Polo Agroindustrial baiano: Empresários aprovam potencial e região pode ganhar duas novas usinas sucroalcooleiras



“É uma região muito próspera. O Governo do Estado está acertando em trazer o setor sucroalcooleiro para a Bahia". A afirmação do empresário Adriano Sabadini, do grupo J. Alves Fertilizantes, que planeja expandir investimentos na área de fertilizantes líquidos e implantar uma unidade produtora de etanol no Médio São Francisco baiano, é unânime entre os executivos de negócios que integraram a comitiva, liderada pelo vice-governador João Leão, secretário do Planejamento, que visitou o Polo Agroindustrial e Bioenergético na última semana. 

A J. Alves Fertilizantes é especializada em comercialização e aplicação de fertilizantes líquidos diretamente no solo. “Achei o projeto fantástico. A Bahia hoje é dependente de importação e o polo vai gerar emprego, receita e abastecer o mercado, talvez até baixando o preço. Nosso negócio é a fertirrigação, fertilizante líquido, que traz ganho produtivo para as unidades tanto de sucroalcooleiro, quanto fruticultura e projeto do vinho”, completou Sabadini.

Já Leão, destacou a importância da Bahia tornar-se autossuficiente com a construção de 11 unidades sucroalcooleiras. “Queremos produzir o suficiente para deixar de importar álcool e açúcar. Queremos botar o Estado para frente. Temos aqui investidores de Sergipe, do Espírito Santo e da Bahia, que querem implantar novas unidades de açúcar e álcool no local. Nós já temos quatro protocolos assinados, uma usina quase pronta para a primeira moagem e temos a certeza que essa viagem de negócios vai render bons frutos”, declara.

“Vejo um potencial muito grande aqui, especialmente às margens do rio São Francisco e uma coragem imensa dos Paranhos, que chegou aqui no meio dessa  área, que antes era uma pastagem e transformou isso em trabalho, muito emprego e renda para região. Isso aqui tem um potencial muito grande na região tanto para cana, quanto para outras culturas, fruticultura irrigada. Tem um solo bom, plano e água em abundância, além de muito sol, um outro fator que é muito importante”, diz Ezequiel Leite, da Usina Iolando Leite.

Com 30 anos de mercado, a usina termelétrica Iolando Leite, instalada em Sergipe, produz etanol, aguardente e energia. A empresa tem capacidade de produzir 600 mil toneladas de cana-de-açúcar. O etanol é todo vendido para Bahia e Sergipe. Já a Frutal Nordeste, do mesmo grupo, que trabalha com fruticultura irrigada, tem capacidade de produzir 500 mil toneladas de banana, coco e manga. As frutas são vendidas para todo mercado nacional, especialmente para São Paulo e alguns países da Europa. As duas empresas empregam cerca de 1,3 mil pessoas. 

O empresário Marcos Euzébio, presidente do Rotary Club da Bahia, que também integrou a comitiva, tem negócios na região há 20 anos e afirma que esperava por esse momento. “Eu já esperava chegar o momento desse boom na região. Vamos ter o devido reconhecimento no mundo, porque essa região de Barra tem potencialidade hídrica, solar e quantidade de terra. Isso aqui vai ser um potencial energético eólico, solar e sucroalcooleiro e vai mudar totalmente o perfil da Bahia nesse médio São Francisco”, diz. 

O Polo Agroindustrial e Bioenergético do Médio São Francisco integra o Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável, no âmbito da Agenda de Desenvolvimento Territorial (AG-Ter), coordenada pela Seplan. Segundo a pasta, já há 16 projetos em implantação, outros 11 em análise, uma projeção de receber mais de R$ 9 bilhões em investimentos privados e gerar cerca de 60 mil empregos, diretos e indiretos.

Foto: Ascom/Seplan.

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