Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Nacional) foram chamados ao Palácio do Planalto para uma conversa franca. O presidente não economizou nas palavras. Segundo fontes próximas ao Planalto, Lula exigiu posicionamento claro e lealdade institucional. O resultado? Nenhum pedido de demissão foi formalizado. Pelo contrário: os ministros reafirmaram o compromisso com a gestão e se distanciaram das críticas feitas por caciques do partido, como Antônio Rueda e Efraim Filho.
Nos bastidores, o movimento é visto como uma tentativa de
pressão do União Brasil, que busca ampliar seu espaço político às vésperas da
oficialização da federação com o PP. A nova aliança, que promete ser a maior
força parlamentar do país, já ensaia um discurso de oposição seletiva, apoiando
pautas econômicas, mas marcando distância em temas ideológicos.
Lula, no entanto, não parece disposto a ceder à chantagem.
Com habilidade política e respaldo popular, o presidente reforçou que seu
governo é de diálogo, mas não de submissão. “Quem quiser construir, será
bem-vindo. Quem quiser sabotar, que se explique ao povo”, teria dito em tom
firme durante a reunião.
A tentativa de debandada, que parecia iminente, virou
fumaça. E o governo segue firme, com Lula mostrando que, mesmo cercado por
alianças instáveis, ainda é o maestro da orquestra. Enquanto alguns tentam
tocar desafinado, o presidente afina os instrumentos e mantém o ritmo da
governabilidade.
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