agricultura familiar e reforçam o papel dos arranjos produtivos na transformação da realidade rural. “Essa iniciativa fortalece o trabalho de agricultores e agricultoras, garantindo mais estrutura, valor agregado aos produtos e novas possibilidades de comercialização”, afirmou.
O coordenador do Projeto Bahia que Produz e Alimenta, Ivan Fontes, acrescentou que as chamadas públicas representam uma nova chance para associações e cooperativas que buscam investimentos, lembrando que, a partir de janeiro, estarão abertas as inscrições para os cinco novos editais, além dos dois já disponíveis voltados à população indígena e quilombola.
Durante o encontro, os governos estadual e federal também aderiram aos programas Cooperar para Exportar e Coopera Mais Brasil, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a relevância da abertura comercial para valorizar produtos da agricultura familiar com forte caráter agroecológico e social.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ressaltou que o evento reúne 31 compradores internacionais que participaram de rodadas de negócios com cooperativas de todo o país e afirmou que a agência qualificará empreendimentos para certificação e exportação, além de levar outras 250 cooperativas ao mercado internacional em 2026.
Para Jean Silva, gestor de uma cooperativa de mandioca do Sudoeste da Bahia, as iniciativas criam novas perspectivas de acesso ao mercado internacional e ampliam oportunidades para os agricultores familiares baianos.
Ao todo, cerca de 150 representantes de cooperativas, 50 da Bahia e 100 de outros estados, participaram do encontro, que reforçou o papel estratégico do cooperativismo na ampliação de mercados e na dinamização da economia rural.
Por: Silvia Costa
Foto: André Frutuôso
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