Deputada Luiza Maia Propõe Apartheid Cultural na Bahia.

Quando a Deputada Luiza Maia criou o texto da Lei que ficou conhecida como “AntiBaixaria”, a maioria da população entendeu que ela estava dando uma contribuição a cultura baiana, além é claro de preservar as crianças do palavrório com que alguns dos “poetas” baianos estavam presenteando a sociedade como um todo. Já que as músicas ao serem tocadas em alto e ruim som, somos todos obrigados, mesmo que a contragosto, escutar.

As chamadas músicas maliciosas sofreram um revés. E seus interpretes agora vão ter que reaprender a cantar para as mulheres e não cantar as mulheres pejorativamente. E aquelas que exigem respeito agradecem.

Naquele momento, ate mesmo, os artistas apoiaram a idéia e fizeram um ato de apoio a Lei que proíbe o poder público de contratar aqueles, cujas músicas "desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres à situação de constrangimento". Mesmo que algumas delas rebolem e se exponham durante as apresentações.

Aplaudida e ovacionada, a deputada que ganhou popularidade por ter sido a criadora da Lei, agora resolveu dar entrada em outra. Desta vez ela buscar criar um Apartheid cultural, criando cota para os artistas do estado, que poderão vir, caso a nova Lei seja aprovada, ter a cota de 70% dos contratos em festas públicas em detrimento do resto do Brasil.

Mas quem teria dado essa idéia errada a deputada Luiza Maia? Quem o fez se não foi ela própria a ter, o fez errado e se foi ela mesma, lhe digo: a senhora está completamente errada desta vez. Criar cotas de apresentações músicas beira ao ridículo.

Pelo que se sabe ate agora, a idéia da Deputada teria como Origem um ato praticado pelo Secretario de Cultura da Paraíba. Chico César proibiu a contratação, pelo Estado, das bandas de “forró de plástico”, e duplas sertanejas – como ele mesmo definiu -, para animarem o São João naquele estado. Digno de aplauso, o ato busca levar a população música de qualidade. E assim poderia ser feito aqui. Bastaria que os secretários de Cultura e Turismo do estado e municípios o fizessem. Mas criar uma lei, apartando artistas, mesmo que eu discordo do que possam apresentar, é um grande erro da deputada. E tudo o que ela conseguiu juntar de apoio ao projeto anterior, poderá perder se insistir neste novo.

Agora se essa moda pega, imaginemos os artistas baianos que fazem enorme sucesso nas micaretas pelo Brasil, muitas destas festas com 100% de músicos baianos.

Como já disse o poeta, “é proibido proibir”.

Dimas Roque.

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