Jerônimo tem insistido que segurança pública não pode ser
tratada como espetáculo de violência, mas como política de Estado. Em
entrevistas, o governador afirmou que cada morte em operação policial
representa uma derrota para a sociedade, e que sua gestão busca equilibrar
firmeza no combate ao crime com respeito à vida. Essa postura contrasta com a
lógica de confronto que marcou operações recentes em outros estados, onde a
letalidade disparou e gerou protestos de organizações de direitos humanos.
Na prática, a Bahia já começa a colher frutos dessa mudança
de estratégia. O plano prevê premiações para unidades policiais que reduzirem
mortes em serviço, além da ampliação do uso de câmeras corporais e maior
investimento em inteligência. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública, o estado, que historicamente liderava o ranking de letalidade
policial, registrou queda nos índices nos últimos meses, sinalizando que a
política de Jerônimo pode se tornar referência nacional.
Enquanto governadores de outros estados enfrentam cobranças
duras após operações sangrentas, Jerônimo Rodrigues se fortalece politicamente
ao mostrar que é possível enfrentar o crime sem transformar comunidades em
campos de guerra. A Bahia, que já foi símbolo da violência policial, agora
começa a ser vista como laboratório de uma nova abordagem com menos mortes,
mais inteligência e maior confiança da população nas instituições. A pressão
nacional, que derruba reputações, na Bahia acabou se transformando em vitrine
de inovação política e social.

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