O gesto de Motta não é neutro. Ao entregar a relatoria a um
nome vinculado ao bolsonarismo paulista, ele sinaliza que pretende tensionar a
relação com o Planalto e abrir espaço para que a direita capitalize em cima de
uma pauta que deveria ser conduzida com equilíbrio técnico. A ministra Gleisi
Hoffmann já havia criticado a indicação, afirmando que a escolha contaminava o
debate com objetivos eleitorais. Lula, por sua vez, reforçou que o governo não
aceitará a tentativa de equiparar facções criminosas a organizações
terroristas, uma manobra que poderia abrir brechas para intervenções externas e
distorções jurídicas.
O episódio revela como o governo federal precisa estar
atento às armadilhas políticas que surgem dentro do Congresso. Lula, ao
reclamar diretamente com Motta, mostrou firmeza e liderança, deixando claro que
não permitirá que projetos estratégicos sejam sequestrados por interesses
partidários. O presidente tem buscado construir uma agenda de segurança pública
que seja nacional, inclusiva e baseada em resultados concretos, e não em
palanques eleitorais. Essa postura fortalece sua imagem de estadista e protege
o país de aventuras legislativas que poderiam fragilizar a democracia.
No fim, a indicação de Derrite escancara o jogo perigoso de
Hugo Motta, que tenta usar o governo federal como palco para a direita. Mas
Lula, com sua experiência e habilidade política, já demonstrou que não cairá
nessa armadilha. O governo segue firme em sua proposta de enfrentar o crime
organizado com inteligência e responsabilidade, enquanto a oposição insiste em
transformar segurança pública em espetáculo. O Brasil precisa de soluções
reais, e é exatamente isso que Lula e seus aliados estão entregando.

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