A Deputada Estado pelo Partido dos Trabalhadores na Bahia, Fátima Nunes, em entrevista ontem no Canal Esperançar, falou como foi a sua chegada a assembleia legislativa após participar da eleição de 1990 e ficar na suplência, só assumindo o mandato em 1993 e desde aquele dia, vem se reelegendo continuamente, sendo o atual, o quinto. Hoje ela está líder da bancada do PT.
Ela lembrou que mesmo estando
no ano de 2023, “não é fácil a mulher ocupar lugar de poder”. Porque o sexo
feminino foi “acostumado”, pela sociedade, a cuidar da família. E foi preciso
se desprender dos laços para que pudesse estar na luta do campo e das cidades.
A deputada é ligada as Comunidades de Bases e a Teologia da Libertação da
Igreja católica.
Nascida na cidade de
Paripiranga no Sertão da Bahia, Fátima Nunes enfrentou o preconceito por
dedicar a sua vida a luta social. Como outras mulheres, foi recriminada por pessoas
que achavam que estava “abandonando os filhos”. Se em qualquer canto do Brasil uma
mulher parte para a luta social e é vista com “olhos atravessados”, no Nordeste
este tipo de acusação é potencializado ainda mais.
Mas Fátima não renunciou ao
seu destino. Para ela, quando alguém se coloca a disposição, “é para cuidar de
todos e de todas”. A deputada lembrou que o lugar da politica era sempre para
homens e que não havia espaço, mesmo nos partidos, para uma mulher. Mesmo com
as mudanças e mais mulheres nas câmaras de vereadores, deputados e no Senado, é
preciso não só votar em alguém por ser do sexo feminino, mas que se “mulher” e
esteja na defesa dos menos favorecidos.
Durante a entrevista a Meire
Vieira, Regina Faziole e Dimas Roque, ainda teve espaço para que as terras que
não estão produzindo sejam ocupadas por quem precisa trabalhar. “Repartir a
terra é repartir o pão”, disse Fátima. Com um Brasil tão rico e poderoso que
tem muitas áreas agricultáveis, que a comida seja produzida nestas terras para
todos. Assim pensa e defende a deputada.
“Quem produz os alimentos que são
levados ao mercado e depois para a mesa de todo o povo Brasileiro, são aqueles
pequenos agricultores”, sentencia Fátima. No Brasil, essa agricultura vem sendo
conhecida como “agricultura familiar”, já que são milhões de famílias que
produzem o alimento no campo.
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