Uneb vai ganhar residência estudantil; biblioteca será ampliada em 150%.

O Campus XXIV da UNEB, em Xique-Xique, abre o ano de 2012 planejando grandes ações. A administração central da universidade vai investir na unidade cerca de R$ 1 milhão em infraestrutura e aquisição de novos equipamentos.

Entre as obras previstas para este ano, a ampliação da biblioteca local − que terá sua capacidade de usuários aumentada em 150% − é uma das prioridades.

“Serão construídos novos gabinetes para estudo individual, saltando de 200 para 500 o número de pessoas que poderão utilizar as instalações diariamente”, pontuou João Rocha, diretor do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do campus.

João afirma que este ano também serão finalizadas a construção do anfiteatro − com capacidade para 300 pessoas e inauguração prevista para março − e a primeira residência universitária do campus.

“A residência vai beneficiar diretamente cerca de 60 estudantes carentes”, sinalizou o diretor, ressaltando que o terreno de 400 metros quadrados onde está sendo construída a casa estudantil foi doado pela prefeitura de Xique-Xique.

João Rocha informou ainda que o curso de engenharia de pesca, criado no ano passado, será contemplado com mais dois laboratórios.

Novos cursos: engenharia ambiental e ciências da natureza
O departamento planeja também para 2012 a criação de duas novas graduações: o bacharelado em engenharia ambiental e a licenciatura em ciências da natureza.

Os projetos dos cursos já foram encaminhados à Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da UNEB para avaliação e devem ser apreciados pelo Conselho Universitário (Consu) da universidade no segundo semestre deste ano.

“Temos um grande déficit de professores de física, biologia e química na região. A criação da licenciatura em ciências da natureza vai suprir essa demanda, qualificando docentes para lecionarem nessas áreas. Já o curso de engenharia ambiental visa formar profissionais aptos a desenvolverem ações que contribuam com projetos de revitalização do Rio São Francisco”, explicou o diretor João Rocha.

O bacharelado conta com o apoio da prefeitura municipal e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codesvasf), vinculada ao Ministério da Integração Nacional.

De acordo com o diretor, as novas graduações vão utilizar a mesma estrutura física do curso de engenharia de pesca, que conta atualmente com quatro laboratórios, cinco salas de aula e oito hectares com tanques-rede para pesquisa.

“Todo o planejamento tem sido feito em função da estrutura que já possuímos aqui no departamento. A estratégia é otimizar a utilização dos nossos recursos, agilizando a realização de novos investimentos”, explicou o diretor.

2011: área de convivência e ampliação do laboratório de informática
No ano passado, o Campus XXIV tocou diversos projetos, que demandaram investimento de R$ 1,6 milhão, proveniente da administração central e da prefeitura municipal.

Exemplo disso foi a criação do curso de engenharia de pesca, que representou um importante avanço para a região de Xique-Xique, banhada pelos rios São Francisco, Verde e Grande, configurando-se na maior bacia pesqueira de peixes nativos do Velho Chico.

Para a implantação da graduação, o departamento contou também com o apoio da prefeitura de Xique-Xique e da Codevasf, e das secretarias estaduais do Meio Ambiente (Sema) e de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).

Além das intervenções para garantir a qualidade do novo curso, o departamento inaugurou uma área de convivência com três quiosques, ampliou de 30 para 50 usuários a capacidade do laboratório de informática e adquiriu acervo bibliográfico para os cursos de engenharia de pesca e de letras e para as licenciaturas oferecidas por meio do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), do Ministério da Educação (MEC).
“O ano de 2011 foi muito produtivo para o nosso campus também no que diz respeito a atividades acadêmicas, a exemplo do congresso internacional Xirê das Letras, que reuniu cerca de mil pessoas de várias nacionalidades para discutir literaturas e línguas africanas”, lembrou João Rocha.

O campus, que conta com 500 estudantes matriculados e dispõe de uma infraestrutura com 11 salas de aula, sete laboratórios e biblioteca com acervo de quatro mil exemplares, oferece atualmente as licenciaturas em letras com língua portuguesa e literaturas, pedagogia, geografia e história, além do bacharelado em engenharia de pesca. (Ascom/Uneb)

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