A Bahia fechou o primeiro
semestre com 35 empreendimentos implantados e quatro ampliados, um investimento
de R$ 2,3 bilhões e a geração de 3.022 novas vagas de empregos. Segundo o
secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, o fortalecimento da
economia baiana é essencial para a manutenção das indústrias instaladas e a
atração de novos investimentos. “Reduzir o índice de desemprego é a nossa
grande meta. Estamos executando um conjunto de ações articuladas para garantir
a atração de mais empresas, que resultam em emprego e renda para os baianos”,
afirma.
A Tecsis - Tecnologia e Sistemas
Avançados, o Juá Garden Shopping e a Lipari são os responsáveis pelo aumento no
número de empregos. A fábrica de produção de pás eólicas, que está com 20% das
suas operações iniciadas no Polo Industrial de Camaçari, emprega até o momento
637 funcionários, mas a previsão é fechar o ano com 1.500 vagas ocupadas. Com
investimentos da ordem de R$ 220 milhões, a planta tem capacidade para produzir
2,5 mil pás por ano, em 12 linhas de produção. De acordo com a Tecsis, com a
capacidade máxima instalada, a fábrica pode empregar até seis mil pessoas. A
meta é chegar a até o final de 2018 com três mil colaboradores.
O Juá Garden Shopping inaugurado
no mês de março, em Juazeiro, no Vale do São Francisco, foi responsável pela
geração de mil empregos e investiu R$ 150 milhões, mas a previsão é gerar cerca
de três mil empregos, entre diretos e indiretos, quando estiver em pleno
funcionamento. A Lipari Mineração, implantada no município de Nordestina,
emprega 260 funcionários e foi responsável pelo investimento de R$ 200 milhões.
O segmento Eletricidade e Gás foi
o responsável pela maior parte dos investimentos implantados, um total de R$
1,8 bilhão com 21 usinas eólicas implantadas no semi-árido baiano e mais
491.900 kW adicionados à rede elétrica. “A Bahia tem hoje um total de 68 usinas
em operação e mais de 1,71 GW em potência instalada, ocupando a segunda posição
na produção de energia eólica”, destaca Hereda.
As expectativas para o Estado
continuam bem positivas, no início do mês, a Empresa de Pesquisa Energética
(EPE) cadastrou 1.260 empreendimentos de geração de energia eólica e solar
fotovoltaica para o 2º Leilão de Energia de Reserva 2016, sendo 841 projetos
eólicos e 419 fotovoltaicos, somando 35.147 MW de potência instalada. A Bahia
foi líder na oferta de projetos, cadastrando 240 projetos eólicos, com um total
de 6.380 MW e 101 com a energia do sol que totalizam 3.155 MW de potência
instalada.
Novos empreendimentos.
Além dos investimentos
implantados, alguns grupos baianos e grandes redes anunciaram novos
investimentos e ampliações no Estado. No segmento de Comércio e Serviços, o
centro de distribuição (CD) da rede de farmácias Pague Menos, no município de
Simões Filho, tem previsão de entrar em operação ainda neste mês de agosto. Os
investimentos somam R$ 6 milhões, com geração de mais de 100 empregos diretos.
O complexo vai absorver a demanda
das 86 lojas da rede cearense no estado. A previsão é inaugurar outras 14
unidades até o final deste ano. Outro CD que será inaugurado até o final do ano
é o da cervejaria Petrópolis em Camaçari, com investimento de R$ 28 milhões e
geração de 100 empregos.
As atrações de investimentos não
param. No segmento de Automotivo e componentes, a Bridgestone, uma das maiores
fabricantes de pneus do mundo, investirá R$ 262 milhões na ampliação da sua
planta industrial Bahia, sendo R$ 252 milhões no incremento da produção e R$ 10
milhões na construção de um centro de distribuição. Atualmente a fábrica
trabalha em três turnos e espera chegar, com a ampliação, a produzir 8,1 mil
pneus/dia.
Já no segmento de Papel e
Celulose, a Suzano anunciou ampliação de sua fábrica em Mucuri, no extremo-sul
da Bahia, com investimentos de R$ 700 milhões e geração de 1.150 empregos
diretos nas obras civis, e 50 novos postos de trabalho que se somarão aos 2,4 mil
já existentes naquela unidade fabril. Além da modernização e do aumento da
produção de celulose, está prevista a construção de uma unidade de fabricação
de bobinas para conversão de papel higiênico, um novo segmento de atuação da
empresa. As obras começam ainda este ano e o início das operações está previsto
para o final de 2017.
Três meses depois, foi a vez da
Veracel - uma das gigantes do setor de celulose, controlada pela brasileira
Fibria Celulose e pela sueco-finlandesa Stora Enso -, anunciar o investimento
de R$ 700 milhões em sua fábrica de Eunápolis, até o próximo ano. O objetivo é
aumentar a sua produção em 30%, passando das atuais 900 milhões de
toneladas/ano para 1,135 milhão de toneladas/ano. No processo de modernização,
serão gerados 200 novos empregos entre diretos e terceirizados, que vão se
somar aos cerca de 3 mil já existentes na unidade industrial, entre diretos e
terceirizados.
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