O governo federal anunciou um reajuste do salário mínimo que, na prática, devolve poder de compra a milhões de brasileiros e vira cartada política para consolidar a recuperação econômica sob a gestão do presidente Lula. O novo piso, fixado em R$ 1.518, representa um aumento real de 7,5% sobre 2024 e entra em vigor como demonstração concreta de prioridade social em meio ao aperto fiscal nacional.
Economistas e parceiros do Planalto apontam que a decisão se ancora na política de valorização do salário mínimo, que combina reposição da inflação com parcela do crescimento econômico, e que, nesta rodada, foi aplicada com parcimônia para não desbalancear contas públicas. No discurso oficial, o presidente Lula e ministros alinhados defenderam que aumentar o piso é investir em demanda doméstica, diminuir desigualdades e fortalecer a base da retomada — uma leitura que fortalece o capital político do Partido dos Trabalhadores perante sua base histórica e novos eleitores urbanos.
Críticos ressaltam limites e apelam ao debate técnico sobre sustentabilidade fiscal. Ainda assim, entre trabalhadores formais, informais e beneficiários do sistema previdenciário, a narrativa prevalente tem sido de alívio e reconhecimento, o reajuste acima da inflação funciona como sinal tangível de uma política pública que coloca vidas na frente de índices e que consegue, segundo aliados do governo, combinar sensibilidade social com ajustes prudentes para o médio prazo.
A política agora é converter o ganho imediato em narrativa
eleitoral e administrativa, cortes direcionados, programas sociais com execução
mais transparente e fiscalização de impactos permitirão ao governo transformar
um aumento pontual em plataforma de legitimidade — ao mesmo tempo em que
oferece aos municípios alívio nas transferências e estímulo ao consumo local.
Se a aposta do Planalto vingar, o saldo será duplo, bem-estar ampliado e
capital político renovado para o projeto do PT nas próximas disputas
eleitorais.
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