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Foto: André Frutuôso |
“Com a mensalidade de R$ 5 de cada sócio para manter a
associação, a gente nunca conseguiria ter uma unidade como essa. Ver esse
empreendimento funcionando é muito gratificante, ainda mais sabendo que muitos
meninos e meninas têm, na alimentação escolar, os produtos que as mães deles
produzem aqui na agroindústria”, afirmou Regivaldo Gonçalves, presidente da
Associação.
A unidade foi entregue pelo Governo do Estado, por meio da
Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em 2021. Equipada com forno
e batedeira industrial, bancada, seladora e outros utensílios, segue em pleno
funcionamento, fazendo a diferença no quilombo e ofertando alimentos com a
marca Sabor Raiz.
“Aqui, o nosso trabalho é dividido em quatro grupos produtivos, que utilizam a agroindústria, conforme a demanda. Essa estrutura, para nós, representa dignidade, geração de renda, resistência e permanência no campo”, destaca Carmem Lúcia Macedo, integrante da associação.
Ofício de Família
Enquanto finalizava a massa do pão, Calebe Santana,
coordenador de produção da Sabor Raiz, compartilhou um pouco de sua trajetória,
revelando que o gosto pela produção de alimentos vem de família. “Minha avó era
uma doceira famosa. Ela ensinou minha mãe e eu herdei essa habilidade de fazer
os produtos. Fora daqui da unidade, também sou confeiteiro e produzo doces”,
contou.
Acompanhando a associação quilombola desde seu surgimento, em 2013, Rosirene dos Santos reforça a importância das políticas públicas voltadas para o rural. “Estamos no caminho certo. Acompanho a associação desde o início, já fui presidente e, hoje, percebo que a chegada dessa agroindústria foi um marco em nossa comunidade. Acessar os editais do Governo do Estado faz toda a diferença para manter os jovens, as mulheres e os homens no campo.”
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