Projeto do Samba de Roda chega a Salvador no próximo domingo (25) depois de percorrer quatro cidades do Recôncavo

O projeto, que circulou por cidades do recôncavo baiano –
Maragojipe, Muritiba, Conceição do Almeida e Saubara – teve o apoio do Fundo de
Cultura do Estado da Bahia e chega a Salvador em parceria com o Governo do
Estado através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPAC. O evento é parte de uma
extensão do projeto anterior para a publicação do documentário e do livro
‘’Mulheres do Samba de Roda’’, que realiza um mapeamento etnomusicológico em
torno de 16 mestras de 15 localidades do estado, as detentoras do saber
tradicional do samba de roda.
Serão recebidas 13 mestras do samba de roda, que representam
diversos municípios baianos: Dona Ana (Cachoeira); Dona Fiita (Teodoro Sampaio,
Dona Lora (Irará); Dona Fátima (Conceição do Almeida); Dona Aurinda (Vera
Cruz); Dona Bernadete (Simões Filho); Dona Nicinha (Santo Amaro); Dona Santinha
(Acupe); Dona Rita da Barquinha (Bom Jesus); Dona Cadú (Maragojipe); Dona
Berenice (São Fracisco do Conde); Dona Bete (Camaçari); Dona Chica (Feira de
Santana).
A programação conta com uma roda de conversa mediada por
Clécia Queiroz, que junto com as sambadeiras evidenciam seus potencias
artísticos, suas histórias de vida, o universo da mariscagem, da agricultura,
do artesanato ceramista e retrata seus saberes e protagonismo no enfrentamento
de toda forma de violência contra a mulher, além da conquista do direito de se
expressar, de ter renda própria, saúde, educação. A conversa acontece com
música e dança, além de uma tradicional roda de samba envolvendo a platéia.
‘’O samba de roda não tem sentido sem as sambadeiras’’.
Afirma Clécia Queiroz, que atualmente faz Doutorado na UFBA, cujo tema é nada
mais que o próprio o samba de roda. “Música e dança são partes complementares
dessa manifestação. E isso pode ser confirmado pelas próprias vozes dos
sambadores, que dizem que há um diálogo musico - corporal com as sambadeiras e
que o estímulo da música se faz através do corpo delas. Além disso, as mulheres
se envolvem na organização, várias delas também tocam instrumentos de percussão
e algumas assumem o papel de liderança em suas comunidades a partir do seu
próprio trabalho. Colocar isso à disposição dos públicos, revelarem o contexto
em que vivem essas mulheres (assim como os próprios homens), é trazer a
história de nossos antepassados e criar uma possibilidade real de identificação
para as pessoas que as ouvem falar e se expressar. E isso tem sido feito
através do Circulando com as Mulheres do Samba de Roda.” finaliza Clécia.
Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005
para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo
de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo
custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa
de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos
financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da
importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que
dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está
estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros
estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins
lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e
Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br
Serviço/Show
Circulando com as Mulheres do Samba de Roda da Bahia e
Clécia Queiroz
Onde: Largo Tereza Batista - Pelourinho
Quando: Domingo, 25 de março de 2018, às 10h
Gratuito
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