Fontes ligadas ao STF indicam que a apreensão dos dólares pode estar relacionada a suspeitas de financiamento irregular e até mesmo planejamento de fuga do país. A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer favorável à operação, que também incluiu buscas na sede do Partido Liberal (PL), legenda à qual Bolsonaro é filiado.
A investigação ganhou força após revelações de que Bolsonaro teria enviado R$ 2 milhões ao filho Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos, levantando suspeitas sobre movimentações financeiras e articulações internacionais que poderiam interferir no processo judicial.
Durante a operação, o celular de Bolsonaro foi apreendido pela PF, o que pode abrir caminho para novas descobertas sobre suas comunicações recentes. Segundo o advogado Celso Vilardi, a defesa ainda aguarda acesso integral à decisão do STF antes de se manifestar publicamente. Por ora, não há previsão de depoimento formal do ex-presidente.
O caso também reverberou fora do Brasil. Em meio à tensão diplomática, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o processo judicial brasileiro e impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, em um gesto interpretado por analistas como tentativa de pressão política.
Com o cerco jurídico se fechando, Bolsonaro enfrenta um cenário cada vez mais restritivo. A investigação sobre o dinheiro apreendido pode revelar conexões ainda não mapeadas entre política, finanças e articulações internacionais. Enquanto isso, o ex-presidente permanece em sua residência, monitorado eletronicamente e sob vigilância constante.
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