A esquerda sempre foi a revolução

A esquerda sempre foi a revolução. A força. A guerra. A luta contra o sistema, os debochados, os cínicos, os hipócritas, os que odeiam pobres, os elitistas, racistas, fascistas. Assistimos calados um monte de moleques, sim, moleques, de 20, 22 anos, MBL, bolsominions, patos, "cidadãos de bem", tomarem o Estado. Assistimos calados ataques virtuais, Bolsonaro sendo recebido por 300 pessoas em aeroportos, fazendo discursos machistas, homofóbicos, racistas, falando em fim de Estado Laico. Vimos Lula ser perseguido sistematicamente em todas as esferas, o PT levar a culpa por todas as atrocidades. Estamos assistindo o que ontem o Datena (ATÉ O DATENA), chamou de surreal e que seria uma revolução em qualquer país: diminuir o salário mínimo! Respeito os comentários contrários, mas a esquerda já se calou demais. Assistimos calados todas essas atrocidades e deixamos chegar a este ponto. HAVIA 5 HOMENS ARMADOS PARA MATAR LULA NO PRIMEIRO DIA DE CAMPANHA DELE (ouvimos os disparos) Desculpem as opiniões diversas (aqui temos várias), mas cada inciso daquele art. 5 da Constituição da República foi escrito com suor e sangue. Diziam em 2013 que "o povo acordou". Não. A elite que tem nojo do povo que tinha acordado. Agora sim, o povo está acordando. E os 300 que Bolsonaro coloca em um comício viram um estádio de Lula. E o racismo e discurso misógino vira ovada. E os patos e pixulecos, FINALMENTE, são rasgados. Aos dentes. Eles riem "rasgam aos dentes porque não tem mais mortadela para comer". Verdade, tiraram a mortadela da mesa, mas rasgam aos dentes de raiva. De ódio. De culpa pela própria passividade. Nós precisamos tomar nosso país de volta. O país dos pobres, o país que coloca comida na mesa, o país que permite que a empregada doméstica vá conhecer o mar. E não são com flores que a gente vai conseguir isso. Não derrubamos a ditadura com flores. Che Guevara não lutava com flores. Dilma não lutava com flores. Não podemos mais abaixar a cabeça. Somos maioria. Ampla maioria. Somos todos os pobres e famintos desse país que está no mapa da fome e nos topos da desigualdade social. Tomaram nosso país e acabaram com ele. Culpa deles? Não. Nossa. Assistimos passivos. Agora é a nossa vez. A cada tiro do lado de lá, são 10 daqui. A cada aeroporto pra bolsonaro, um estádio pra Lula. A cada pixuleco levantado, 30 devoradores. À luta, senhores. Nós é quem construímos a história.

Anular o Impeachment, nossa luta mais digna e justa.

Por Eduardo Perdigão.

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