Nós não podemos ficar
assistindo ao que o ministro do supremo, Gilmar Mendes, vem fazendo com o país
e acharmos que tá tudo normal. Não é de hoje que ele emite opiniões sobre
processos, antes mesmo de serem julgados. Chegando a declarar posições
favoráveis ou contrarias, influenciando a opinião pública. Que quase sempre são
sobre uma agremiação política, o Partido dos Trabalhadores.
Indicado por Fernando
Henrique Cardoso em 2002, quando ainda era o advogado geral da união, Gilmar
teve contestado o seu nome por ninguém menos do que Dalmo Dallari, consagrado
jurista brasileiro e, também, professor emérito da Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo. Nomeado e aceito pelo Senado federal, se notabilizou
pela defesa dos interesses do PSDB – Partido da Social Democracia Brasileira.
Gilmar foi contra a demarcação das terras indígenas, se alinhando ao grande
latifúndio brasileiro. Na época ele ficou conhecido como o “inventor”, já que
criava soluções jurídicas para os interesses do governo de plantão.
No dia 18 de março de 2016,
Gilmar proibiu, a pedido do PSDB e PPS – Partido Popular Socialista, a posse do
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva como ministro Chefe da Casa Civil.
Modificando decisão já tomada, anteriormente em outro processo pelo próprio. O
PT, vê nessa manobra uma partidarização do ministro, que dá opiniões e vota
sempre contrário a tudo em que o partido está envolvido. Prejulgando e fazendo
o papel de membro oposicionista declarado.
Na semana parada, Gilmar, o
tucano de toga, agora investido de presidente do Tribunal Superior eleitoral,
pediu a cassação do maior partido de esquerda das américas, o PT. Na alegação,
entregue a corregedoria do TSE, ele afirma que houve recebimento de dinheiro da
Petrobras. Leia-se Lava Jato. Mas porque só uma agremiação política foi escolhida
pelo ministro, deixando de fora o PSDB, PMDB, DEM e PP, que teriam recebido
recursos de empresas investigadas na Operação?
Quem vai parar Gilmar Mendes
e sua sanha contra um único partido, que mostra claramente a sua seletividade,
assim como acontece com a república do Paraná?
Me desculpe Doutor Marco
Aurélio, mas parece que só nos restou o senhor para esse enfrentamento. Não é
possível que fiques calado diante de tanta parcialidade, perseguição e
seletividade praticada pelo ministro Gilmar Mendes. Não esperemos que se alinhe
a partido “A” ou “B”. Mas que seja imparcial. Que faça valer o que a
constituição e as leis do Brasil defendem. Que não prejulgue, quem quer que
seja. Mas que sejas imparcial, como deveria ser todos os ministros, juízes e
promotores desse país. Não podemos ter um justiçamento de uns, e o
acobertamento de outros. Não defendemos acobertamento de crimes praticados por
quem quer que seja. Mas que sejam mostradas as provas dos crimes, e que ninguém
possa ser condenada por manchetes de jornais. Se há crime, que o fato
determinado seja apresentado. Porque Senhor Ministro, da forma que parte da
justiça vem fazendo, ou se omitindo, vão levar o nosso Brasil ao caos social. E
isso a maioria da população não quer que aconteça.
Dimas Roque
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