(Surgiu o que Moro mais temia, alguém que abrisse o jogo, de fato, entregando o balcão de negócios que é a Lava Jato)
Apareceu uma pedrinha no sapato de Moro, ou colocaram areia na vaselina do moço, e essa pedrinha, ou areia, tem nome: Rodrigo Tecla Duran.
Duran, espanhol, é advogado e prestou serviços na Odebrecht, entre outras empreiteiras, através do seu escritório de advocacia e diversas empresas de sua propriedade, usadas para lavagem de dinheiro do carnaval na Petrobras.
Corta. A mulher de Moro, a advogada Rosângela Wolff Moro, segundo o próprio Moro, em declaração a um tempo atrás, é a dona de um escritório de advocacia, tendo na sua carteira de clientes alguns réus na Lava Jato.
A primeira coisa a estranhar é essa relação espúria, tão íntima que de cama, entre quem vai julgar e quem vai defender. Com que isenção eu julgaria um cliente de minha mulher?
Agora, em mais uma entre muitas contradições, Moro afirma que ela não é a dona, apenas funcionária, e o seu nome consta no contrato social como dona, junto com sócios, só para o pagamento dos honorários.
Quer dizer que para pagar os salários dos professores, na escola, eu tenho que fazê-los todos meus sócios, em cartório, doando uma parte da empresa? Moro mente para acobertar um crime dentro de sua própria casa, o que quer dizer com a sua cumplicidade.
Moro expediu duas ordens de prisão de Tecla Duran, certamente para mantê-lo isolado, falando sozinho, no cárcere, sem mais revelações.
Para isso haveria necessidade de extradição, negada duas vezes, pela justiça espanhola (Duran é colaborador das Justiças norte americana e espanhola, e é muito em cima das suas declarações o assombro e as críticas dos maiores juristas do mundo, escondidas pela nossa mídia fascista e cúmplice no carnaval na Petrobras).
Logo Tecla Duran anunciou que está terminando de escrever um livro, contando os bastidores da corrupção das empreiteiras, e duas das suas antecipações do que está no livro são de estarrecer: os valores apresentados até agora, pelos delatores, são quatro vezes menor que o efetivamente movimentado pelas empreiteiras, de maneira ilícita e... Isso acontece porque ao juiz só é dito o conveniente, mediante acordo prévio entre os advogados dos réus e a equipe de Moro, conhecida por Força Tarefa.
E Duran foi adiante: o advogado sócio de Rosângela Moro, Carlos Zucolloto procurou Duran, com uma proposta de pagamento de propina, alta, a ser paga por Duran, para que Moro trocasse a prisão em regime fechado para prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.
A jornalista Mônica Bérgamo, do Jornal Folha de São Paulo, denunciou em artigo, apresentando provas factuais e ficou tudo por isso mesmo.
Para provar a lavagem de dinheiro e a evasão de divisas, feitas pelas empresas de Duran, a Receita Federal promoveu auditoria e perícia em toda a documentação contábil de Duran e das suas empresas, através dos auditores Rogério César Ferreira e Paulo Cesar Martinasso (dou os nomes que é para os coxinhas não dizerem que deliro, calunio ou trabalho sobre hipóteses), quando se descobriu que o escritório de Rosângela tinha mais um sócio, o advogado Leonardo Guilherme dos Santos Lima, estranhamente ou coincidentemente com o mesmo sobrenome do Carlos Fernando dos Santos Lima, Procurador da República.
Investigando a documentação do doleiro, os auditores encontraram uma transferência de vultosa soma, da conta de Tecla Duran para a conta da...
Rosângela Moro, mulher do todo honesto justiceiro Sérgio Fernando Moro, o moralizador da República.
Moro justificou afirmando ter sido referente a despesas de cópias xerográficas de um processo, o que considero uma agressão a qualquer ser pensante do planeta, ainda que seja um Tiririca ou Ratinho.
Primeiro: foram as cópias mais caras na história da evolução da humanidade.
Segundo: há que se louvar o empenho da senhora Moro, em tirar as cópias pessoalmente, ao invés de mandar um Office Boy, ou ir a qualquer lojinha de esquina, a um cartório ou requisitar o processo, o que é permitido e previsto em lei, e copiar no próprio escritório.
Terceiro: supondo-se que Moro não mentiu, o dinheiro foi referente às cópias do processo, gostaria que ele me justificasse duas coisas: primeira: não sendo dona do escritório, só empregada, porque Duran não depositou na conta do escritório ou do Zucolloto, patrão da Rosângela Moro, segundo o próprio Moro, para que este repassasse para a sua funcionária?
Segunda: o processo estava com o réu?
É estranho que cópias de documentos, que podem ser feitas em qualquer impressora doméstica tenham gerado uma transferência internacional de dinheiro, da Espanha para o Brasil, e mais estranho que haja uma relação de proximidade entre a mulher de um juiz e um réu que será julgado por ele.
É como se encontrassem uma vultosa transferência da conta do Beira Mar pra minha e eu justificasse como pagamento por eu ter ido ao bar da esquina, para comprar cigarros pra ele.
Quando vi a condução dos processos de Eduardo Cunha e o desfecho, desconfiei, e muito, atribuindo as benesses concedidas pelo juiz como por afinidade ideológica: estar num retiro, ao invés de cadeia fechada, não ter tido a cabeça raspada, não usar uniforme de detento, sair da cadeia para dar entrevista à Globo, circular sem escolta policial visível, para evitar constrangimento... Culminando pela absolvição da mulher dele, sob a alegação de que o dinheiro nas contas suíças, em nome dela, não é dela. Três dias depois de promulgada a sentença, ela entrou com petição, pedindo o repatriamento do dinheiro.
Moro é tucano e não peemedebista, essas mordomias de Cunha têm preço.
Continuarei fuçando, sistematizando as informações e postando.
No próximo artigo falarei das falsificações de documentos, feitas pela equipe de Moro, e da proibição, por Moro, do acesso dos advogados de Lula aos originais da documentação, que agora sabemos adulteradas.
Estou tendo extremo cuidado: não estou ilustrando os meus poemas com fotos sensuais, nos comentários estou sendo cauteloso, para não proferir agressões ou ofensas, estou fugindo das discussões radicais... Para que a administração do Face não faça como das outras vezes: use argumentos pueris para me bloquear.
Qualquer punição a mim, como das vezes anteriores, com bloqueio temporário, será censura ideológica sim, nos mesmos moldes da ditadura militar ou de qualquer outra.
Por Francisco Costa.
Nessa briga de cachorro grande tomara que quem saia ganhando seja nós cidadãos que pagamos altos impostos para termos poucos benefícios públicos!
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