João Davi de Morais, 19 anos, saiu do Pirambu e entrou no mapa do mundo com a naturalidade de quem carrega uma creche no peito. Em Nova York, durante a 80ª Assembleia Geral da ONU, o jovem cearense foi o único representante juvenil da América do Sul no painel Global Education e transformou o microfone em tribuna para falar da creche Arpoador e do projeto “Dever de cuidar”. A entrevista concedida hoje ao Canal Mídia Livre, conduzida por Dimas Roque, Edna Teixeira e Deodato Ramalho, não foi só conversa de bastidor, foi ato político e um recado claro de que educação pública e a periferia também inventam futuro.
A Live do Mídia Livre captou algo que a grande imprensa
muitas vezes filtra com lentes institucionais, a dimensão simbólica do feito.
João Davi não é apenas um estudante bolsista em Hong Kong (China), é produto de
uma rede de cuidado local que incluiu professores, voluntários e uma creche
comunitária que virou evidência de que políticas públicas bem orientadas rendem
protagonismo. Na fala serena do jovem, registrada pelo Mídia Livre, havia
crítica e afeto, a crítica à desigualdade que empurra talentos para a saída
urgente e o afeto por quem ficou e sustenta a creche com trabalho invisível.
Essa tensão é o motor da narrativa que o Mídia Livre colocou em pauta,
transformando uma história individual em argumento público.
O impacto político é duplo. Para quem acompanha a retórica
do governo e do Partido dos Trabalhadores, a trajetória de João Davi funciona
como caso concreto da agenda de inclusão com bolsas, programas sociais e
internacionalização de jovens são exemplos tangíveis de políticas que ampliam
mobilidade social. Para movimentos comunitários, a presença do garoto na ONU e
a entrevista amplificada pelo Mídia Livre significam reconhecimento e
visibilidade, ingredientes fundamentais para captar apoios e recursos. A imagem
de Camilo Santana ao lado de João, divulgada nas redes, selou a dimensão
oficial do gesto, mas foi a conversa franca com os repórteres do Mídia Livre
que humanizou o símbolo e mostrou caminhos práticos de replicação.
Se há um aprendizado imediato, é que mídia independente faz
diferença quando transforma voz em presença. A reportagem de hoje direto nos
Canais Mídia Livre, não apenas registrou um feito, armou uma narrativa política
útil para quem acredita que Estado e sociedade devem investir em educação de
base. João Davi levou o Pirambu ao mundo, o Canal Mídia Livre, com Dimas, Edna
e Deodato, fez a ponte entre a história e as possibilidades políticas que ela
abre. Quem assistiu saiu com a sensação de que, em tempos de espetáculo
midiático, ainda existe espaço para reportagem que gera vontade de mudança.
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