Apesar da relevância, setores da oposição têm retardado a
tramitação, alegando necessidade de ajustes no texto. Nos bastidores,
parlamentares ligados ao Partido dos Trabalhadores denunciam que o atraso
favorece diretamente grupos criminosos, que continuam explorando brechas legais
para manter seus negócios. O governo, por sua vez, reforça que o projeto não
criminaliza dificuldades pontuais de empresários, mas mira aqueles que usam a
inadimplência como modelo de negócio, repetindo práticas que corroem a economia
e financiam organizações perigosas.
Lula tem se posicionado de forma firme, cobrando celeridade
e destacando que o Brasil não pode permitir que o crime organizado dite as
regras do mercado. O presidente ressaltou que o projeto é parte de uma
estratégia mais ampla de fortalecimento da Polícia Federal e de integração com
órgãos de fiscalização, garantindo que o Estado recupere recursos e desmonte
estruturas financeiras das facções. Para o PT, a aprovação representa não
apenas um avanço jurídico, mas também um recado político de que o país não será
refém de quem lucra com a ilegalidade.
Enquanto a votação não acontece, cresce a pressão popular e
institucional para que a Câmara coloque o tema em pauta. Movimentos sociais e
entidades empresariais alinhadas ao governo defendem que a medida é urgente e
que o atraso compromete a credibilidade do Legislativo. A expectativa é que,
com articulação da base governista e apoio de setores independentes, o projeto
avance nos próximos dias, consolidando a narrativa de que o governo Lula está
disposto a enfrentar o crime organizado não apenas nas ruas, mas também nos
cofres.

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