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Foto: Ricardo Stuckert |
Não é hora de chorar a dor que
está no peito. Não, eu não vou limpar as feridas das lutas que acumulei durante
a minha vida nas ruas. Elas são registros de minha história e muitas delas
estão ligadas a história de Luís Inácio Lula da Silva. E hoje os três patetas
de Porto Alegre encenaram o que já era esperado, uma Ópera-bufa. Não como uma comédia,
mas como o prenuncio de uma tragédia. Já que os espectadores não acharam nada
engrado. Eles colocaram a gasolina nas ruas e entregaram o fogo nas mãos dos oprimidos.
Quando não há justiça na justiça só resta a revolta popular.
Os Patetas se ativeram, em boa
parte dos seus votos, a defender o indefensável, o juiz da primeira instância
Sérgio Moro. Fizeram o trabalho que lhes foi designado. Não fizeram nada menos
do que estavam dispostos a fazer.
Terminada a encenação, o que
vimos foi uma pequena parcela da sociedade solidaria a decisão. Poucos saíram às
ruas para comemorar, muitos estiveram nas ruas para protestar.
De São Paulo veio o grito do Guilherme
Boulos do MTST, “nós vamos marchar até a Paulista”. E ainda avisou que a
decisão tomada pelo TRF4 só aproximou ainda mais a esquerda brasileira. O que podia
ser visto no Trio Elétrico onde estavam os principais partidos e lideranças políticas
do Brasil.
Com uma fala que serviu para
acalmar os ânimos, a Presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, não deixou de enfatizar
que se eles acharam que vão calar a massa, estão enganados. Ela convocou a
população a criar comitês de resistência em todas as cidades brasileiras.
“Nas Ruas”. Essa convocação
foi a mais ouvida nas falas, em vídeos e nas redes sociais. Parece que mexeram mesmo
com o formigueiro.
O ex-ministro Zé Dirceu também
se manifestou. Ele que cunhou o dia de hoje como o Dia Da Revolta, disse que
está, “indignado, mas esperançoso. Só crescerá o apoio a Lula. Perdemos a
batalha não a guerra, que será popular e longa”.
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