
Celebrar ou repudiar as relações incestuosas entre a Lei Rouanet e as grandes corporações foi uma pauta que a nossa doutrina oficial cristalizou em nossos apaixonados debates sobre cultura brasileira nesses últimos maus tempos.
As necessárias reflexões sobre a discriminação e o preconceito hipocritamente se reservaram a uma pauta branca, caótica, escravizada pela freqüente inquietação de ganhos financeiros, dos financiamentos e etc.
“No caso do Brasil a marca predominante é a ambivalência com que a sociedade branca dominante reage, quando o tema é a existência, no país de um problema negro. Essa equivocação é, também, duplicidade e pode ser resumida no pensamento de autores como Florestan Fernandes e Otávio Lanni, para quem, entre nós feio não é ter preconceito de cor, mas manifestá-lo”. (Milton Santos).
É certo que a inversão dessa ética foi uma luta sem trégua do Ministro Gil. Essa é uma das suas grandes virtudes dele à frente da pasta, que contagiou também a administração de Juca Ferreira. O enfrentamento da questão negra e indígena nas manifestações fundamentais da vida nacional.
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