Entre os dias 17 e 19 de outubro de 2025, Paulo Afonso, no norte da Bahia, se transforma em palco de um dos eventos culturais mais significativos da região, o Festival das Caraibeiras (FESC). À frente da iniciativa está o guitarrista e compositor Igor Gnomo, que vem consolidando sua carreira como um dos nomes mais inventivos da música instrumental brasileira e, ao mesmo tempo, como produtor cultural comprometido com o fortalecimento da identidade nordestina.
Reconhecido por sua habilidade em fundir jazz, rock e ritmos
nordestinos, Gnomo construiu uma linguagem própria na guitarra. Em trabalhos
como Formiga Preta, o músico demonstra domínio técnico e sensibilidade
artística, transformando o instrumento em narrador de histórias sonoras. Suas
composições transitam entre a sofisticação harmônica do jazz e a pulsação
rítmica do baião, do maracatu e do ijexá, criando uma sonoridade que é, ao
mesmo tempo, regional e universal.
Fora dos palcos, Gnomo atua como articulador de projetos culturais em Paulo Afonso. Sua produção vai além da música, envolve oficinas, festivais e iniciativas que dão visibilidade a artistas locais e fortalecem a cena instrumental nordestina e se reflete em sua atuação como precursor da música instrumental na cidade, abrindo caminhos para novas gerações de músicos.
O FESC, idealizado por Gnomo, acontece no Parque Balneário em
Paulo Afonso, em meio à floração das caraibeiras, árvores que se tornaram
símbolo da cidade. O evento reúne música, esporte, meio ambiente e arte, em uma
programação que inclui shows, oficinas, atividades de conscientização ambiental
e práticas esportivas como a Capoeira.
Mais do que um festival, o FESC é uma celebração comunitária
que integra moradores e visitantes em torno da cultura e da natureza. A
proposta é clara, transformar Paulo Afonso em referência cultural no sertão
baiano, valorizando suas raízes e projetando-as para além das fronteiras
regionais.
Com sua guitarra, Igor Gnomo leva o sertão para o mundo. Com
sua produção cultural, devolve à sua cidade natal um legado de pertencimento e
inovação. O Festival das Caraibeiras é a síntese dessa trajetória e um espaço
onde tradição e modernidade se encontram, reafirmando que a arte pode ser, ao
mesmo tempo, raiz e futuro.
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