Lula dá chá de realidade no União Brasil e segura rebelião

A semana começou com um roteiro digno de novela política e ameaças de desembarque, reuniões tensas e um presidente que, longe de se abalar, mostrou que ainda sabe como se joga no tabuleiro do poder. Ministros do União Brasil, partido que ocupa três cadeiras na Esplanada, balançaram a estrutura do governo ao sinalizar uma possível saída coletiva. Mas Lula, com a calma de quem já enfrentou tempestades maiores, convocou os envolvidos e deu um recado direto: quem quiser sair, que saia, mas sem drama.

Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Nacional) foram chamados ao Palácio do Planalto para uma conversa franca. O presidente não economizou nas palavras. Segundo fontes próximas ao Planalto, Lula exigiu posicionamento claro e lealdade institucional. O resultado? Nenhum pedido de demissão foi formalizado. Pelo contrário: os ministros reafirmaram o compromisso com a gestão e se distanciaram das críticas feitas por caciques do partido, como Antônio Rueda e Efraim Filho.

Nos bastidores, o movimento é visto como uma tentativa de pressão do União Brasil, que busca ampliar seu espaço político às vésperas da oficialização da federação com o PP. A nova aliança, que promete ser a maior força parlamentar do país, já ensaia um discurso de oposição seletiva, apoiando pautas econômicas, mas marcando distância em temas ideológicos.

Lula, no entanto, não parece disposto a ceder à chantagem. Com habilidade política e respaldo popular, o presidente reforçou que seu governo é de diálogo, mas não de submissão. “Quem quiser construir, será bem-vindo. Quem quiser sabotar, que se explique ao povo”, teria dito em tom firme durante a reunião.

A tentativa de debandada, que parecia iminente, virou fumaça. E o governo segue firme, com Lula mostrando que, mesmo cercado por alianças instáveis, ainda é o maestro da orquestra. Enquanto alguns tentam tocar desafinado, o presidente afina os instrumentos e mantém o ritmo da governabilidade.

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