O mundo não merece gente assim. (Ricardo Gondim)

Não se venda.
Não se dobre.
Não recue.
Não se acovarde.
Não se renda.
Não se encolha.

O trauma de ficar diante de um pelotão de fuzilamento, segundos antes da execução ser suspensa, não bastou. Fiodor Dostoievsky cresceu. E virou o aclamado escritor Fiodor Dostoievsky.

A força do império britânico não foi suficiente para que Mahatma Gandhi deixasse de se tornar o Mahatma Gandhi que trouxe tanto a independência da Índia quanto a filosofia do pacifismo como da resistência política.

O ódio e a perseguição de Edgar Hoover não foram suficientes para que Martin Luther King Junior deixasse de conquistar lugar no panteão dos grandes vultos da humanidade como o Martin Luther King Junior.

A difamação e a censura da União Soviética – e mais o exílio na Sibéria – não evitaram que Aleksandr Solzhenitsyn ganhasse o Prêmio Nobel de literatura como o Aleksandr Solzhenitsyn de Arquipélago Gulag.

O bloqueio da rede Globo de televisão não ofuscou o brilho poético do Chico Buarque de Holanda e ele continuou a compor para se imortalizar como o maior compositor da música popular brasileira como o Chico Buarque de Holanda.

Os vinte sete anos de cadeia, além de ser chamado de terrorista por Ronald Reagan e Margareth Thatcher, não anularam Nelson Mandela. Os anos não impediram que ele se tornasse o presidente da África do Sul. Ele é hoje o Nelson Mandela.

A sanha odiosa de Sérgio Fernando Paranhos Fleury, que executou friamente vários homens e mulheres honrados, não bastou para apagar Carlos Marighella. Ele sobrevive. Hoje é  o Carlos Marighella, poeta e idealista, que sonhou com um mundo mais justo.

Delatores congelam nas esferas mais baixas do inferno.
Covardes saem na urina da história.
Venais escorrem no esgoto da vida.
Lambe-botas se arrastam anos a fio como capachos.

Quando pensar que tiranos, oportunistas, poderosos e famosos levam vantagem, lembre-se do texto sagrado: “Tem gente que o mundo não é digno deles”. Hebreus 11:38.

Soli Deo Gloria.

Por Ricardo Gondim.

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