O presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu, nesta semana, a 13ª mudança ministerial de seu terceiro mandato, confirmando a entrada do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) na Secretaria-Geral da Presidência, em substituição a Márcio Macêdo. A alteração, sétima apenas em 2025, foi noticiada pelo G1 e pelo portal GP1, e reflete a estratégia do governo de reforçar laços com movimentos sociais e ampliar a base de apoio no Congresso.
Segundo reportagem do G1, Lula já vinha discutindo mudanças
desde o fim de 2024, mas optou por realizá-las de forma gradual, evitando
choques bruscos na Esplanada. Essa condução fatiada permitiu ao presidente
negociar com aliados, contemplar partidos da base e, ao mesmo tempo, preservar
a governabilidade. O resultado é um governo que, mesmo diante de pressões,
mostra capacidade de adaptação e habilidade política.
A chegada de Boulos, liderança histórica do Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto, também tem peso eleitoral. Ao abrir espaço para o PSOL,
Lula sinaliza que pretende manter a esquerda unida em torno de um projeto
comum, mirando não apenas a governabilidade imediata, mas também a sucessão de
2026. O gesto fortalece a narrativa de que o governo não se limita a
administrar, mas busca construir pontes para o futuro.
Fontes como o GP1 destacam que, das sete mudanças realizadas
em 2025, duas foram motivadas por investigações e outras por ajustes políticos.
Em todos os casos, Lula mostrou disposição de agir rapidamente, substituindo
nomes sem hesitar e reforçando a ideia de que a cadeira ministerial não é
vitalícia, mas instrumento de trabalho a serviço do país.
No balanço, as trocas ministeriais revelam um governo que
prefere o movimento à paralisia. Em vez de se prender a nomes, Lula aposta em
resultados e na capacidade de manter o diálogo aberto com diferentes setores.
Para um presidente que já enfrentou crises de toda ordem, a dança das cadeiras
não é sinal de fraqueza, mas de vitalidade política.
Nenhum comentário:
Postar um comentário